Page 34 - Telebrasil - Maio/Junho 1987
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ao Ministro em relação ao problema da faixa de que restou da Tamura do Brasil. Ela não teve empresas — a empresa da qual faco nartoó
900 MHz, quais são nossos problemas com a condições de levar o projeto adiante. Mas, se siderada média. Eu deveria estar desejando^
Abert e o Smdacta, quais são as vantagens e por acaso, a Telebrásse interessar pelo produto, so, mas não estou, porque não é bom a exi«tè
desvantagens dos 450 MHz e vamos esperar do eu acredito que os japoneses voltem a abrir as cia de uma montanha de pequenas e médi£
Sr. Ministro uma posição definitiva. portas para esse tipo de atividade. empresas ruins. 0 importante éter boas emorn
Sérvio Túlio (C iatec) - Ultimamente ouve-se Marco Aurélio — Analisando um pouco a poli sas que concorram bem e livremente no me/
falar muito em privatização ou desmonopoliza- tica industrial dos países desenvolvidos chega cado. r'
ção. Que segmentos poderão ser entregues à ini mos à conclusão de que a preferência das com Mauro Aurélio — A tese que eu procurei colocar
ciativa privada? É o caso da CATV, com a qual pras estão realmente em empresas que nas é que em todos os países desenvolvidos a parte
não existem problemas de freqüências ou tec ceram no país. 0 Brasil não poderia seguir o do leão fica com as empresas nacionais, obvia
nológicos. No entanto, esse projeto não de mesmo caminho? Que o mercado de comunica mente o Brasil não tem nível de competência
colou. Aproveitaria a presença de dois ex-minis ções seja mais voltado para empresas genuina hoje, para ter essa possibilidade, mas como
tros ou de alguém que pudesse esclarecer esse mente nacionais7 Sem sofismas, eu nada tenho política deve ser algo de longo prazo. Nossa
assunto. contra as empresas m ultinacionais, aliás, colocação é que os ganhos de mercado, ou seja
E. Quandt — No período 74/79 foram prepara nunca tive. o crescimento de mercado seja mais orientado a
das normas para a execução dos serviços de E. Quandt — Se forçarmos essa situação acaba empresas nacionais. Eu acho que dentro do Pa
CATV, que previam a exploração dos mesmos mos premiando os incapazes e penalizando os as empresas devem competir em igualdades de i
pela iniciativa privada mediante concessão ou usuários. Sou de opinião que durante um perío condições. 0 que não é possível é uma compet.
permissão, em bases semelhantes às da Radio do de 10 anos haja proteção à industria nacio ção de desiguais. Ai fica muito difícil. Então, eu
difusão. Acontece que o serviço foi considerado nal, porem estou sentindo que o setor está se acho que deve haver alguma regulação política
elitista e não prioritário, desviaria recursos de cartelizando e empresas que não têm capaci nessa competição, mas uma regulação muito le- ¦
áreas mais necessárias do setor de comunica dade, nas quais os empresários não são bons ve, que não seja muito complicada. Deve-sede- >
ções. gerentes, estão se utilizando do protecio finir faixas de atuação dentro da livre competi
Hélio (M ecta) — Eu fiz um estudo há dois anos nismo, simplesmente sob a alegação de que es ção, e quem real mente não for competente deve
da possibilidade da introdução de telefonia pú tão indo para a falência, estão em má situação desaparecer. Finalmente, só para esclarecer s
blico com cartão magnético. Realmente, o in financeira. 0 que acontece, não só no setor de minha posição não é de retirar ninguém. Oque
vestimento seria pouco, porque ele se autopa- comunicações, mas também em outros setores proponho é que os ganhos adicionais sejam or
garia com propaganda que se colocaria nos car no Brasil, é que o empresário começa a ficar entados para empresas nacionais.
tões. Porém, esbarrou-se em dois problemas com os olhos muito maiores do que sua capaci E. Quandt— Eu concordo plenamente com sua
primeiro com relação a alimentação utilizada no dade financeira-gerencial. Eu concordo que tese, apenas eu discordaria de algumas das ma-
Brasil. Teria de ser da rede de 48 volts, o que deve havér uma certa proteção, mas também neiras como foram postas em execução, mas f
inviabilizaria o sistema de queima de crédito acho que naquela contra-proposta estava-se quanto a tese eu estou de acordo. *
dos cartões. Segundo, a Mecta é uma empresa dando uma ênfase excessiva à pequena e média
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