Page 42 - Telebrasil - Julho/Agosto 1984
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S e m i n á r i o T e l e b r a s i l
AS TCs NUM AMBIENTE DE MUDANÇAS
PAINEL I - DEBATES
A s p o l í t i c a s n o s p a í s e s d e s e n v o l v i d o s
a ta rd e d o d ia 2 5 de ju n h o , É certo, porém , que o usuário m édio do implantasse um sistema universal de TCs
te rm in a d o o c ic lo de palestras serviço te lefônico não se beneficiará do nos Estados Unidos. O que teria aconte
desm em bram ento do Bell System, 0 des cido — núm esforço de imaginação que
d o s c o n fe re n c is ta s e stra n g e iro s,
m em bram ento da AT&T foi devido a três peço ao Sr. Segall — se o desregramento -
e sta b e le ce u -se o d e b a te e n tre es
causas — a concorrência, a pressão da te c tivesse ocorrido não agora, mas há 40
tes, o a u d itó rio e os p a in e lista s es nologia e a regulamentação das TCs (que anos? :• ¦ I
p e c ia lm e n t e c o n v id a d o s p e la ainda está sendo discutida). A quebra do R — J . Segall (AT&T): Acredito que ousuá
T E LE B R A S IL: D ouglas de M acedo m onopólio era inevitável. rio m édio não teria alcançado o grau de
serviço de que hoje desfruta, embora tives
d e M e s q u it a ( p r e s id e n t e d a
P — L. Kaufman (Telesp): As soluções dos se recebido serviço proporcional ao inves-
Telesc), Levy K a u fm a n (vice -p re si países desenvolvidos são aplicáveis aos tim e n to feito em sua área. 0 objetivo da
d e n te da Telesp), O vídio Barradas países em desenvolvimento? AT&T, tanto na área local quanto interur
(d ire to r de operações n a cio n a is da R— Gordon Inns (Bell Canadá): As TCs de bana, sem pre foi o da otimização do sis
vem atender às necessidades sociais — tema com o um todo, o que levou a solu
E m b ra te l), e R aul A n to n io D el FioI
um assunto de política — e ao mercado ções m édias de compromisso.
(d ire to r d e m a rk e tin g da Telebrás).
dos setores empresariais. Mesmo nos ca
P re s id iu a m esa R ô m u lo Vi lia r F u r sos em que a universalização do serviço P — O. Barradas (Embratel): A NTT já al
ta d o , S e c re tá rio G e ra l d o M in is básico não foi alcançada, é necessário in i cançou a universalização das TCs no Japão
ciar o desenvolvimento de uma infra-estru e parte agora para nova revolução inte
té rio das C om unicações.
tura em paralelo, através do treinam ento grando TCs e computação. 0 que assegura
de pessoal, im plantação de serviços de co os prazos e os custos estimados pela admi
P — Douglas de Mesquita (Telesc): O sis m unicação de dados e de valor acrescido. nistração japonesa? J e j
tema de empresas-pólo manteve as carac R — Motojiro Shiromizu (NTT): Um dos j
terísticas locais de cada região. A política objetivos da privatização da NTT é possi
operativa da Telebrás permitiu atingir índi "Cada país estudou b ilita r que usuários possam obter serviços 1
ces razoáveis de qualidade de serviço. a situação e achou com pletos de processamento e de comum
Quanto à expansão do sistema, a Telebrás cação de inform ações através de nosso
vem se defrontando com problemas. O sua própria solução' ’ m odelo de Information Network System—
B u n d e n s p o s t tem o m esm o tipo de IN S. Não podem os garantir de antemão 1
(A. Del Fiol)
dificuldade? que os prazos e custos estimados sejam as- j
R — R. Dingeldey (Bundenspost): Apesar segurados, embora seja este nosso obje- ,
de e sta ta l, o correio alem ão é adm inistrado P — L. Kaufman (Telesp): A introdução de tivo. I
com o uma entidade privada. Subm ete um concorrência se deu primeiramente nas li
orçam ento de receitas, custos e necessi gações interurbanas. A perda do mono P — O. Barradas (Embratel): O monopólio
dades de capital ao Conselho da República pólio não poderá chegar ao nível da empre propicia a universalização do serviço, o :
Federal Alem ã, que uma vez aprovado li sa operadora local? que é um fato comprovado. E quanto à m- 1
bera o B undenspost a co n tra ir em présti R — J. Segall (AT&T): A causa da introdu troduçào de sistemas sofisticados, além ,
mos, com o aval da Federação e a juros de ção da concorrência nas ligações a longa do serviço telefônico? I
m ercado. d istân cia foi econôm ica. As ta rifa s para R — R. Dingeldey (Bundenspost): 0 mono
este tipo de serviço eram baseadas em cus pólio é am bivalente. Se for administrado i
P— Levy Kaufman (Telesp): Quais as reais tos médios, o que faculta brechas para a com uma visão para o futuro, pode abrir j
causas da desestatizaçáo e da introdução concorrência. As ligações locais são tam mercados, propiciar novos serviços e intro
da competição? No caso do desmembra bém baseadas em custos m édios e com o duzir novas tecnologias. Se as administra- '
m e n to da A T & T q u e m será o m ais correr do tem po nada im pedirá que fenô ções forem m u ito conservadoras, o pro- |
beneficiado? O usuário local do serviço meno sem elhante se repita e o m onopólio a gresso poderá ser prej ud içado. No caso eu
telefônico ou a IBM? nível local desapareça. ropeu, incluindo a Alemanha, as admmis- j
R — J. Segall (AT&T): Só o fu tu ro dirá se é trações estatais m uito fizeram para a intro- j
a AT&T ou a IBM a m ais beneficiada pela P — Ovídio Barradas (Embratel): O mono dução de novas tecnologias. A responsa- *
introdução da com petição livre entre elas. pólio de 100 anos da AT& T permitiu que se bil idade para uma sólida infra-estrutura de