Page 18 - Telebrasil - Julho/Agosto 1991

Radiodifusão:
N o v o s s e r v i ç o s
Até o século XXI, o País terá 3.500
emissoras de rádio e tevê, em funciona­
mento. A programação será segmentada
por faixa etária, sexo, categoria econômi­
ca e tipos de interesse (notícias, esportes,
música). A 4* posição mundial em núme­
ro de receptores é do Brasil, com 55 mi­
lhões de unidades. A digitalização do áu­
dio (DA) já é realidade tecnológica em dis­
co compacto (CD), fita (DAT) e serviços
via cabo (DACS) e vai conduzir à radiodi
fusão sonora digital (digital audio broad
casting), a ser realidade para breve. O rá
dio de som estéreo digital virá pela inicia
tiva privada, via satélite de baixa potên
cia (light satellite), do tipo utilizado nas
comunicações da Guerra do Golfo Pérsico.
O serviço de radiodifusão sonora por
satélite (SRSS) — objeto de consulta pú­
blica (DO de 21.06.91) - será obtido por
três feixes de microondas dando cobertu­
ra a todo território nacional. Cada feixe
abrigará três canais (300 kHz) de áudio
digital estéreo. A política será de céu aber­
to, com limite de 10% do espectro rádio
alocado, por pedido. O espectro de freqüên-
cia rádio para o SRSS será a Banda L
(1,427a 1,475 GHz). Esta depende, porém,
de alocação internacional, a ser obtida
na Conferência Administrativa Mundial
de Radiocomunicações, a ter lugar na Es­
panha, em 1992 (a WARC'92 da UIT), con­
tra as opções de 0.7 e 2,5 GHz defendidas
por outros países. Com 20 watt no satéli­
te e compressão digital a 256 kbit/s, rece­
be-se o SRSS com antenas de 5 a 14 m,
no solo. Nos centros urbanos, a Banda L
irá requerer repetidoras em terra (gap fil-
lers) operando na mesma freqüência do
satéfite para atender a zonas de sombra
e arranjos com a Eletrobrás precisarão
ser feitos para compartilhamento do es­
pectro.
HDTV
No campo da televisão, surgem a
TVAD, TV A, MMDS, DISTV e CATV
que vão modificar o atual panorama das
emissoras de tevê. A televisão de alta de­
finição, que virá a médio prazo, duplica
a atual varredura da imagem de vídeo e
“trará o cinema em casa”. Na TVAD (em
inglês HDTV) há uma disputa, indefini­
da, entre os padrões NHK do Japão (com
base em 60 Hz) e o EBU, europeu (a 50
Hz). A TVAD utiliza faixa passante de
27 MHz (faixa estreita) ou 45 MHz (faixa
larga), bem mais do que a tevê convencio­
nal que é só de 6 MHz. Assim, TVAD sig­
nifica o uso da difusão direta do sinal, via
satélite, nas bandas de 12, 17 ou 23 GHz,
a serem ainda outorgadas na WARC’92.
1 1 Com ba!* rm informações colhidas na TelexpoOl
em particular José Olím pio Madeira, Geatic/SNC
Eduardo Santos Araújo, da ABIR D (md. hras radio
difusão) Joaquim Mendonça. PR da A B E R T (emisso­
ras de rádio e tevê); Mauro de Assit. da E m bratrlS N C
v ã o a b a l a r o c e n á r i o
João Carlos Pinheiro da Fonseca
trib
de sinais de televisão por m Z r *
P°r meios fí
com programação inalterada d,
t — •••«iterada H* — ^
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r ã s P r p l r a n c m l e . . . . . . . . . . . . _ 7 Q C
ras e retransmrssoras, recebida J ? *
.cucDiaa nnr
nas comunitárias ou v.a PPr **
nas comunitárias ou v,a satélite 5 ^ 2
difusão - Portaria 51 de 06.06, %
um sistema confinado à rede £ £ Li
difundir sinais de televisão de
ção variada. Em tese. até 120
dem ser escolhidos pelos assinam*3
serviço CATV (cabodifusão)Tut detl ? |
rá da implantação de rede físir*^ ^
kA t v A ; V'a SatéHte’Já cm wo c J
a KeyTV (programação do Jockey c í
de Márcio Machado Rabelo. A Gloto*!
