Page 33 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1989
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dade de usuários que saberào optar pela alter
nativa, mais adequada as suas necessidades e
para atender suas particulares condições, com
as decorrentes vantagens de otimização e cus
tos Dai existirem nichos e submchos de servi
ços especializados que são supridos, em todo o
mundo, por um numero crescente de com peti t
dores %
1
Concluiu Rómulo, quanto à exploração de
serviços, que as empresas do grupo Telebrás
continuariam a explorar os serviços públicos bá
sicos. alem de poderem competir com a inicia Patrocinadores do XX Painel Telebrasil, em Foz do Iguaçu
tiva privada na prestação de outros serviços, fi
xados critérios tarifários de mterconexáo a rede
publica uniformes para todos os exploradores gia, sem interferência com a liberdade de nego 193'89) ja estabeleceu esta estratégia OCPqD
destes serviços ciar e produzir. deverá ditar regras de projeto e manter biblio
No tangente a este topico, Rômulo Furtado No domínio da tecnologia de ponta, disse ele teca de células comuns acessíveis a empresas
colocou que e possível constituir um sólido mo ser fundam ental reconhecer que o conteúdo com capacitação para projetos de microeietró
delo de política industrial baseado em apenas tecnológico dos produtos eletrônicos converge nica.
duas premissas fundamentais, ou seja, o desen velozmente do equipamento final para oscircui- — Dado que a tecnologia do processo de di
volvimento de tecnologia estratégica de ponta, tos integrados que o compõem. "Deve-se consi fusão condiciona o projeto dos circuitos integra
submetida a programas, prazos e metas especí derar que ha necessidade de se adotar meto dos e a biblioteca de células comuns, por sua
ficas casados com os recursos correspondentes, dologias de projeto e de processo produtivo, vez. o uso por múltiplas empresas projetistas
alem do estimulo ao desenvolvimento da capa com patíveis entre si, visando alcançar escala desta biblioteca e de regras uniformes de pro
cidade competitiva da industria brasileira, de industrial que viabilize, aqui, a fabricação dos jeto. conduzirá a viabilização de uma estrutura
capital nacional, a ser identificado pelo prag circuitos integrados dedicados.” de difusão, no Pais, o que, por sua vez. poderá
matismo na importação de tecnologia, e nas as Ainda neste sentido, esclareceu que recente viabilizar a produção dos circuitos integrados de
sociações com detentores externos de tecnolo portaria do M inistério das Comunicações (n° uso geral — finalizou. {NPR)
M e n d o n ç a :
R a d i o d i f u s ã o d o E s t a d o d e v e s e r p a r a e d u c a r
Propôs o Presidente da ABER1 que as mí que elas hoje pagam, para uso do Brasilsat, três
dias alternativas fossem liberadas, com o Poder vezes mais do que pagavam quando emprega
Publico descentralizando e simplificando a TV a vam o Intelsat. Quanto à hipótese das redes de
Cabo, que poderia ser alvo de uma regulamenta televisão terem seu próprio satélite, ele é de opi
çáo m unicipal, algo, hoje, inviabilizado por pre nião que isto é algo pouco provável, visto o alto
ceito constitucional. Disse Joaquim Mendonça, volume dos investimentos necessários ao em
que o artigo 2 1 da Constituição que exige que os preendimento. Em relação ao serviço do radio
serviços públicos de telecomunicações — ex AM estéreo, este ainda levará alguns anos antes
ceto radiodifusão — sejam executados direta que se vulgarize por falta de real interesse por
mente pela União ou por empresas estatais ou parte dos consumidores Sobre televisão por as
sob controle societário estatal, confunde in sinatura, ele a vè como sendo explorada por uma
fra-estrutura, que deve ser do Estado, com os emissora, visto empregar transmissão por UHF
serviços de telecomunicações que nela transi mas que ao utilizar cabos passaria a ser uma
tam e que "devem ser entregues, prioritária companhia de cabodifusáo e náo mais uma
Joaquim Mendonça, fundador e PR da A bert. m ente, a operação da iniciativa privada" emissora de radiodifusão.
Em entrevista à Telebrasil, Joaquim Men Sobre a possibilidade de uma eventual mu
donça reiterou o ponto de vista da ABERT, ex dança na abrangência do Ministério das Comu
0 paulistano Joaquim M endonça é um dos presso perante o Congresso Nacional, de que as nicações para integrar um possivel Ministério da
fundadores da Associação B rasileira de
Infra-estrutura (TCs, Transporte, Energia), ele
redes de televisão não são subvencionadas
Emissoras de Radio e Televisão — ABERT, em pelos preços que pagam pela utilização da m- foi categórico "eu vejo o Mimcom permane
62. e seu atual presidente, tendo sido reeleito fra-*estrutura publica de telecomunicações e de cendo da maneira como está”. UCF)
em diversas gestões passadas. Em sua palestra,
ele defendeu “por convicção pessoal e postura
filosófica" a iniciativa privada e a sua com ple
mentaridade com o Estado e o poder de escolha
do consumidor ao tratar do tem a da radiodifu
são Segundo o palestrante, cabeà rede pública
de radiodifusão- a educação publica do povo, os
programasdo poder político, o projeto Minerva e
as requisições governamentais Ele criticou as
emissoras da Radiobrás e da rede de TV Educa
tiva que “operam de maneira m uito deficiente,
por notório desvio de funções e de objetivos”
Iniciativa Privada
Sugeriu Joaquim Mendonça que à rede pri
vada cabe. prioritariamente, inform ar e entre
ter destacando que isto náo significa "desedu
car ou programar incultura” Em relação ao novo
texto constitucional, ele disse concordar com o
incentivoà programação regional, mas julga m
viável generalizações neste cam po, com a fixa
ção de percentuais nacionais para program ação
local A specto geral do a u ditório . Ao fundo, na mesa, A Vieira Dias, PR da Teiebras