Page 31 - Telebrasil - Maio/Junho 1997
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Foto Agôncia BG
Plenário quebrou o monopólio estatal das comunicações O Executivo sancionou a ie i que flexibilizou" o setor
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ram nichos dc mercado na produção de municações, utilizou seiscentos técnicos, (Portaria 230) e dos serviços de valor
software e obteve algum resultado, o consultores nacionais e internacionais e agregado. “A lei mínima terminou com
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CPqD em Campinas, SP, suportado pelo promoveu cinquenta seminários mter as dúvidas anteriores para a abertura de
poder de compra do sistema Telebrás, nos, gerando um arcabouço regulatório serviços, como o público restrito (De
ainda que o falo não gerou exportações. que encaminhou ao Congresso. creto 777) e o serviço limitado”, disse
No novo cenário, o CPqD procura sua Hm paralelo, o Sistema Telebrás re com alívio, Renato Guerreiro.
direção. Já no fornecimento de equipa cebeu melhoria tarifária e investiu re
mentos e de sistemas para o complexo cursos R$ 21 bilhões em três anos A lei geral
eletrônico, além das filiais de multina para crescer a um ritmo histórico nunca A lei Geral, proposta pelo Executivo
cionais aqui instaladas, o empresariado visto, preparando sua venda como um (projeto de Lei n° 821/95) e que substi
brasileiro — que conhece o país negócio bom de se adquirir. tui o Código Brasileiro de Telecomuni
aliou-se ao parceiro estrangeiro, que Renato Navarro Guerreiro, secretário cações (lei 4 .117/62), foi objeto de uma
detém a tecnologia. executivo do M.C, disse que o novo centena de emendas na Comissão Espe
Compondo este quadro, a falta de re modelo para as telecomunicações man cial de Telecomunicações da Câmara.
cursos humanos qualificados, fruto da terá o parceiro nacional c o estrangeiro, Ela não incluiu a área da radiodifusão
estrutura educacional reinante, é proble em pé de igualdade. O bem estar do con — o assunto seria por demais polêmico
ma que se avi/inha e já preocupa os res sumidor tornou-se o alvo. a ser atingido — que será objeto de lei própria, pro
ponsáveis pela acelerada expansão dos pela livre iniciativa e pela livre concor meteu o ministro Sérgio Motta.
serviços, prevista pelo Ministério tias rência. Deverão diminuir as desigual Por ocasião da feitura desta matéria,
Comunicações para os próximos anos. dades regionais e sociais. Finalmente, a Comissão Especial havia aprovado, em
No rito de passagem, do monopólio os princípios constitucionais garantirão 21 de maio, por 21 votos contra sete, o
estatal para o regime de concorrência todo esse quadro. texto conhecido como “segundo subs
privada, para a exploração dos serviços O governo adotou uma estratégia gra titutivo do relator”, deputado Alberto
cie telecomunicações, liberalização, dual. mas forte — o efeito trator — para Goldman (PMDB-SP). Este arcabouço
desregulamentação (desregramento) implantar o novo modelo para as tele aprovado de lei geral, com 217 artigos
global, juntamente com a comparação comunicações. Primeiro, enviou uma e três anexos, foi encaminhado para ser
mundial de densidades telefônicas com “lei mínima” para o Congresso para, em votado na Câmara, com posterior apre
o PIB, foram conceitos dos mais ouvi seguida, encaminhar uma “lei geral”. ciação pelo Senado Federal.
dos entre os fazedores de opinião da so A lei mínima (9295/96), já aprovada O assunto do capital estrangeiro re-
ciedade. pelo Congresso, introduziu a competi velou-se crítico. Em seu artigo 18, o
Em termos concretos, a Emenda ção na telefonia celular (banda B), libe substitutivo aprovado na Comissão re
Constitucional n° 8, ao enterrar o mo ralizou os serviços de comunicação dc servou ao poder Executivo estabelecer
nopólio estatal, constituiu um divisor de dados — um “filão” pouco explorado, limites à participação do capital estran
águas. Para gerar o novo modelo das segundo o Ministro Sérgio Motta geiro. Destaque do PPB. encampado ,
telecomunicações, o Ministério das Co além das comunicações por satélites pelo PFL e PTB, foi pela retirada desse 4 ^
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