Page 16 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1990
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Comércio precisa acordar
Joio Carloa da Fonaeca
O cliente descarrega o carrinho, a sil, a implantação da autom ação comer do TEF (transferência eletrônica de fin
moça da caixa digita os preços, cial necessita de uma mudança de m entali dos), que é também conhecido como “di
um cheque é preenchido. Ela pe dade do empresário lojista ou supermerca- nheiro eletrônico", sistema em que débi
de carteira de identidade, quando dista. Empresas com o Peg-Pag, Disco, tos e créditos em contas correntes sáo efe
Ideal, Rosal, saíram do ramo por que não
não o número de telefone, endere investiram em tecnologia e em moderniza tuados via informática e telecomunicações.
Para que a automação funcione con
ço, CPF, cartão bancário. Cheque ção de seus recursos hum anos", afirma padronização é fundamental. Nos Esta
aceito, nota emitida, o cliente se o consultor e também empresário Antônio dos Unidos foi adotada o voluntary inte-
retira, aliviado, com as mercado Galvão de Vasconcellos, explicando que, industry commerdal standard (V1CS) e
rias. Tempo total gasto no <che- aqui, as 50 maiores empresas comerciais a General Electric edita o universal pro-
têm algum tipo de autom ação, quer nos duet code (UPC) que registra os código*
ckout: seis minutos (em média). checkouts, quer na retaguarda, ou em am de barras dos diversos produtos. No Bra
bos, mas que isto ainda não é suficiente. sil, através de Decreto Lei Presidendal e
N o Brasil, 1 0 7 o das lojas vendem 8 0 7 # Portaria do Ministério da Indústria e Co
10a pessoa da fila tem uma expectati
A va de ficar uma hora esperando. “ Ili das mercadorias, revelando a convergên mércio (n° 143 de 12.12.84) foi adotado
do muito m edieval", acham os especialis cia do mercado rumo a super e hipermer com o Código Nacional de Produto o siste
cados, altamente automatizados.
tas em automação bancária e comercial, ma EAN (International artide numberiag)
para quem informática e telecomunica O gerente comercial da Nielsen Servi que já é utilizado em 46 países, totalizan
ções estão aí para melhorar dramaticamen ços de Marketing, João Carlos Lazzarini, do 25 mil empresas e 30 mil lojas. Cabe
te todo este processo. diz que “ a tomada de decisão, em negó à ABAC — Associação Brasileira de Auto
Os própnos conceitos de marketing es cios, será cada vez mais baseada em siste mação Comercial, filiada à organização
tão se m odificando. Cesar Castelli Schro- mas de gerenciamento de informações e internacional EAN, cuja sede é em Broxe-
edcr, do Supermercado Bom Preço, diz que o consumidor cada vez mais se orien las (Bei.), gerenciar o sistema EAN, para
que existem duas estratégias aplicáveis a tará por informações e menos por apelos o Brasil. A ABAC possui cerca de600em
um produto: baixar o custo ou oferecer à propaganda de caráter emocional* ’. Ele presas associadas.
qualidade no serviço de venda. Japoneses acrescenta que a qualidade dos produtos
estão vencendo no mercado mundial por tendem a se nivelar e o desafio do comer
terem introduzido conceitos sofisticados ciante “ será otimizar seu negócio, com
de marketing, que podem ser até mais im base no controle de inform ações".
portantes do que possuir uma produção
extremamente eficiente. E o que é marke- Tecnologia
* ting? E conhecer melhor o consumidor e
suas reações. E por que a automação co O progresso da automação comercial
mercial é importante para o marketing? se vale da união de duas tecnologias: o
Por que ela dá uma imagem clara e atua código de barras e o intercâmbio eletrôni
lizada do que acontece em todas as eta co de dados CEDI — electronic data inter-
pas do negocio. change). O código de barras registra grafi
O mesmo conceito é defendido por Pe- camente, por meio de elementos verticais,
trõnio Oomes Nogueira, da Arthur Ander- uma série de números que podem ser li
sen. Ele acha que o self-service retirou dos por meios ópticos. O intercâmbio ele
do varejo o contato cliente-comerciante, trônico de dados permite substituir a tro
mas que a automação comercial consegue ca de documentos, utilizados no comércio
trazê-lo de volta pelo emprego de termi e indústria, por seu equivalente em sinais Tkrminal Ponto de Venda da SID Infomim.
nais de vídeo e de tiquetes de bonificação codificados que podem ser armazenados,
em itidos em máquinas automáticas de ven trnasmitidos e processados, eletronicamen
da que operam on-line e aumentam o te. Um aspecto importante do TED (trans Todo produto brasileiro que empre
grau de interação com o cliente. “ N o Bra ferência eletrônica de dados) é denomina- ga código de barras é caracterizado por
um código de 13 dígitos. Assim, por exem
plo, uma lata de Leite Moça, da Nestlé,
será identificada pelos dígitos: 789 (Bra
sil), 1000 (Nestlé), 10010 (Leite Moça) e
o últim o número será um algarismo verifi
cador.
Éssio Barbone, diretor técnico da
ABAC, diz que “ será difícil para o expor
tador brasileiro tentar colocar produtos
no varejo internacional, sem que o mes
mo esteja identificado por um código de
barras". A leitura do código de barras
pode ser feita quer por meio de dispositi
vos CCD (charged coupled devices) utili
zando uma caneta de contato ou por meio
de varredura de raio laser (scanner) que
é recebido e decodificado após ser refleti
do na etiqueta ou num desenho impresso
com uma sequência de barras especiais.
Minimercado
automatizado, Existem diversas configurações para scan
sob comando ners, que vão desde do modelo fixo de
da Itautcc. mesa (basta passar o produto por um#
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