Page 45 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1984
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de sua remoção, traduzindo-se na má qua saldos bancários por dia (cresceu 200% nutenção consiste na localização e troca
lidade do serviço. Com a implementação em um ano). Mesmo assim a participação de placas defeituosas. Contudo, algumas
de dois modulos Sitasu — Usce (Unidade de dados no tráfego total do Brasil ainda é das atividades de engenharia e centro de
de Supervisão e Controle de Estação) e a de 1% (mas era apenas de 0.1%, há ape reparos são extremamente complicadas.
Urte (Unidade de Registro de Tempos e nas dois anos), observou o conferencista. Mais adiante disse Sérgio Kraemer:
Eventos), o serviço da operadora sofreu Sérgio Kraemer disse, ainda, que “ as “ Para o pessoal que executa em campo ati
sensível melhora. Quanto a Usce explicou duas tecnologias, computação e teleco vidade de operação e manutenção das
o Diretor Técnico da Telerj que as conta municações, formam hoje um conjunto CPAs é suficiente alguns meses de treina
gens obtidas são processadas de acordo importante na infra-estrutura da socie mento teórico e prático, ministrado por
com métodos estatísticos, permitindo a in dade e deverão, cada vez mais, influenciar pessoas qualificadas. Por outro lado, para
dicação de orgáos da central telefônica, novas modificações, principalmente por se treinar as equipes de controle operacio
cujo desempenho é “ suspeito” e que que tornam mais velozes as trocas de infor nal, engenharia e centro de reparos, além
merece atenção imediata. Segundo ele, mações” . de um treinamento mais detalhado, é ne
“ tanto a Usce quanto a Urte são, desde O Técnico da Telesp mostrou que na cessário se criar na empresa um ambiente
1982, produtos industrializados, já disse evolução da central manual para a passo apropriado ao desenvolvimento desse pes
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minados em várias operadoras do Sistema a-passo e depois para a de barras cruzadas soa
Telebrás.” e a CPA houve aumento da capacidade de — Se não for dado às CPAs — explicou
Concluindo sua palestra, Luiz D'Alpoim tráfego nas razões de (1; 10; 13;26), au Kraemer — um tratamento especial, prm-
disse que para obter os resultados já alcan mento da confiabilidade nas razões de cipalmente no que se refere a adaptação,
çados, a custos compatíveis, foi neces (1 ;2;40;80) e decréscimo no índice inves- falha de sistema e documentação, o con
sário capacitar engenheiros e técnicos tim e n to /d e s p e s a nas ra zõ e s de trole do sistema será dificultado, bem
para o domínio da nova tecnologia da ele (6;2; 1.1; 1) o que se traduz, na prática, como se torna lento o desenvolvimento do\
trônica digital e instalar laboratórios de por centrais mais baratas, mais confiáveis pessoal. Assim, a Telesp já não tem mais
computação com investimentos elevados, e mais eficientes. "A introdução das cen duvida da necessidade de se ter, a nível de
um desafio que, segundo ele, ajuda a trais CPAs deverá trazer para a Telesp, até engenharia, um novo órgão, que é o Centro
Telerj a se preparar para o advento das fu 1990, uma economia de cerca de 40 bi de Software. E acrescentou:
turas Redes Digitais Integradas. lhões de cruzeiros, em relação às centrais — Evidentem ente, na Telesp, esse
de barras cruzadas” . Centro não terá as mesmas atribuições e
Sérgio Kraemer, da Telesp Depois de historiar todos os sistemas nem a potencialidade do Centro de Soft
convencionais e os mais tecnicamente ware do fabricante. Este Centro se destina
“ Experiências com novas tecnologias” avançados nos setores de telecomunica a preparar pessoal, analisar alterações pro
foi o tema escolhido pelo Diretor de Opera ções e informática, o Diretor de Operações postas pelo fabricante, controlar e atuali
ções da Telesp. Sérgio F.S. Kraemer, da Telesp falou na preparação de pessoal: zar documentação, remover falhas equipa-
como segundo conferencista da tarde do — Para que se possa fazer uso de todas mento/logicial, efetuar adaptações e con
dia 27 de agosto. Ele iniciou sua palestra as vantagens adicionais que oferece uma trolar a evolução do sistema para tanto é
afirmando “ não ter mais duvidas de que tecnologia mais avançada, deve-se atentar equipado com terminais de vídeo, central
poderosas forças sócio-econômicas estão para dois importantes fatores, que estão de treinam ento e documentação deta
empurrando a sociedade como um todo intimamente relacionados no caso de CPA, lhada.
para o uso cada vez mais intensivo de no ou seja, adaptação da estrutura da empre Quanto à operação e manutenção do
vas tecnologias” . sa e a preparação de pessoal. sistema (manutenção no aspecto localiza
Em seguida, fez um retrospecto desde Segundo Kraemer, as atividades bási ção e substituição de placas de circuito
dos primórdios das TCs, ilustrando com cas de operação e manutenção do sistema impresso), a Telesp criou uma estrutura di
dados o crescimento médio anual das TCs, CPA, executadas em campo, são relativa- ferente da adotada para o sistema conven
nos últimos 10 anos, tomando por base a mente simples, quando comparadas como cional.
cidade de São Paulo: telefones em serviço/ sistema convencional. Para o Diretor de Operações da Telesp
100 habitantes (25% a.a.); ligações in — A atividade de operação consiste em “ a centralização das equipes de manuten
terurbanas (40% a.a.); ligações locais executar comandos de comunicação ho ção é possível graças ao baixo índice de fa
(45% a.a.), telefones residenciais/comer- mem-máquina, na sequência dada pelo lha das CPAs e aos sofisticados programas
ciais (razão de 4.1 em 84); consultas de manual do fabricante. A atividade de ma de diagnose que possibilitam o bloqueio*
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Gerson Rodrigues, da Diretoria Téc Engenheiro Norberto Coelho da Gerson Duque Estrada Regis, da Paulo Araújo Rego, Presidente da
nica da Telerj. Silva, da Embratel Diretoria de Operações da Telerj. Telegoiás.