Page 47 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1984
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norte-americana P u b lic  B ro a d c a s tm g  Ser-

             vice-PBS, Bruce Christensen, um intransi­



             gente defensor da  radiodifusão  pública.


             Em sua conferência, ele fez uma exposição


             de como funcion? a P B S nos Estados Uni­


             dos, alertando que só as programações pu­


             blicas buscam  sempre  a  melhor quali­


             dade. Mas ressalvou: “ Isso não quer dizer


             que as empresas comerciais não tenham


              bons programas, mas isso acontece de vez                                                                                 ¦nuni^p


              em quando.  Numa  empresa  pública  essa


              preocupação é constante” .


                    A PBS já foi uma empresa pública vol­


              tada apenas para a educação nos Estados



              Unidos, produzindo programas para serem


              levados às escolas, mas passou por trans­


              formações que a tornaram  hoje um grupo                                                                                  A  Comunicação e a informação são a essência da democracia; (E-D) Deputado Aníbal  Teixeira e


              centralizado e independente. Bruce Chris-                                                                                Senador Virgílio Távora.


              tensen deixou claro que não se trata de ra


              diodifusão governamental,  mas  total­


              mente independente em  suas  produções                                                                                  consumo audiovisual, o violento aumento                                                                                   de  concessões do  serviço  público.  Ao


              culturais, recreativas ou educacionais.                                                                                 da  despesa do consumidor para comprar                                                                                    abolir o monopólio de programas de rádio e


                    — 0 próprio Congresso americano —                                                                                 os equipamentos e receber os programas                                                                                    televisão,  a aludida  lei  não suprimiu,  no


              disse Bruce — limita a participação do go­                                                                              e, fmalmente, a certeza de que haverá uma                                                                                 entanto, o monopólio da radiodifusão.


              verno nos meios de comunicação e esse é                                                                                 relativa privatização da área que encontra­


              um dos motivos dos pequenos recursos fi­                                                                                rá um ponto de equilíbrio entre os setores                                                                                                         Klaus Schuetz, da RFA


              nanceiros que a  P B S recebe dele.                                                                                     público e  privado.  E,  segundo ele,  esse


                    Segundo  Bruce,  existem  centenas de                                                                             ponto,  pelo menos na França, é uma ten                                                                                            —  A democracia  não é possível sem a


              emissoras ligadas à P B S nos Estados Uni­                                                                              dência relativamente nova.                                                                                                 liberdade individual e uma condição inois-


             dos ou simplesmente  retransmissoras,  e                                                                                         Acredita Grange-Cabane que a  proli­                                                                               pensável para a liberdade é a completa li­



             cada região tem a  liberdade de escolher a                                                                               feração dos  meios de comunicação que                                                                                      berdade de informação, o direito de infor­


              programação que pretende ouvir.                                                                                         operam das 12 às 24 horas, mas no futuro                                                                                   mar livre e independentemente e de se ou­


                    Para manter a estrutura de um serviço                                                                             próximo haverá mais um canal e a eles se                                                                                  vir ou  ver também  com  liberdade e  inde­


             de radiodifusão pública, os recursos finam                                                                               somarão ainda a televisão por cabo, a tele­                                                                                pendência.


             ^eiros são sempre escassos,  mas a  P B S é                                                                              mática,  os videogam es, os videocassetes,                                                                                         A declaração é de Klaus Schuetz, presi­


             formada por um conjunto de colaborações,                                                                                 que certamente acirrarão a concorrência,                                                                                   dente da Rádio D e u stsch e  W elle, da Repú


             Que vem desde simples cidadãos  — que                                                                                    que atualmente quase não existe.                                                                                           blica Federal da Alemanha, acrescentando

                                                                                                                                              Na  França,  uma lei aprovada pelo Par­
             contribuem espontaneamente - até a parti                                                                                 lamento, em  1982, manteve o serviço pú­                                                                                   que em seu país entende-se que “ a demo­


             c|paçáo do governo federal, cada vez mais                                                                                                                                                                                                           cracia necessita de um serviço de radiodi­
                                                                                                                                      blico em  uma  posição central:  ao  Estado
             estrita                  explicou o presidente da  PBS.                                                                 coube o privilégio de garantir o exercício da                                                                               fusão que  não esteja exposta a  nenhuma


                    -N o  atual governo  — finalizou  Bruce                                                                                                                                                                                                      influência direta exercida pelo Estado ou.
                                                                                                                                      liberdade de comunicação em um regime
                   nstensen — o presidente  Ronald  Rea-                                                                             de autorização concedida previamente ou                                                                                     em particular,  pelo governo.  Mas a demo­


                  n corf°u verbas da  P B S , sob a alegação                                                                                                                                                                                                     cracia  também  precisa de um serviço de|


                    que, se a população quer uma radiodi-


                    30 Pública, tem que pagar por ela.







                                 Alain Grange, da França







             dia°Qnnrníe'ro orador da parte da t.


             senta  ^  °‘  Alain  Grange-Cabane


             Fran  n  c  do  Conselho  de  Est<


             disJV  tntre outras consideraçc


             suem?«6  as mesmas pessoas qi


             Poluirãn°rias comP,etas e  finais :


             nam!S°ma  medlc,na e a  mformát



             0 futiim HIOpes doando se trata de c



             dl°''isuais’’teleVISao e de outros m(





              nicannrnar do oíuturo da  mídia


              c° Pm,  "ferencista colocou para <


              niente                   e Clnc°  limitações que

              $ãoe|a,  ,mPorão à televisão do ai


              decorm.na proJderaçáo maciça do:



                                  Jcaçao; a ma qualidade c                                                                            Euclides Quandt de Oliveira,  Presidente da  TELEBRASIL:  “O que é bom para um sociólogo

                                        1 ndividualização cresc<                                                                      paulista pode não agradar o seringueiro de Rondônia'
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