Page 21 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1990
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DEBATES
LISTÃO DA INFORMÁTICA: Dois artigos da Lei regras próprias e há pressões para sua liberalização ocor já é o mesmo preço e operamos aqui, com escala de pro
7.232 (29.10.84) são essenciais: restrição trahsltórla à rer com maior rapidez; na eletrônica de consumo, a par dução bem menor (M. Mangels-Maxltec).
produção, comercialização e Importação de bens e servi ceria com o elemento externo lhe permitirá sobrevlvér à
ços técnicos de informática (art. 9 o) ; a importação é au abertura. Deve-se padronizar para dar maior proteção ELETRÔNICA DE CONSUMO: A fábrica de Com
torizada desde que “o Conin veja Interesse do mercado, ao produto nacional. (R. Maclel-Consultor). Existe a Inter pact Disk da Philips seria em Piraclcaba-SP e a lei de In
e não haja empresa nacional, tecnicamente habilitada rogação se devemos, ou não, fortalecer primeiramente formática não interferiria, se fosse produto de consumo,
para atender à demanda" (art. 22°). Já o Decreto 99541 o mercado Interno para depois promover abertura. Há apenas. Desistimos. Quanto aos televisores, se protegi
(21.09.90) prevê que "cabe ao Conin definir a lista de que tomar cuidado na abertura, com proteção únicamen dos com alíquota de 40%, poderão competir com o pro
produtos cuja importação deverá ser restrita à produção te da barreira tarifária (C. Rocha-Ablcomp). duto Importado (a atual alíquota é de 80%). Nosso tele
local”. Produto que não estiver na lista terá liberada sua visor é caro, por que não há escala de produção. (S. Ro-
importação (B. Sanklevlcz-Mlnfra). Técnicos do Governo BARREIRAS NO EXTERIOR: Além do Buy Ameri sas-Phlllps).
e da empresa privada se reuniram para discutir que pro can Act ocorre verdadeira reserva de mercado nos EUA
dutos devem ou não devem constar da lista (C. Rocha- em máquinas de comando numérico; em contratos com FREQUÊNCIAS: Vamos liberalizar a atribuição de fre-
Abicomp). Muitos Itens poderiam sair desta lista sem a NASA a fundo perdido; em subsídios agrícolas. Cada qúênclas. Até o fim do ano teremos publicada nova ver
que houvesse prejuízo para alguém (N. Bastos-V. Control). vaca em território norte-americano custa 2,4 dólares/a- são da tabela de frequências. Haverá faixas em estudo
Na nova lista do Conin os produtos que permanecerão no de subsídios. 0 mundo não age com abertura como na Região 2, do CCIR. Serão recebidas cartas solicitan
protegidos terão programa de redução progressiva de se quer propalar. Os Intercompany prlces são praticados do alterações. Temos software para o controle de base
preços que será controlada pelo Governo (C. Rocha-Abl- mundialmente para evasão de Impostos. (J. RIpper-AsGa). de dados de frequências. Vamos colocar em computa
comp). dor, aos poucos, o relevo brasileiro para efeito de enge
CTBC-MG e CTBC-SP: A CTBC-MG foi “pega" pe- nharia. Estamos estudando normas sobre radlointerferèn-
la Constituição de 88 que estabelece (art. XXI) que "a cla (L Chehab-MInfra).
FIBRA ÓPTICA: A lista do Conin contém coisas co
exploração do serviço só pode ser prestada por empre
mo fax e fibra óptica. Deixo registrado que fibra óptica
sa sob comando acionário estatal". No caso da CTBC-SP POLÍTICA DE INFORMÁTICA: 0 caminho da Co
não é bem de Informática (L. Pattaro-PIrelll). Fibra ópti
(Borda do Campo) ela será anexada à Telesp (B. Sanklevcz). bra pode ser privatizá-la. Ela fabrica automação para o
ca é um melo passivo e não é informática, porém como
Banco do Brasil. A vocacão do CTI (Centro Tecnológico
esta interpretação estava sob Judlce, por orientação dos de Informática) é o de mlcroeletrônlca, do suporte a su
juristas, sua presença na lista foi considerada "determi TRÓPICO: Vantagem competitiva, Internacionalmen- percomputadores, e pesquisa em Manufatura Integrada
nação superior". Em relaçáo aos fax constatou-se que te, só se obtém com pesados Investimentos, dirigidos
em determinada direção, como no caso do Trópico (C. a Computador (CIM). Sua ação deve ser complementar
há oito empresas que os produzem aqui. Insumos para a db CPqD. 0 CTI vai atuar na Lista de Componentes Qua-
eles custam cerca de 360 dólares e os fax eram vendi Rocha). O Trópico já tem possibilidade de competir no
exterior, mas será necessário manter fluxo de Investi llficados-LCQ (D. Brandão Jr.). Sofremos com a LCQ (Fon-
dos por 4 a 5 mil dólares. Os custos caíram para 1.500
mentos para o CPqD e talvez efetuar parcerias com o ele tenelle-S. Eletrônica). O CTI necessita de maior transpa
dólares e o fax ficou na lista, com a condição de redução
mento externo para alcançar escala de mercado (R. Ma rência, como existe no CPqD (H. Azevedo-Sucesu).