do sistema Globo, oferecerá quatro catei
de programação, via satélite, que
As novas tecnologias vão modificar a radiodi fu velmente serão codificados. r |
são. A Secretaria Nacional de CooiuvJ
ções-SNC com a Portaria 54 (19.06.91 )om 3
O Brasil defende o uso de faixa de 17,3 a Comissão Assessora de Assuntos dt fé
a 17,8 GHz. levisão que debaterá políticas para os t
MMDS significa a distribuição de si vos avanços que a tecnologia oferece Da ;
nal multiponto e multicanal. A idéia é reu tre os temas a serem estudados, esutl
nir 2 a 3 canais de tevê que são transmiti da possível mudança do padrão de *eb» I
dos por portadora em 2 GHz que são de são PAL-M em uso no Brasil. Muitas pr? j
codificados pelo usuário. Já usado para te doras, por motivos industriais de ofc» I
vê em circuito fechado, a tecnologia já é ção de equipamentos de rua e de es*uéà |
aplicada em Fortaleza desde os anos 80, geram sinais de padrão NTSC (EUAcfr
mas passará a ser utilizada para distri­ pão) e os transcodificam depois
buir programação como CNN, RAI e ou­ PAL-M.
tras. Já a TV A (serviço especial de tevê Brasilsat
por assinatura), regulamentada pelo Dec.
95.744 (23.02.88), conta com 25 outorgas A utilização de satélites para rett»
no Brasil. Na TV A, o sinal codificado, missão de sinais de tevê e rádio é uma te 1
ou não. é irradiado na faixa de UHF. O alidade. Nos atuais Brasilsat a capao» !
Rio, conta com os çanais da Show Time de de nove transponders intein* e j
(Machline), Abril, Álvaro Pacheco (Nova metades são utilizados para cobertura & 1
Fronteira, Arte Nova), Paulo Cesar Fer­ cional de tevê. com subportadoras p** >
reira (rede RPC) e o da Globo. (Globosat). canais rádio. O serviço Radiosat. que * 1
Em São Paulo, a Show Time e a Abrii rá oferecido pela Embratel. diarianetft |
oferecem um pacote de 5 canais (sendo em blocos mínimos de 30 minutos, se'*
dois MMDS) ou Canal Mais. Lá também rá para retransmissão de sinais :
existem os canais TV A do Sistema Glo­ dentemente dos pontos de recepçfc - 1
bo e de Walter e Lauro Fontoura (apre- Radiosat credenciado é semelhante *¦
Raiosat mas a Embratel cotfcficaraj*.I
nais o que controlará quem pode rec­
os sinais. . , ^ I
A opinião do Secretário Nadofi* 1
Comunicações Joel Rauber sobre
comunitárias é a de que o controie .
namental sobre tais emissoras seru
não sendo esta a ocasião oportun- ^ 3
sua implantação. Nisso, ele conve1# ^ j
a opinião do presidente da Abert J ^ I
Mendonça. Já o presidente da A < 1
fendeu a indústria local de equip ‘
mpe**
da radiodifusão e afirmou que a
ção indiscriminada de produtos ^^
com alíquota zero. irá condenar ^
sas aqui instaladas a um vi rtua! ||||P
____1_____ .
mento. “Competir sim, mas em ^ **
de de condições, com import^ - ^
mos sem alíquotas, quer tu ^ &
Santos Araújo, presidente o* ‘tfJ$
servando que esta é uma i
Mauro de Assu. da EmbratelSNC. falou da
WARC "compete até no exterior
Texas' V