Page 48 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1984
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DESENVOLVIMENTO
TECNOLOGICO
M . Hering — Como desenvolver logicial central de comutação CPA e se repartem, E. Terracine (CPqD) Em termos de logi
numa empresa, gastando menos dinheiro? no caso da Telesp. nos escritórios de ser ciai, até onde vai a ação do fabricante e o
Certos logiciais não dependem de tecnolo viço, nos centros operacionais através das da operadora? Onde localizar os centros de
gia externa. Nestes temos os autores dos atendentes comerciais e no centro de con software?
programas, equipamentos funcionando e trole das CPAs, iniciado em 75, com uma D ’Alpoim — A ação deve ser conjunta
já dominamos seu acertamento. Já outras PRX e dinamizado à cerca de um ano e desde o início, com a progressiva passa
têm o programa fonte no exterior e aí náo meio atrás. gem de bastão de um para outro segmento
podemos alterar nada, e temos que pedir Paulo Rego (Telegoiás) Será que a proli Os centros de logicial devem ficar nas
atualização ao “ pessoal do lado de lá". feração de pólos industriais extinguirá as operadoras.
No caso da rede de pacotes (Renpac), a tiv id a d e s de pesquisa in te rn a das J. Ripper (Elebra) — Como estimular os fa
compramos o logicial e o código fonte, operadoras? bricantes a desenvolver e atualizar equipa
tudo junto. Estamos desenvolvendo o logi D’Alpoim — Assim como a operadora deve mentos e não apenas copiá-los do exterior?
ciai brasileiro com o CPqD para repassá-lo se antecipar para prçencher as futuras ne M . Hering — Equipamentos Multiplex,
à indústria. O mesmo fizemos com IDS da cessidades do usuário, o mesmo deve fazer tais como o MCP (Código de Pulsos) e o
Siemens, mas não ainda com a Central ND a indústria em relação às operadoras. Am-' MDT (Por Divisãode Tempo), foram desen
10 da NEC. Hoje dominamos o Sicram (o bos os segmentos continuarão, ao meu ver, volvidos pelo CPqD e constituem uma con
l.° equipam ento que compramos após ativos. quista. Se aparecer uma necessidade de
uma fase de dificuldades). A idéia entáo é P. Rego — 0 país exporta equipamento fazer uma 2.° geração, com pequenas mo
não adquirir pacotes fechados. bélico e de TCs. Temos dependência de dificações isto poderá ser feito pela indús
Luiz D’Alpoin (Telerj) A idéia basica é componentes? tria, mas no meu entender sempre com
uma certa vigilância do CPqD, para evitar
que se façam simples copias do exterior
com pequenas alterações.
J. Alencastro Sobre este assunto foram
sugeridas 3 alternativas: o Centro de Pes
quisa assumir o desenvolvimento, indús
tria e CPqD trabalharem juntos e a própria
indústria fazer a atualização. Na ultima hi-
pótese é importante verificar que seja uma
tecnologia própria. Nós devemos permitir
evolução, dentro de um regime de livre
concorrência. Náo podemos por exemplo
ficar com o mesmo tipo de telefone a vida
toda. A condição, porém, para preservara
tecnologia nacional é através de um poli
i ji u i r \ u : m ciamento rigoroso.
Engenheiro Luiz D Alpoim Beda Engenheiro Sérgio Salles Krae- Engenheiro Roberto Manfred o Leonso Resende (Telepar) Qual a de
dos Reis, Diretor Técnico da mer, Diretor de Operações da Hering. Diretor de Desenvolvi manda para terminais de Videotexto e de
Telerj. Telesp. mento da Embratel. fornecedores de serviços na cidade de S.
Paulo?
Kraem er — Estudamos a demanda em
classes econômicas e chegamos a cerca de
5 mil, dos quais decorrem os 1.400 exis
selecionar pessoas com capacidade de ab M. Hering — Na área de componentes tentes no projeto piloto. As consultas es
sorção de logicial e colocá-las para acom existe o que denominamos de 2.° fonte Os pontâneas fazem prever uma demanda em
panhar o desenvolvimento de produtos e micros da Entel (8085) são fabricados nos uns 3 mil terminais.
sua fabricação, tanto aqui quanto no ex EUA e na Europa (pela Siemens). No caso G. Rodrigues 0 Prestei (Videotexto in
terior para quem adquiram conhecimen do componente dedicado (específico de glês) recebeu críticas de que náo alcançou
tos. Em tecnologia “ ninguém dá nada a um equipamento) a coisa muda e há que se a demanda esperada e que houve um enfo
ninguém ". Chegou-se ao extremo de um ter cuidado. que errado mercadológicamente dizendo
fabricante europeu colocar o logicial no C. Dascal (Elebra) — E quanto a padroni que seria mais um meio de levar informa
banco com a seguinte orientação: só entre zação de logicial? çáo ao usuário do que uma nova tecnolo
gá-lo à operadora em caso de falência da M. Hering — Não e conveniente ter uma gia. Isto também se aplica ao Brasil?
fábrica. proliferação de linguagem CPqD esta dis S. Kraemer — 0 Prestei nasceu em 75 e
S. Kraemer — No caso do logicial opera cutmdo a utilização da linguagem Chili, tem coisas que deram certo e coisas que
cional ou você o desenvolve (pagando ou que nasceu por ocasião do desenvolvi náo deram, assim como nos sistemas ca
não a alguém para fazê-lo) ou ele permane mento Compac Nós trabalhamos na Em nadense e alemão, entre outros. No Brasil
cerá um eterno segredo. Quanto ao logicial bratel com grande diversidade de códigos náo podemos dizer que erros cometidos
aplicativo, devemos nos capacitar náo so e estamos procurando organizar a situação fora náo serão repetidos aqui, mas a
para absorver as inovações que vêm do fa de modo a ter apenas uma ou duas lingua Telesp, a industria e os fornecedores de in
bricante, mas para desenvolver aplicações gens de alto nível. Isto permitirá a manu formação irão aprender com os erros. Tem,
de cunho próprio. tenção do logicial à distancia, via telepro por outro lado, havido aplicações inéditas
G. Rodrigues — E quanto as mudanças cessamento. Estamos também fazendo es a TV Globo utiliza o videotexto para contato
organizacionais? tudos comparativos das lingguagens ADA , com a mídia publicitária, com muito su
S. Kraem er — Hoje 90% das atividades Chili, Modulo A2, etc, para ver qual sera cesso, e o video-job (agência de empregos)
são desenvolvidas fora do local físico da adotada. já é um serviço rentável. T