Page 29 - Telebrasil - Maio/Junho 1987
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Qunndt de Oliveira e Luiz ('nrlos Bahiana. respectivanwnte pule* Mesa integrada de representantes das em presas privadas e estatais. < *
trante e debaledor do evento promovido pelo Telebrasil autoridades, n,i abertura do X V I Painel realizado etn Canela tliS).
fabricante continuaria fazendo seu próprio pro
O vice-presidente da Splice e do Conselho de cional de Telecomunicações. duto, porém o capital das novas em presas a
O palestrante afirmou que "com os subsi
Administração da Telebrasil, Comte. Eucli
des Quandt de Oliveira, explicou em sua pales dios colhidos nessa missão decidiu-se pela irn serem formadas seria local na maior parte e su
tra as portarias que instituíram a política indus plantação, no Brasil, da nova tecnologia, istoé, geria a implantação de uma empresa totalm ente
trial do setor de telecomunicações, a fim de diri a introdução dos equipamentos CPAs". nacional para a fabricação de equipam entos de
mir algumas dúvidas que existiam a respeito. Quandt. de posse de portarias que introdu nova geração mediante a compra de know-how
— Fala-se muito na Portaria 6 2 2 , mas na re ziam e regulamentavam a política industrial de de algum grupo estrangeiro. Esse esquema fa
alidade foi a 661 que estabeleceu esta política TCs no Pais, leu alguns de seus considerandos cilitaria, no futuro, um desenvolvimento genui
— afirmou Quandt de Oliveira, acrescentando: para reafirmar, como um marco historico, os pri namente nacional.
— Quando da formação da Telebras, uma meiros documentos que permitiam a implanta 0 vice presidente da Splice fez um histórico
das preocupações era a criação de uma área çào de componentes eletrônicos na area de tele de todo o processo para a implantação das CPAs
onde pudesse ser dado apoio a indústria de TCs, fonia. no Brasil, inclusive as dificuldades encontra
que eventualmente existisse ou viesse a existir, Segundo o conferencista, a Telebrás foi au das, até que, em agosto de 1 9 7 5 , a Portaria
através de pesquisa e desenvolvimento básico. torizada pelo Mimcom a negociar com os fabri 661 estabeleceu a política industrial do setor, a
Segundo o ex-M im stro das Comunicações cantes sediados no Brasil a instalação de cen- concorrência que deveria ser fe ita e com o
(Governo Geisel), “ uma das primeiras medidas trais-piloto, cujo mercado ficou assim dividido, seriam introduzidas as novas empresas do setor
solicitadasà Telebras pelo Mimcom foi a promo na época: Rio de Janeiro (Nec); Brasília (Erics industrial de TCs.
ção de uma analise, mais ou menos generali son); São Paulo (P h ilip s ); Belo H orizonte — Eu diria — acrescentou Quandt — que a
zada, a respeito de centrais semi-eletrômcas. E (Sesa); e Porto Alegre (Siemens). “ Para muitos concorrência internacional foi lançada em fe
a pergunta básica, na época, era essa. “ São as essa divisão foi estranha porque as áreas esco vereiro de 76 e seu objetivo compreendia a ob
centrais semi-eletrómcas uma nova geração de lhidas não possuíam os equipamentos daquelas tenção de propostas para transferência de tec
equipamentos ou simplesmente um estágio in empresas", explicou Quandt. A escolha foi feita nologia do sistema CPA espacial, para presta
termediário de curtíssima geração para desa propositadamente, sem a intenção de perturbar ção de assessoria técnica, para a im plantação
parecer logo depois?" os trabalhos dos fabricantes, massim. com o m da fabrica dos equipam entos e para eventual
Quandt disse que a idéia foi encampada pelo tuito de medir o mercado. fornecimento de centrais importadas durante a
Ministério das Com unicações, sendo criada Mais adiante disse o conferencista que os fase de implantação local.
uma comissão tecmca, integrada por engenhei estudos passaram a questão da implantação das A decisão de desenvolver a técnica CPA no
ros da Telebrás e do Minicom, com o objetivo de CPAs no Brasil, por uma perspectiva que não Pais determinou também a criação de um cen
visitar vários países desenvolvidos para verificar fosse apenas a de introduzir na rede telefónica tro de pesquisa (CPqD da Telebrás) que absor
“in loco" o estagio do desenvolvimento do sis uma tecnologia mais moderna. Chegou-se, en veria trabalhos iniciados, em 1 9 7 3 , na Univer
tema CPA e o panorama de sua introdução nas tão, à conclusão que o Brasil deveria deixar de sidade de São Paulo, sobre técnica de com uta
redes telefônicas. ser um mero utilizador de tecnologia desenvol ção digital.
A comissão, nomeada em janeiro de 1973, vida no exterior, para capacitar-se em direção ao “ Na epoca, foi considerado que as centrais
era constituída do próprio Quandt, como Presi desenvolvimento de tecnologias que necessi CPAs espacial eram um estagio interm ediário
dente da Telebrás; do Secretário-Geral do Mim- tava. A fim de não correr o risco de importar tec existente entre as eletrom ecãm cas e as terrr-
com, Hervè B. Pedrosa; do Diretor Técnico, Luiz nologia, que em pouco tempo poderia tornar-se porais que, no entanto, iriam dar a experiência
Carlos Bahiana; e mais os engenheiros Vicente obsoleta, optou-se pela tecnologia CPA espa necessária a indústria e aos técnicos brasileiros.
Nogueira, Muri lio Pederneiras e Gil Floro Por- cial. Então, tinha-se principalm ente um elem ento
tuar, que foram avaliar o desempenho do sis Quandt também lembrou a constituição da interm ediário que seria a CPA espacial que ja
tema de comutação semi-eletrômca em uso no Digibrás, uma empresa que serviria de instru trariam os problemas e as soluções de progra
exterior, a fim de que pudesse ser tomada uma mento, na área digital, para a futura política de m ação, tanto para as em presas operadoras,
decisão sobre a introdução desse sistema de implantação das centrais eletrônicas. Houve a como para as empresas produtoras do equipa
centrais pela indústria brasileira no Sistema Na convocação dos empresários nacionais. Cada m ento", concluiu Quandt de Oliveira. ( J P )
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