Page 16 - Telebrasil - Julho/Agosto 1991
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Telexpo’91
E x p e c t a t i v a e t e c n o l o g i a p a r a o s e t o r
Discutiu se do uso dc satélites de telecomunicações ... ...à telefonia celular privada
nais e defendeu a participação da empre-
As políticas das TCs foram debatidas
A Telexpo Rio’91 voltada para o seg nos Painéis “novos rumos das TCs no sa privada nos serviços limitados e de va
mento das telecomunicações (TCs),
Brasil, experiência internacional de desre*
incluindo radiodifusão — em nada diferiu lor acrescido. Sobre a revisão constitucio
do modelo que vem se firmando para es gulamentaçâo e política industrial" A par nal, “ela passará pelos valores culturais
te tipo de eventos. Um entrepreneur espe te técnica correu por conta dos temas de e sociais do País". Márcio C. Massei, da
cializado, no caso a H&T, com apoio ins serviços digitais, comunicações móveis, Abecortel, achou que a privatização do
titucional das autoridades e das princi satélites e comunicações ópticas. Já na Sistema Telebrás é algo a ser ainda discu
pais assoeiações(*) do setor, lança uma área de radiodifusão, falou-se das perspec tido e ambas, Abeprest e Abecortel, foram
Feira (fonte dos recursos do empreendi tivas futuras frente às novas tecnologias contra o regime de consórcio, preconiza
mento) concomitante com um Congresso e da indústria local de equipamentos. O do pela SNC, alegando que isto “conduzi
de debates técnicos, políticos e institucio painel sobre“ética na radiodifusão brasi rá o mercado a um pequeno grupo de for
nais. A realização no Riocentro (25 a leira" não ocorreu, por ausência dos pales necedores do Sistema Telebrás”.
28.06) da Telexpo Rio’91 — a próxima se trantes convidados. Foi voz geral nos debates que as tari
rá no Anhembi (SP), de 25 a 28 de maio fas, hoje, estão muito distorcidas. “O atual
do ano que vem — demonstrou que a má modelo das TCs, incluindo nova política
gica novamente funcionou, graças à pujan tarifária, precisará ser amplamente discu
ça do setor das TCs, apesar dos tempos tido pela nossa sociedade”, observou o
de crise econômica e da realização, simul ex-ministro das Comunicações. Haroldo
tânea, do VII Seminário de Rede Exter Mattos, acrescentando que “privatizar ou
na do Sistema Telebrás, em Brasília. estatizar, não é um fim em si mesmo, e
sim servir melhor ao usuário”. Ele deu.
Congresso a seguir, o exemplo da estatal, Cia Vale
do Rio Doce, como não precisando ser es
O Congresso, bipartido entre telecomu tatizada, por que compete bem no mercado
nicações e radiodifusão, contou com 10 Na parte internacional, falou-se do saté
painéis, seguidos de debates, que movi lite internacional, privado. Panamsat pa
mentaram platéias renováveis (da ordem O estande da Telebrasil foi m uito visitado. ra dados e que tem permissão do Intelsat
de quase uma centena de especialistas e para veicular até 100 canais de voz Até
empresários de alto nível, cada uma), du Rui Alvarenga, da Abeprest, disse que 93, serão mais três Panamsats que serào
rante os quatro dias do evento. a densidade de 9,6 telefones/100 habitan posicionados para cobrir rotas de alta ca
Compareceram à Telexpo, dentre ou tes situa nosso País abaixo da Argentina, pacidade. Um deles, dirigido para o Bra
tros, o Secretário Nacional das Comunica Uruguai, Costa Rica e culpou o Estado e sil, poderá operar com um futuro Telepor-
ções, Joel Rauber; os presidentes da Tele o Sistema Telebrás que ele vê “sem espí to. “Nossa tarifa para dados (64 Kbit's) é
brás, José Ignácio Ferreira, da Embratel, rito’ para atenderem à demanda brasilei oito vezes mais barato do que a pratica
Carlos de Paiva Lopes, e da Telerj, Eduar ra de 36 milhões de novos terminais, até da pela Embratel". garantiu à REVIS
do Cosentino Cunha; o Prefeito do Rio o final deste Século. Ele reclamou da ina TA TELEBRASIL, P. Northland, da Al
de Janeiro, Marcelo Alencar, além de ob dimplência da Telebrás para com seus pha Lyracom (Panamsat). Já Ricardo Tron-
servadores estrangeiros, inclusive russos, fornecedores e do “corporativismo de coso, do Ministério de Transportes e Co
estes interessados na telefonia comunitá suas hostes”. Propôs a liberalização na municações do Chile, teceu comentários
ria brasileira, Procom. manutenção e comercialização de termi- sobre a privatização das TCs em seu Pa
ís, mostrando que é preciso que o Esta
do mantenha controle sobre o desempe
(*) A H&T (Hélio Azevedo e TAma Buslik) divulgou a lista de entidades que apoiaram a Telexpo Telebrás. nho, inclusive social, das operadoras pri
Radiobrás. ECT, além das Abert (emissoras). ADRio (desr.nv. regional), Abecortel (redes), Abeprest (eng de vadas e sobretudo sobre as tarifas pratica
TCs), Aberimest (inst r revendedores), Sucrsu RJ (informática), Abac (autom. comercial), Abicin (componen das. Por ocasião dos debates. John Balia
tes), Abird (ind radiotlifusão)H ABL (listas telefônicas), e "of course” da TELEBRASIL (telecomunicações) O
escritório Silvia Helena cuidou do relacionamento com a imprensa e V Sleury da organização do Congresso. da Bell Atlantic, observou que na Argen