Page 12 - Telebrasil - Julho/Agosto 1991
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“um papel catalítico, na cooperação
N ada mais parece sagrado. Se não obtenção do consenso internacional com um número, crescente, de entida
sobre problemas técnicos e de padro
andar depressa, a vetusta União
nização de sistemas, terão que ser re
Internacional de Telecomunicações des envolvidas em TCs”, ou seja em
— UIT poderá perder o bonde da His vistos. Fator de grande pressão sobre suma, cabe à UIT o papel de supra-
tória, caso não reformule, com urgên a UIT, que é uma entidade de cultu organismo coordenador de outras en
cia, sua estratégia global de ação e ra quase diplomática, é a competição tidades ligadas às telecomunicações.
sua metodologia de trabalho. A con- que ela vem sofrendo por parte de ou Segundo o documento da Comis
clusão é da própria UIT, do alto de tros organismos internacionais, regio são de Alto Nível para reformulação
seus 126 anos de experiência (suas nais e nacionais representativos de da UIT, esta deve manter, como ór
origens remontam a 1865) e que ho grandes usuários, operadoras, fornece gão supremo decisório da entidade,
je reune 64 administrações, represen dores de serviços e de equipamentos a quadrienal Conferência Plenipoten
tantes de países-membros. Até então ligados às telecomunicações. ciária (a próxima será em 94, na cida
confortável, a rotina de ação da UIT de japonesa Kyoto, com possibilida
está sendo abalada, nas suas bases, R elatório de de outra, extraordinária, em 92
pela imensa variedade de aplicações ou 93). Já o atual Conselho de Admi
(leia-se interesses) comerciais que es- A Conferência Plenipotenciária nistração da UIT, perderia a palavra
poucam nos quatro cantos do globo, da UIT, em Nice (Fr.) criou, em 89, Administração e abarcará maiores res
fruto de irreversível e avassalador pro pela Resolução 55, um Comité de Al ponsabilidades.
gresso da tecnologia eletrónica e de to Nível, que foi posteriormente cons O mesmo relatório recomenda or
seus agregados. tituído por 21 membros (Brasil incluí ganizar o trabalho da entidade nos se
O tradicional organograma da UIT do) e utilizou os serviços técnicos de tores de desenvolvimento (antigo bu-
— Comitês Internacionais de Rádio consultoria da Booz, Allen & Hamil reau para desenvolvimento das TCs),
(CCIR), de Telefonia e Telegrafia (?) ton, a fim de produzir, em abril des padronização (fusão do CCITT, com
(CCITT) e a Bancada de Registro de te ano, relatório final recomendando elementos do CCIR) e radiocomunica-
Freqüências (IFRB) — mudanças (rápidas) na estrutura da ção (CCIR e IFRB), cada qual manten
bem como o método UIT. E que d i z ^ ' tal relatório? do suas próprias Conferências Mun
de consultas, exausti ’.pL p)\ prima do diais e organizando grupos de traba
vas, caro e lento, > .Vjj^mático. o do- lho e estudo (em substituição aos gru
que pode durar reconhece “o pos especiais autônomos-GAS), no
anos até a caráter único da que for necessário. Cada setor conta
— uma entidade rá com seu próprio orçamento e dire
internacional, ligada às tores eleitos e manterá sede Genebra
Nações Unidas, com decisões (Su.) onde ficará também localizado
referenciadas por Estados- o Secretário Geral, principal executi
membros — que deve per vo eleito da UIT, que recebe o supor
manecer intocado’'. Por te de uma unidade de planejamento
outro lado, ela deve exercer e estratégia e, outra, para atuar co
mo fórum de contato com os princi
pais líderes industriais.
E ntidades
Muitos organismos internacionais,
além da UIT, estão ligados às teleco
municações tais como o Grupo Inter
nacional de Usuários de Telecomuni
cações (Intug), o Instituto Europeu
de Padrões para Telecomunicações
(Etsi), o Centro para Desenvolvimen
to das TCs (TCD), a Organização Mun
dial de Padrões (ISO), o Acordo Ge
ral de Comércio e Tarifas (Gatt). c
Comité de Políticas de Informação
Computação e Comunicação (IPCDh
da Unesco; o Comité para Uso Pacífi
co do espaço (ONU).
A UIT quer fortalecer sua preser.
ça estratégica junto a tais entidades
e programas, bem como, junto a orga-
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