Page 44 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1984
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Muitas pessoas se manifestaram verno entra com o apoio técnico a
durante os debates sobre os temas das tria audiovisual francesa utilizou J naus
telecomunicações e informática e do mo que antes eram canalizados nara nv 'V'ÇOs
delo brasileiro referente a essas areas A e para a TV. ^ ra°cinema
seguir algumas dessas observações: A. Oettinger: Os Estados Unidos (antP- ,
Rita Furtado (Deputada) O Brasil deve se 2. Guerra Mundial) importou capitai pSdd
orgulhar do nível de absorçao de tecnolo piou o que a Europa fazia Se o Brasil a°
gia a que hoje chegou. Devemos meditar seia produzir aviões Bandeirantes ada,
sobre as mudanças que ja ocorreram na di os melhores componentes no mercai
fusão da informação e perguntar que quali mundial e parte para sua fabricação
dade de informação queremos ter para um para fabricar computadores a coisa nao*
país tao diversificado com o nosso? assim. Hoje em dia uma Nação e tao inter
Salomão Wajnberg (Geicom) Apesar do dependente das demais que nao p0dP
progresso alcançado, ainda ha muito a fa isolar se. ; *
zer se nos compararmos com os I deres da A. Oettinger: Saber obter o equilíbrio entro
tecnologia mundial. São as encomendas mercados totalmente livrese controladosr-
que geram fabricas, insurnos. desenvolvi importante. É uma característica das in
mento tecnologico e fomentam a pesquisa dustrias menores opor resistência a con
universitária. A política industrial do setor correr mtemacionalmente Mas a questão
de TCs, com proteção através do mono fundamental e o estabelecimento de prio
polio e de tarifas aduaneiras, demonstrou ridades nacionais, o que requer um enfo
ser acertada Nesses últimos 10 anos que político A tendência do protecio
construimos certamente uma boa base m 44O Setor das nisrno também existe nos Estados Unidos.
dustrial. Há pessoas que querem proteção contra a
Telecomunicações
Renato Johnson (Deputado). Havera servi industria japonesa.
ços na França, sem remuneraçãoe visando se realiza quando dá A. Uchoa (ABC) Países em desenvolvi
apenas o interesse publico? dialogo aos outros " mento devem fixar se em tecnologias que
François Gerin (França) O serviço de con Luiz Scrgio Sampaio nao evoluam com demasiada rapidez para
sulta ao anuario telefônico e gratuito, os FmbMtel conseguir e manter um "nicho” no comer
demais serviços são pagos pelo usuário ou cio internacional e nao desperdiçar esforço
pelo provedor da informação de desenvolvimento, em produtos breve
Mauro Porto (Engenheiro): Qual a impor mente suplantados.
tància do controle de dados transfrontei OctavioGennari (Consultoria) Hoje em dia
ras? sabe se o que sao as ICs, mas nao mais o
A. Oettinger (EUA) A informação e uma que e a informática Esse segmento nas
mercadoria igual a outra qualquer. Existe ceu no Brasil da vontade de poucos e
um mercado e pessoas desejam controla evoluiu para o que e hoje 0 setor das TCs,
lo por motivação econômica. As nações homologa, compra produtos, opera suas
são interdependentes de muitas maneiras redes e tem recursos A SEI viveu, desde
(alimentação, materiais estratégicos) e in 79. com parcos recursos orçamentários e
formação e mais uma dessas maneiras. seus objetivos iniciais foram o da capacita
Seria um catástrofe se o fluxo de dados çáo cientifica e não o de autonomia tec
transfronteiras (um assunto emocional) nologica As prioridades da SEI foram dm
fosse interrompido. gidas para a tecnologia do produtoemenus
Romulo Furtado (Minicom) Existem duas para a de produção e de utilização Se o
filosofias, a do planejamento centralizado modelo da informática foi fechado e por
(França) e a do livre mercado de terminais que poucos se interessaram por ele no
e regulação parcial a nível de rede (EUA). imcio.
Pode se também partir para a reserva de F. Rocha Freitas (Abmee). Os modelos d<.
mercado e intensificar o conhecimento informática e da TCs convergem no to
tecnologico O que leva mais rápido ao cante a capacitar o pais tecnologicamente
desenvolvimento? Com o entrosamento entre produção e pes
F. Gerín: O planejamento centralizado não quisa estamos no caminho absolutamente
e o rolo compressor que se imagina. No certo
caso da implantação do anuãrio telefô Luiz Fayet (Deputado) Temos que nosPre
nico. que é uma questão social, o povo foi ocupar com a eficacia macroeconomic
consultado. Na area de serviços e o mer “Que tipo de informação dos modelos. Hoje temos um s,ste™a
cado que comanda o jogo Existem servi TCs eficiente e atualizado. 0 modelo
ços que nascem e morrem. Existe concor deseja um país serva de mercado deve ser a p l i c a d o c
rencia entre os fornecedores de equipa tão diversificado cuidado, para nao se tornar c a r t o n a i , c
mentos e de mformaçao A decisão de como o nosso?” aconteceu com nossa navegaçao d e c
construir ou não uma rede depende da von tagem, uma das menos e f i c i e n t e
Rita Furtado
tade da coletividade, a nível local. O go Congresso Nacional mundo.