Page 43 - Telebrasil - Julho/Agosto 1984
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Douglas Mesquita Levy Kalfm an
Ovídio Barradas R aul A D e l Fio!
TCs é da adm inistração, do usuário e da in P — A. Del Fiol (Telebrás): Como se expli R — J. Segall (AT&T): As diferenças são
dústria.
ca que concorrentes da A T & T possam m arcantes. Há os transportadores especia
oferecer serviços de longa distância a um lizados. Há os revendedores de tráfego que
P — Antonio Del Flol (Telebrás): Tivemos
custo 45% mais barato? com pram serviços fu n d a m e n ta is com o o
quatro conferencistas falando sobre as TCs
R — J. Segall (AT&T): Não estamos ainda W atts. Em term os de transportadores não
de quatro países. No Canadá a livre inicia
com pletam ente livres de regulam entação especializados cita ria a MCI que é um a das
tiva convive com o próprio Governo. Nos
nesta área e a AT&T paga 55% a m ais, por m aiores, a GTE que a d q u iriu da A T& T o
Estados Unidos, o desregramento e o des
injunção das autoridades, para ter acesso sistem a de longa d is tâ n c ia d e n o m in a d o
membramento da AT&Tpermite amplo re
às redes locais. Esperamos poder cobrar Sprint e diversos outros consórcios.
gime de competição. No Japão, prevê-se a
preços ditados pelo mercado e não através
liberação em dois grupos e a privatização
de regulam entação. P — Q. de Oliveira (Telebrasil): Com a de
da NTT — que passará a ocupar uma posi
corrência entre várias operadoras houve
ção semelhante ao da Telebrás hoje —
P — A. Del Fiol (Telebrás): Qual a di impacto na tarifa local?
com o Governo acionista majoritário. Na ferença entre o atendimento a um usuário R — J. Segall (AT&T): Não; não houve in
Alemanha, ocorre a liberalização do mer
de comunicação de dados e outro de tele fluência. Sob outro aspecto — o do subsí
cado de terminais. Existe, porém, um
fonia básica? dio do interurbano na ta rifa local — , o im
ponto em comum. Cada país se viu forçado pacto poderá ser m aior com o desm em bra
a se adaptar em decorrência da evolução
m ento. O subsídio agora tem o nom e de
tecnológica. Cada país estudou sua situa “As TCs devem atender às tarifa de acesso à rede e está sendo deba
ção e encontrou sua própria solução basea tida sua regulam entação. Idealm ente to
da num fator comum— a orientação para o necessidades sociais dos os c u s to s re la tiv o s ao in te ru rb a n o
mercado. e ao mercado empresarial" seriam suportados pelas redes locais. Se
No caso do Brasil, teremos que conviver
isto for efetivado as ta rifas locais aum en-
ainda bastante tempo com o atendimento (R. Dingeldey)
aos serviços básicos de TCs e também com
os novos serviços de teleinformática. 0
R — G. Inns (Bell System): A diferença é P— Solomon Alexandru (Telesp): Não está
monopólio só poderá sobreviver na medida
grande, inclusive quanto ao pessoal que havendo uma repulsa ao monopólio mais
que for capaz de oferecer serviços que o
entra em contato com o clie n te . Se você baseado em sentimentos do que em fatos?
mercado requer, com qualidade satisfa
enviar um instalador de telefones ao usuá R — J. Segall (AT&T): Considero um a per
tória do ponto de vista dos usuários e a pre
rio, o nível de sua interação será possivel gunta m uito interessante. Como os Srs. sa
ços que estejam dispostos a pagar. Por que
m ente com um gerente de escritório. No bem, os Estados U nidos têm m u ito orgulho
o Bundenspost não liberou empresas pri
caso da venda de uma rede de dados a si de seu sistem a de livre in icia tiva . A co n
vadas para prestar serviços de valor
tuação é inteiram ente outra. Os contatos corrência é um aspecto desejável e o m o
adicionado?
serão a nível de gerente de processamento nopólio poderia ser visto com o pejorativo.
R — R. Dingeldey (Bundenspost): 0 Bun
de dados que desejará saber se a pessoa da Mas não foram razões filo só fica s e sim as
denspost possui uma série de opções na
empresa telefônica entendeu bem todas as forças do m ercado causadas por m udan
área de transm issão de dados. Existem
aplicações e detalhes de que necessita. ças de te cn o lo g ia que fize ra m com que
cerca de 170 m il term inais instalados na
Isto requer pessoal m ais especializado e pessoas quisessem fazer coisas às custas
Alemanha que podem ser e são ligados a
treinado tanto em vendas quanto em ins de outros serviços fornecidos pela rede. A
computadores através das facilidades do
talação e m anutenção. Na nossa empresa regulam entação nos im pedia de fazer cer
órgão a fim de form ar redes de com puta
fizem os um núcleo especializado de pes tas coisas ainda que a tecnologia estivesse
ção. Isto depende apenas das operadoras
soas a quem demos intenso treinam ento disponível. Não foi o m onopólio que nos
de processamento de dados e de seus c li
— o Computer Communications group — im pediu, mas sim a regulam entação.
entes. Existe uma comissão da qual p a rti
que depois passa a dissem inar o conheci
cipam empresas, associações representa
m ento para o resto da empresa. P — Sérgio Kramer (Telesp): Se a A T & T
tivas de grupos em presariais e o próprio
está com a liderança das fronteiras da tec
Bundenspost— aliás sou presidente dessa
P — Quandt de Oliveira (Telebrasil): Como nologia, de onde surgiram as pressões para
comissão— que propõe e analisa questões
a A T& T fixa o percentual de participação que seu desmembramento propiciasse no
relativas a aspectos técnicos, de ta rifa e
da operadora local no serviço interurbano? vos serviços no mercado americano?
outros que são levados ao M inistério para
R — J. Segall (AT&T): Após o desm em bra R — J. Segall (AT&T). Três forças concor
sua adoção.
m ento da AT&T, o país foi dividido em retí- reram para o fracionam ento inevitável do
culas ou áreas de transporte local, algu Bell System — concorrência, tecnologia e
P — A . Del Fiol (Telebrás): É verdade que a mas da extensão do Estado de W yoming. A regulam entação. Vamos a um exem plo.
privatização da N TT tem a ver com a neces AT&T provê ao tráfego entre essas áreas e Fomos nos Estados U nidos os prim eiros a
sidade de maior liberdade para fixação de as operadoras dentro das mesmas. Cada construir um satélite. Para u tiliz a r s a té li
salários e de tarifas? operadora e cada tip o de serviço irá esco tes em com unicações a longa distância, o
R — M. Shiromizu (NTT): Em resum o isto lher a m elhor m aneira de ter acesso às re m odelo esperou doze anos em nossos la
é uma realidade, haverá liberdade m aior des interurbanas, a uma tarifa que, espe boratórios, antes que seu lançam ento fos
para fixação das tarifas, que serão vigiadas culando, deve fica r entre 10 a 15% . se perm itido. O mesmo aconteceu na área
eaprovadas pelo M inistério das C om unica de com putação. Tínham os por um lado a
ções e para rem unerar m elhor os fu n cio P — Q. de Oliveira (Telebrasil): Há di tecnologia e por outro a regulam entação
nários. Vejo isto com o dois pontos posi ferença de participação entre os diversos proibia a nós (e não aos concorrentes) de
tivos. “transportadores de tráfego conjunto“? em pregá-la. i r