Page 44 - Telebrasil - Julho/Agosto 1984
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AS TCs NUM AMBIENTE DE MUDANÇAS
PAINEL II — PALESTRAS
0 “ s e t o r ” v i s t o d e f o r a
A p a rte da m a n h ã do d ia 2 6 de de concessão" — para sugerir a criação de ções, o fato de que há 10 anos levava-se
um conselho de usuários e de co n su m i
três dias para conseguir-se uma ligação
ju n h o fo i p re e n c h id a p o r c in c o
p ro n u n c ia m e n to s : V ilson K le in u - dores regulado por lei e atuando a nível es para o exterior, enquanto atualm ente "do
tadual e federal. interior do Piauí fala-se de im ediato com o
b in g (S e c re tá rio de A g ric u ltu ra e Analisando as TCs brasileiras — um se Japão. E isso só fo i possível porque, de
A b a s te c im e n to do E stado de Santa to r que considera bem a d m in istra d o — fato, o Estado tornou-se pioneiro no setor
C atarina), H e rb e rt Levy (D eputado afirm ou o orador que o Governo as desen de TCs, podendo fazer investim entos e
volve com poder decisório centralizado,
F e d e ra l p e lo PDS - S P e p re sid e n te pesquisas necessários, criando inclusive
não existindo maneira oficial de aferir o ní tecnologia própria".
da G azeta M e rc a n til), H enry M ak-
vel de satisfação nacional ou regional do — Eu diria — acrescentou Levy — que
s o u d (em presário, R evista Visão e consum idor.
enquanto nós pudermos ir investindo para
g ru p o H id ro -s e rv ic e ), K a rt os R is Resumindo seu pensamento disse V il cria r tecnologia própria, para garantir a
c h b ie te r (e x -M in is tro da Fazenda son Kleinubing concordar que “ o prefeito evolução da nossa própria atividade econô
sem pre im p la n ta um a escola m e lh o r e
d o G o v e rn o F ig u e ire d o e P re s i m ica, enquanto nós puderm os oferecer
mais barata do que o Governador e este im
d e n te do C onselho de A d m in is tra planta uma escola melhor e mais barata do se rviço s que sa tisfa ça m plenam ente o
çã o da Volvo do B ra s il) e J o e lm ir que o Presidente da República. consum idor, enquanto as empresas de TCs
souberem resistir à pressáo política dos go
B e tin g (jo rn a lis ta da área e co n ô vernos, que resulta em empreguismo e ex
Herbert Levy elogia setor de TCs
m ic a ), a q u e se se g u iu caloroso d e cesso de gastos, nós devemos apoiar o que
bate. 0 m o d e ra d o r do P a in e l II fo i está sendo bem sucedido.
Considerando-se leigo em m atéria de
H e lv é c io G ils o n , p re s id e n te do telecom unicações e elogiando a iniciativa
C o n s e lh o d e A d m in is tr a ç ã o da do debate — uma demonstração de boa fé
T e le b ra s il e p re s id e n te da E m - — o deputado e empresário Herbert Levy
confessou-se intransigente defensor da
b ra te I.
iniciativa privada e declarou-se contra os
d é fic its do setor público im possíveis de
serem fisca liza d o s pelo Congresso Na
Kleinubing defende o consumidor cional.
Segundo o empresário, “ uma das ú ni
— A C onstituição Brasileira consagra a cas coisas aceitáveis do Fundo Monetário
lib e rd a d e de in ic ia tiv a , a valorização do Internacional (FMI) foi a pressão contra o
trabalho, a função social da propriedade, a d é ficit público, responsável m aior pela in
harm onia e a solidariedade entre as cate flação que provocou a recessão. Só não
gorias sociais e de produção, a repressão posso com preender que para satisfazer os
ao p o d e r e c o n ô m ic o e a expressão das interesses dos credores externos se enfra
opo rtu n id a d e s produtivas — afirm ou V il queça a economia nacional” . Helvécio Gilson foi o moderador dos debates do
son K le in u b in g — m as avaliando nosso Herbert Levy abordou tam bém os pro Painel II. V ^ r r a ii^ B I
q u o tid ia n o vê-se que não vivemos na prá blem as sociais como o desemprego “ que
tica o que prega a teoria. aflige m ilhões de brasileiros — inclusive Finalizando sua palestra, Herbert Levy
Lendo com calm a seu pronunciam ento, trabalhadores qualificados — e seus de disse que “ o Brasil tem um débito consi
um a aula sobre descentralização e privati pendentes, que não sabem com o sobrevi derável com os pioneiros do setor de tele
zação, esclareceu o conferencista que o ver, criando-se um preço social verdadei com unicações, porque o progresso regis
hom em é um processador de inform ação e ram ente insuportável". trado nessa área, talvez, seja, sem parale
um tom ador de decisões, daí a im portân R eferindo-se, ainda, aos d é fic its das lo, o que m elhor deu resultado. Este cré
cia econôm ica do transporte e do proces estatais, o parlam entar fez uma exceção dito aí está, deve ser reconhecido, os seus
sam ento da com unicação, cuja exploração para o setor de telecom unicações: responsáveis m erecem o aplauso da po
co n sid e ro u “ um filã o precioso e um ex — Reconheço que nos últim os 10 ou pulação brasileira".
celente negócio“ . 12 anos — salientou — o Brasil deu um
Ao c ita r que os direitos do consum idor salto gigantesco e se não fosse o Estado, Maksoud: Livre mercado é preferível
“ co m p u lsó rio ” de bens e serviços devem que investiu sem preocupação de retorno a
c o m a n d a r a a tiv id a d e e co n ô m ica , re fe curto prazo, não teríamos registrado esses — 0 tema deste painel se insere no con
riu-se novam ente à C onstituição “ que dá à progressos. texto m aior referente aos lim ites de ação
U nião o p rivilégio de explorar o m onopólio Em seguida, H erbert Levy deu com o do governo no campo econômico. A maior
das TCs — quer diretam ente, quer através exem plo do progresso das telecom unica parte deste debate tem se restringido aos