Page 44 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1984
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DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
PAINEL II — PALESTRAS
C h e g o u a r e v o l u ç ã o d a t e c n o l o g i a
doras, que, segundo o palestrante, apesar
de motivações diversas tem tido uma atua
ção convergente.
Analisando esses quatros segmentos, o
técnico da Telerj observou que no CPpD
estão em desenvolvimento tendências
bastante claras na linha de atuação do
elenco de projetos, entre eles a ação em
projetos de médio e grande portes, que de
mandam recursos substanciais e esforços
para substituir importações nas indústrias
do setor, "apesar de sentir-se sem autori
dade suficiente para opinar” , alem de de
tectar, entre outras tendências, a "busca
de novas tecnologias para a redução de
preços e melhoria dos produtos oferecidos
às operadoras e resposta ao Sistema Tele
brás quanto à necessidade de substituição
de dispositivos e equipamentos ate então
importados por similares nacionais". $o
Mesa de debates coordenada por Carlos de Paiva Lopes, Vice Presidente dê Telebrêsil e Presidente bre as universidades, LTAIpoim considerou
da Telesp sua participação no setor "ainda limi
tada", com açòes esporádicas mediante
convênios, ou por motivos acadêmicos,
/As palestras do 2 ." Ciclo mos Luiz ?’Alpoim, da Telerj como teses de fim de ano, entre outras. So
traram a experiência das três bre as operadoras, disse que estas vêm
"A melhoria de um determinado fa participando mtensamente em projetos de
maiores operadoras do Sistema zer no sentido de provocar um avanço no desenvolvimento tecnológico e citou re
Telebrás frente aos novos de estágio social e econômico de uma socie cente publicação da Telebrás onde são lis
senvolvimentos tecnológicos. O dade” , assim definiu Luiz D’Alpoim Beda tados "cerca de 600 projetos, distribuídos
dos Reis, Drretor Técnico da Telerj, o de pelas diversas operadoras” , com vários fa
Diretor Técnico da Telerj, Luiz
senvolvimento da tecnologia. tores influenciando, desde a otimização da
D'Alpoim Beda dos Reis, abor Iniciando por esclarecer que supérfluo planta existente, até a criação de serviços
dou a “ Empresa Operadora e o é aquilo que nào beneficia a sociedade adicionais para aumentar a receita.
como um todo, aludiu o conferencista ao Considerando como "um bom aferidor
D e se n vo lvim e n to Tecnoló
fato de que as sociedades mais pobres ten o número de produtos desenvolvidos e pro
gico’’; a “ Experiência com No dem a ver como sofisticadas as aplicações duzidos no país, isto é, a quantidade de
vas Tecnologias’’ ficou a cargo que não são vistas assim pelas sociedades hom ologações realizadas no período
mais ricas. Chamou também a atenção 1 9 8 0 /8 3 ", Luiz D'Alpoim citou alguns
de Sérgio Salles Kraemer, Dire
para o jeito de que, dispor de abundância serviços como o oferecimento de DDL) aos
tor de Operações da Telesp, e as de bens, nào capacita um país a dominar usuários de TPs e alguns produtos como
“ Perspectivas Futuras e a Ex sua tecnologia, o que traz no bojo o perigo Ciaps — Controlador de Interurbano Auto
de dependência tecnológica, que é uma si mático para Postos de Serviços-, Sitasu -
periência Tecnológica da Em-
tuação na qual o país depende da vontade Sistema de Tarifação e de Supervisão, do
b ra te l” foi proferida pelo seu de terceiros. qual salientou a Usce — Unidade de Su
D iretor de Desenvolvimento, — Primeiro é preciso saber fazer ou en pervisão e Controle de Estação, e o Sisu-TP
tão aprender a fazer. Mas é um processo — Sistema de Telefones Públicos.
Manfredo Hering. Todos fala
lento — advertiu D'Alpoim, acrescentando A seguir, D‘Alpoim passou ao segundo
ram de suas dificuldades e de que o papel da empresa operadora é o da módulo de sua palestra — Tecnologia Apli
suas soluções. É a época da re exploração dos serviços de telecomunica cada à Tarifação e Supervisão Telefônica1
ções, atendendo as necessidades da po — quando discorreu sobre o esforço de de
volução tecnológica.
pulaçáo, dentro de um elenco de recursos senvolvimento da Telerj no campo das Re
e de disciplina empresarial ditada pela des de Telecomunicações, onde destacou
holding. o Projeto Sitasu, desenvolvido a partir da
Os agentes do desenvolvimento tec constatação que a velocidade de apareci
nológico no Sistema Telebrás são: as uni mento de falhas nas Centrais Telefônicas *
versidades, o CPqD, a indústria e as opera era superior a correspondente velocidade