de custos. (S. Wajnberg-Geatlc). A fibra óptica e o disco
ciel). Iremos defender a viabilidade do Trópico e vamos
óptico são como jacarés, ora são ora não são "aquáti
propor abertura de sua tecnologia às empresas que real FUNÇÃO DO GOVERNO: O Governo deve ouvir a
cos" (bens de informática). Se fibra é ou não eletrônica
mente acreditem nele (P. Polllnl-Telebrás). Sociedade. Nossa questão cultural é um divisor de águas.
ativa e se CD é ou não é bem de consumo é discussão
0 papel do usuário será cada vez mais importante. Go
judicial. Há uma decisão no Conin. O pior seria não haver
vernar é admitir que há conflitos de Interesses. Há neces
lista nenhuma. Produto da lista tem de ter compromis MICROELETRÔNICA: Com decisão política e recur
sidade de redefinir papéis sociais. Frente ao abuso eco
so de custo e qualidade. Senão sal da lista. (D. Brandào- sos suficientes poderemos ter nossa mlcroeletrônlca e nómico há que se implementar penalidades. Com o cená
Sec. Nac. C&T). participar do mercado mundial, que beira 60 milhões de rio recessivo haverá, porém, pouco fôlego para Importar
dólares. Para pertencer ao bloco do I o mundo temos
(C. Plraglbe). Temos um paradoxo: de um lado, se quer
que ter nossa própria mlcroeletrônlca. Multo já se falou,
LIBERALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS: Quando se mais Governo e do outro isto corresponde a mais taxas
mas a fase da decisão final ainda não chegou (V. Blatt-SID).
rá liberada a exploração dos serviços para a empresa e Impostos, o que não se deseja (S. Wajnberg).
privada? (S. Medelros-IBM). A liberalização e os preços
ALÍQUOTAS: Todo produto sem similar terá alíquota DIVERSOS: Complexo eletrônico é alta tecnologia e
correspondentes dependerão ainda de todo um proces
zero. São produtos para novos serviços, que têm e não alto capital. A política contra a Inflação aumenta multo
so político a ser acionado. 0 serviço não-público é o des
têm perspectivas de mercado. Ao aumentar a demanda, o custo do nosso dinheiro (R. Martlns-Promon). A Unl-
tinado a um grupo "bem determinado". Resta saber,
as alíquotas se elevarão para 50% e a de seus Insumos camp Inaugurou seu escritório de transferência de tecno
em cada caso, o que Isto significa (B. Sanklevlcz).
para 20 e 30%. Haverá reavaliação a cada ano e ao fi logia (R. Douek-SID). Esclareço que em minha gestão foi
nal d e 3 a 4 anos uma redução novamente das alíquotas a CTBC-SP que procurou a Telebrás e não o contrário (ex-
ABERTURA PARA O EXTERIOR: Mecanismos (S. Wajnberg). Ministro Quandt). 0 padrão PAL-M foi estudado pela USP,
de proteção à Indústria nacional, em si, não são maus. sob contrato do Contei, a lelefunken abriu mão de royal
Os EUA aplicam o Buy American Act que protege a produ AUTOMAÇÃO: Hoje temos segmento Industriai de ties e a implantação do PAL-M não foi Imposta. (Idem).
ção local. Oxalá no Brasil houvesse algo similar. Csda automação com empresas de médio porte, boa tecnolo Antes, tivemos computadores versus comunicações; mas
segmento do Complexo Eletrónico tem uma problemáti gia e custos levemente mais elevados do que lá fora. Te agora caminhamos para a sua Integração (H. Azevedo-Su
ca: o setor de telecomunicações tem apoio da Telebrás mos que operar em "nichos". Em 85, nosso preço de Co cesu). O desenvolvimento do Sox custou entre 20 a 30
e está bem estruturado; automação e Informática tem mando Numérico era o triplo do similar japonês. Agora milhões de dólares para a Cobra (Idem).
S. W a jn b e rg -G e a tlc S. R o s a s -P h lllp s M. M a n g e ls -M a x lte c B. S a n kle vlcz-S N C