Page 30 - Telebrasil - Maio/Junho 1987

XVI PAINEL TELEBRASIL
Mitos e Realidade das TCs
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Aluisw Monteiro fez um histórico da política
das telecomunicações no Brasil
O ex-presidente da antiga Telebrasil (1970/
1973), Aluísio J. de O Monteiro, foi o con­
vidado para falar sobre as origens da entidade
Segundo ele. tudo começou no encerramento
do l Congresso Nacional de Telecomunicações
realizado em Recife no dia 8 de dezembro de
1958. ocasião em que foi fundada a Associação
das Empresas de Telecomunicações do Norte
do Brasil-Telenordeste, com sede na capital
pernambucana Posteriormente, foram criadas
mais duas associações: a Telecentro. em 17/5/
59. durante o II Congresso realizado em Belo
Horizonte, e a Telesul. com sede em São Paulo,
criada em 1 de |unho do mesmo ano.
No dia 4 de setembro de 1959. por ocasião
do III Congresso Nacional de Telecomunica­
ções. realizado em São Paulo, houve a fundação
da Federação das Associações de Empresas de
Telecomunicações do Brasil-Telebrasil. socie­
dade civil. sem fins lucrativos, com sede no Rio
de Janeiro GB. a qual se associaram as três enti­
dades regionais existentes. Também em setem
bro de 1959 foi criada a primeira publicação, a
Telebrasil N oticiário, que. de acordo com o ora­
dor. ao longo de sua existência transformou-se
na melhor revista especializada do setor'’
— Voltando aos pnmordios da Telebrasil —
disse mais adiante Aluísio Monteiro — passou
esta a agir. como porta voz da classe, nos seus
mais diversos segmentos e a coordenar os esfor
ços, ate então desempenhados isolada e anoni­
mamente pelas empresas, de levar ao Poder Pu-
blico. através de um trabalho pertinaz e funda­
mentado. suas reivindicações mais prementes,
objetivando o desenvolvimento harmonioso das
TCs em nosso Pais, na ânsia de recuperação do
tempo perdido pela omissão de governos ante­
riores
Aluísio Monteiro fez um relato de todos os
problemas que afligiam o setor naquela época.
a 2 4 0 3 . 8 7 - C a n e l a - R S
A l u í s i o : 0 p a s s a d o e m p e r s p e c t i v a
quando a diretoria da Telebrasil procurava con nhado com grande eficiência pela Tetebra*
vencer e apresentar às autoridades as soluções prol do desenvolvimento harmonioso dasT{ -
para a crise em que se debatiam as operadoras em nosso Pais, fator preponderante da
dos serviços telefónicos. çao do nosso vasto território que era o sonho t
Em 21 de outubro de 1959, a Telebrasil em todos nós e que hoje e uma portentoso r?J.'
memorial ao então Presidente Juscelino Kubits dade Esta grandiosa obra foi realizada e solií*.
check reivindicou a adoção de providências por mente apoiada naquele famoso thnórnio
parte do Governo no sentido de solucionar os dido pela Telebrasil Tarifas adequadas a W
problemas das TCs no Brasil A resposta veio tempo, autofinanciamento, indústria naoorV
através da Lei n 3 683, de 9/12/59, que, se­ de equipamentos para TCs. ' j
gundo o conferencista. "significou, na verdade, Aluísio Monteiro discorreu, a seguir SCDt.
o primeiro grande passo para a implantação efe­ as dificuldades econômicas do setor e das hr !
tiva e concreta da industria nacional de equipa­ taçoes impostas pela Sest/Seplan, a ptrc^ v
mentos telefónicos". Porém, a burocracia da controle sobre o FNT, atual ISSC. edo merrái'.
epoca impediu a execução imediata do plano. monopsòmco, ondeo setor industriai gravitai
— Durante a breve experiência parlamen­ torno, praticamente de um umco comprar.
tarista que tivemos no Governo João Goulart — o Sistema Telebrás e umas poucaserr presas v,
contou Aluísio Monteiro — , a acuidade e o es­ sociadas independentes.
pirito publico que sempre nortearam a ação do — Na busca mcansave! de medidas capaz/:
saudoso Tancredo Neves, fez com que. na quali de amenizar a aflitiva situação em que vivtarr,
dade de Presidente do Conselho de Ministros, empresas operadoras, antes do advento da Te‘e
editasse o Decreto n 640, de 2/3/62, estabele­ brás, a Telebrasil coordenou a realizaçacc
cendo que; "Art 1 — Os serviços de telecomu­ vários encontros e reuniões do seu Consete
nicações. para todos os efeitos legais, são consi Representantes
derados industria bastca, de interesse para o fo O conferencista lembrou as persona 4r.
mento da economia do Pais e de relevante signi­ que integraram todas as diretorias da TeieP'«:.
ficação para a segurança nacional" desde sua fundação, passando peia Assent
Sancionada a Lei n 4.117, de 27/8/62 (Co- Geral Extraordinária realizada em 25 de jar.*- •
digo Brasileiro de Telecomunicações), uma ver­ de 1974, quando foi novamente alterada a
dadeira caudal de resoluções, decisões e nor­ nommação para a atual Associação Brasher ~
mas passou a orientar e ordenar o desenvolvi­ Telecomumcaçòes-Telebrasil. reunindor
mento das TCs e a ação das empresas opera
so entidade empresas estatais e privadas de
doras em todo o País e também aprovada a mudançadosobjervc
O palestrante também fez um historico da tatutarios, que foram adaptados paraste^-' ?
política de TCs no Brasil desde a década de 40 conveniências da nova política para o setor e
até os dias atuais, passando pelas encampações tabelecida pela Lei n 5 792 72
de companhias telefônicas estrangeiras, a cria Quase no final de sua palestra Aluísio
çáo da Embratel. do Minicom e da Telebrás, do teiro disse que "a grande predominância r e ­
monopoho estatal e dos debates sobre a privati­ presas do segmento industrial privado dc ¦>-
zação do setor. Falou ainda do papel prepon­ quer nacionais ou estrangeiras, como assr13
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derante da indústria nacional e da multinacio­ dasda Telebrasil — cuja presidênciaesta^
nal na fabricação de equipamentos, "perm i­ gue a um dos seus lídimos representar^-
tindo a consecução da formidável obra de inte­ nosso companheiro Antonio Carreira —
gração realizada neste País". va não so a abertura desta entidade
— Não podemos deixar de reconhecer — a preocupação dos fabricantes de eqwp*
disse o orador — o relevante papel desempe­ tos com o futuro das TCs no Pais O-
<E Di: Delson SiíTert, Aluísio Monteiro e o conferencista Heddy Pederneiras