Page 40 - Telebrasil - Julho/Agosto 1984

S e m i n á r i o T e l e b r a s i l
AS TCs NUM AMBIENTE DE MUDANÇAS
U m a f o r m a
m I M H
0 auditório do Centro Rebouças (SP) recebeu uma plateia atenta c curiosa em conhecer as propostas
de mudanças no setor de TCs.
M ontojiroS hirom izu, engenheiro eletri­
c is ta , form ado em 1 9 5 2 pela U niversi­
dade de Tóquio, iniciou sua trajetória no
Laboratório de Com unicação Elétrica da
N T T — Nippon Telegraph and Telephone
Public Corporation trabalhando em Pes­
quisas de Sistemas de Comutação.
Foi líder de desenvolvimento de Siste­
m as Crossbar e de c e n tra is eletrônicas
com C ontrole por Programa Armazenado
(CPA), quando foram introduzidos no sis­
tem a japonês de telecom unicações. De­
pois de vários cargos ligados à área, ocupa
atualm ente a posição de diretor geral de
Bureau de Pesquisas e Desenvolvimento,
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W fO N to c A /rrr/ttr/\
Antonio Carreira, diretor da Telebrasil, apresenta o eng. Montojiro Shiromizu, da NTT. A direita, Del
son Siffert, também diretor da Telebrasil.
N T T :
o r i e n t a l d e p r i v a t i z a ç ã o
R H
responsável pela supervisão dos quatro la­
boratórios da NTT.
Comparecendo no lugar do vice-presi­
dente da empresa, Dr. Kitahara — im pe­
d id o de via ja r devido as discussões re­
ferentes a privatização da NTT — M otojiro
Shiromizu teve como tema de sua palestra
“ P olítica e Funções das Telecom unica­
ções na Sociedade de Inform ação” , que
desaguou, inevitavelm ente, no assunto
que im pediu a presença do palestrante
convidado.
Num a fa la sóbria, apresentando-se
com certa dificuldade em inglês, fato que
não acarretou problema de entendim ento
ao público, M otojiro Shirom izu começou
sua palestra falando do atual estágio da
NTT.
Segundo ele, os fatos estão em rápida
evolução, resultante de inovações na tec­
nologia eletrônica e da integração das TCs
com o processamento da informação. A so­
ciedade japonesa não está apenas pas­
sando por uma m udança de tecnologia,
mas tam bém por uma reestruturação das
empresas que constituem o setor.
S atisfeita a dem anda através do meio
básico de telecom unicações — o telefone
— e já tendo alcançado o nível de univer­
salização, as empresas públicas do setor
passaram a efetuar uma série de experiên­
___ ¦ ¦ ¦ | cias relativas à infra-estrutura necessária
para im pla ntar uma sociedade avançada
de inform ação. O b jetiva ndo p a rtir para
uma nova fase, está sendo discutido na
Dieta (Congresso) um projeto de lei que
visa transform ar a NTT em empresa pri­
vada . v
Desde sua fundação, a empresa japo­
nesa tem se orientado para atender a cres­
cente demanda de instalações telefônicas.
Após co n se g u ir e lim in a r, em 1978, as
filas de espera, im planta atualmente uma
média de 1,2 m ilhões de telefones anuais,
fazendo com que o tem po de instalação
caísse para apenas uma semana após o pe­
dido do assinante.
Com mais de 6 0 m ilhões de telefones
em serviço e um sistem a de comutação to­
talm ente autom ático, a NTT tem se preo­
cupado em desenvolver telecomunicações
“ m á q u in a -m á q u in a ” e “ homem-máqui­
na” enfatizando duas configurações dis­
tintas: “ Center-to-end” para terminais de
dados e “ E n d -to -e n d ” para fac-sím ile,
adotadas desde 1 9 7 1 . Na ocasião, se­
gundo Shirom izu, foi im plantado um sis­
tem a ta rifá rio , baseado na m edição por
tem po, inclusive para telecomunicações
urbanas. Esforçando-se para unir o proces­
samento da inform ação com as telecomu­
nicações, a NTT desenvolveu sistemas tais
como com utação de mensagens e serviços
de acesso a com putadores por tempo com­
partilhado. :^ Í H Í
Para a com unicação de dados, a NTT
im plantou, em 1 9 7 9 , o DDX — uma rede
de com utação de lin h a s— que hoje atende
150 local idades e um ano depois uma rede