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uma cop iativa". Posteriorm ente o volum e de docum entos exi além de consumir o espaço para sua guarda, acarreta um custo
gidos aum entou, quando a cláusula de docum entação passou de distribuição interna de cópias para mantê-la atualizada. Os
a exigir "cin co vias de docum entos m ais um a copiativa''. Há departamentos depositários de vias de biblioteca de centrais
unias poucas em presas-pólo que já concluíram trabalhos pre sentem a cada dia a carga administrativa para executar estas
liminares e pedem três ou quatro vias integrais da biblioteca. tarefas, mas o mais provável é que não tenham calculado, em
Para maior racionalização precisam estender seus estudos ao cruzeiros, o que isto representa, considerando a quantidade
nível do uso de cada seção da biblioteca. de centrais que a concessionária opera.
Do modo com o a cláusula de fornecim ento de documentação Toneladas de documentos — Quantos são realmente
está redigida, são enviadas cópias na quantidade especificada usados?
de todos os docum entos, sem levar em conta se são repetitivos
em todas as centrais do m esm o tipo ou específicos de cada O volume de documentos envolvidos é muito grande. As em
central. Não leva tam bém em conta que determ inadas seções presas concessionárias e os fabricantes vêm de há muito se
são de uso restrito deste ou daquele departam ento da conces preocupando com espaço e custo para seu manuseio. O pro
sionária. Esses departam entos que m anipulam uma determi blema é ainda maior para as concessionárias, pois têm que
nada seção acabam recebendo uma cópia de toda a biblioteca, guardar a documentação durante a vida útil do equipamento
criando problem as adm inistrativos internos para dar manu (30-40 anos) representando uma extraordinária quantidade
tenção, fazer a atualização e conseguir espaços em estantes acumulada de bibliotecas para guardar, manter e atualizar.
para sua guarda.
Utilizando dados do Centro de Documentação da Ericsson do
Atualização da biblioteca Brasil procuramos levantar alguns números relativos às áreas
da Telesp, Telemig, CRT e Embratel. Como dados básicos da
Os manuais de um equipam ento do porte de uma central, com pesquisa e para uso das concessionárias que desejam fazer um
centenas de tipos de m ódulos de produtos, devem retratar, a estudo de racionalização é interessante transcrever algumas
cada instante, as necessidades dos fluxos de tráfego e requisi conclusões:
tos de num eração, tarifaçáo, etc., da rede. As alterações de en
troncamento, sinalização, encam inham ento e tarifação da re a) As centrais locais ARF e trânsito ARM têm biblioteca de
de se refletem nos m anuais que devem ser continuam ente conteúdo distinto, mas em termos de quantidade de docu
atualizados pelas em presas. Cada reconfiguração do equipa mentos e de pastas de arquivamento se equivalem. Uma via
mento de uma central deve ser registrada sob forma de nova de uma biblioteca contém em média 12 pastas (figura 1).
revisão (emissão) nos respectivos docum entos, para informar
o estad o a tu a liz a d o d o s e q u ip a m e n to s , p ro g ram açõ es b) Executando instalações especiais de mesas manuais cuja
(afetações) e graduações para um trabalho eficiente e correto coleção é de 6 pastas, notamos que a extensão da biblioteca
da engenharia na próxim a am p liação e tarefas diárias de varia muito pouco com a capacidade de terminais e troncos da
operação e m anutenção. Isto representa um com plexo proce central. Já que qualitativamente as centrais de mesmo tipo
dimento adm inistrativo para atualizar as diversas vias da bi possuem m esm os produtos, suas docum entações se equi
blioteca distribuídas em vários pontos da em presa operadora. valem. Somente as seções com documentos de graduações/in-
Caso não haja uma rígida disciplina, o mais provável é que al terconexões variam um pouco com a capacidade em troncos e
gumas das vias fiquem desatualizadas. Cada via da biblioteca, terminais. As centrais rurais têm menor quantidade de pastas. ^
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