Page 13 - Telebrasil - Julho/Agosto 1991
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nismos regionais de desenvolvimen municações ou então abrirem mão A UIT pensa redefinir sua atuação
to e fomento. A UIT já vem se movi da exploração de seus mercados e in junto a outros organismos de padroni
mentando no sentido de maior pene centivarem, via concessões, permis zação como a Etsi (Europa), ANSI
tração em áreas como as da mídia ele sões ou alianças a vinda de capitais (Tí - EUA), TTC Japão), ISO e IEC.
trônica, grandes usuários (bancos, com de fora. Para fazer frente aos novos desafios
panhias aéreas, instituições) além de da padronização, a UIT criou um Gru
agências operadoras privadas reconhe p etição po de Assessor ame nto constituído de
cidas (RPOAs) e organizações científi membros das administrações, da co
cas ou industriais (SIOs), bem como Um dos assuntos mais quentes na munidade científica, do segmento in
na redefinição de status de atores que atuação da UIT “para que ela possa dustrial e a ser gerenciado por um
não gozam da posição, oficial, na UIT sustentar sua proeminência internacio diretor de padronização, eleito a ca
de Estado-membro. O fato reflete, nal” é sua atuação como entidade pa- da Conferência Plenipotenciária. As
em plano mais amplo, a tendência his dronizadora para questões técnicas, tarefas para padronização seguirão
tórica, que opõe Estados, geográfica operacionais e de tarifas ligadas às um plano de trabalho, conhecido por
e politicamente constituídos, a corren TCs, além de gerenciar a utilização todos, e será utiliza a mídia eletrôni
tes, centrípetas, da internacionaliza do espectro de radiofreqüência, dos ca para acelerar o processo de inter
ção da economia e da liberalização sistemas rádio e do espaço orbital ge- câmbio de informações. O procedi
dos mercados, sem fronteiras. mento “acelerado” para padronização
Segundo um observador brasilei já está em andamento.
ro, que frequenta as reuniões da UIT, Outra área de ação da UIT, refere-
a atuação dos países desenvolvidos se às radiocomunicações que, basica
em foros internacionais é altamente mente, trata de disciplinar o uso do
profissional, com delegações, chefia espectro rádio, em suas diversas mo
das por representantes, muitas vezes 17 M ay 1.9.91 dalidades — navegação, salvamento,
com títulos diplomáticos, e equipes WO R IJ) serviços móveis aeronáuticos e maríti
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de assessores com fortes laços indus mos, radiodifusão, segurança, sensoria-
triais e comerciais. Não deverão fal M 7 r Irrvm m unicaNouê mento remoto, radioamadores e tele
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tar eventos para que tais delegações comunicações. “As ondas de rádio res
demonstrem sua proficiência, no que peitam os limites da física, mas não
toca à UIT. Entre a realização das os geográficos", lembra o CCIR enfa-
quadrienais Conferências Plenipoten tisando que a cooperação internacio
ciárias deverão ocorrer Conferencis nal é essencial na busca do concenso
tas Mundiais de Radiocomunicação na utilização do espectro rádio-elétri
(bienais), de Padronização e de desen co e da órbita geoestacionária dos sa
volvimento Mundial (a cada quatro télites que são ambos, bens escassos.
anos), além de Conferências Regio O regulamento de radiocomunica-
nais e dos Encontros Telecom. çào da UIT é de 1906 e assim foi cria
E a atuação dos países em desen do, em 89, um Grupo de Especialistas
volvimento, como fica? De acordo com Voluntários (VGE) para sua reformu
a UIT, apenas 5% dos investimentos lação, a ser efetuada, até 92. Quanto
desses países são frutos de organis à regulamentação dos serviços de tele
mos multilaterais de financiamento, comunicações, a UIT, aprovou, em
25% são decorrentes de acordos bilate 88, a Regulamentação para TCs inter
rais e comerciais, mas a maioria dos nacionais (1TR). Tal documento refle
investimentos em telecomunicações te, no entanto, a tensão existente en
é carregada, mesmo, pela poupança oestacionário (onde ficam os satélites tre “o direito soberano dos Governos
interna de tais países. Com o arrefeci de TCs). Como observou um técnico, de regulamentarem os serviços nacio
mento da economia mundial e visto o esforço de padronização da UIT, tem nais” e a penetração crescente dos ser
a história dos investimentos passados, sido notável e é ele que tornou possí viços internacionais, sendo liberaliza
os países em desenvolvimento, em su vel, em tese, a “todo telefone do mun dos. A posição da UIT em relação às
ma, têm que contar com poupança do falar com qualquer outro, forman tensões geradas pela liberalização tem
própria — com prioridade — para cria do uma rede internacional de teleco um nome: flexibilidade. (JCF)
rem sua própria infra-estrutura de co municações”.
c Chief Executivc Officer do Grupo Ericsson, ma, foi possível à comitiva utilizar esses m es
Jan Stenberg, Executive Vice-Presidejit do mos aparelhos em sua visita à Noruega, sem
Collor visita Grupo Ericsson, e Sérgio Alberto Monteiro qualquer necessidade de registro junto à opera
de Carvalho, Presidente da Ericsson Telecom u
dora telefônica naq ele país.
Ericsson na Suécia nicações. Durante a visita, o Presidente da Re
pública assistiu a uma apresentação sobre as
atividades do Grupo Ericsson no mundo e,
em especial, no Brasil.
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No dia 4 de junho, a Ericsson recebeu cm desenvolvimentos tecnológicos do grupo no
seus escritórios centrais cm Estocolmo, Suécia, campo da comutação óptica, telefonia celular,
a visita do Presidente Fernando Collor de Mel comunicações empresariais, sem fio, e apare
lo, acompanhado de uma comitiva do autorida lho telefônico para comunicação com sigilo.
des brasileiras, dentre cias o Ministro das Rela Na oportunidade a comitiva do Presidente Col
ções Exteriores, Francisco Rezck, o Secretário lor teve a possibilidade de utilizar em suas co
da Cièrn ia o Tecnologia. José Goldembcrg, e municações, durante sua estada na Suécia, 4
o Chefe da Casa Civil, Marcos Coimbra. aparelhos telefônicos móveis, modelo "hot li-
Na oportunidade, o Presidente Collor foi ne”, oferecidos pela Ericsson. (E-D) Sérgio A lberto M onteiro de Car\'alho,
recebido pelos Srs. Lars Ramquist, President Devido às facilidades oferecidas pelo siste Fernando Collor de Mello, Lars Ramquist.