Page 32 - Telebrasil - Julho/Agosto 1979
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Correção do Problema cialistas em desenvolvimento de recur cimento de métodos de aferição da
sos humanos conhecem técnicas aplicação dos recursos humanos no
Desde que hajam sido observados pro aplicáveis nos mais variados casos. Sistema de Trabalho porque tais
blemas de resultado provocados por métodos permitirão verificar se o pro
problemas de desempenho, há necessi Avaliação de Resultados blema de resultado ainda é conseqüen-
dade de uma intervenção adequada nos te do problema de desempenho ante
recursos humanos afetados de modo a Quando falamos em “ Avaliação de riormente levantado.
corrigir o desvio constatado. Tal inter Resultados” , estamos nos referindo
venção deve ser planejada de modo a aos resultados do Sistema de Trabalho,
Conclusão
atingir o foco do mau desempenho. no que concerne à área objeto de estu
Para tanto são exigidas técnicas apura do. Volta-se a analisar os resultados
O enfoque apresentado analisa o trei
das, pois o problema de desempenho reais da área, comparando-os com os
pode ser complexo, como falta de mo resultados estabelecidos. Se continuar namento sob uma ótica corretiva, isto
é, dirigido para sanar um mau resulta
tivação, ou mais simples, como falta de- havendo o desvio constatado antes da
conhecimento. A intervenção se traduz correção aplicada, pode-se afirmar que do, decorrente de um mau desempe
nho. É claro que o enfoque preventivo
por um programa objetivo, que atinja a intervenção não foi adequada e que
o foco do problema. O programa em precisa ser replanejada e aplicada no é indispensável, mas o raciocínio aqui
tela deve ter seu custo também questio vamente. Assim, o processo se fecha desenvolvido também pode ser aplica
nado de modo a haver compatibilidade como um ciclo por demais conhecido do. Basta pensarmos em termos de
entre a solução e o problema. Os espe (fig. 3). É importantíssimo o estabele problemas em potencial, estabelecer a
probabilidade de que ocorram por pro
blemas de desempenho e continuar o
procedimento. A grande vantagem que
julgamos haver neste tratamento da
questão é a de proporcionar a inter
venção específica para cada causa e
possibilitar a constatação que grande
parte dos maus resultados não são ge
Figura 3 rados por falta de treinamento.
¥
educação, transporte, energia, comunicação tação do Fundo Nacional de Desenvolvimen
e outras facilidades na vida moderna sejam to. correspondente a 2007o do total arrecada
deficitárias ou mesmo ausentes?” do à conta do Fundo Nacional de Telecomu
Ames de apresentar o modelo de Plano Na nicações — FNT” . Com essa parcela do total
cional para telefonia rural, foram menciona arrecadado pelo FNT, considerando a arreca
dos os trés obstáculos que, segundo o defen dação prevista para 1979, diz o autor da pro
T e l e f o n i a r u r a l sor da tese, confliuun com qualquer objetivo posta, "haveria recursos para a implantação
dos que se dispõem a instituir uma infra-es de 18.000 telefones, o que corresponde a 120
p r o p o s t a p a r a f u n d o trutura agrária no pais: 1!’) — "A política centrais. Em cinco anos, com a utilização do
empresarial das companhias esta voltada pa mesmo percentual do FNT, seriam mais de
A criação de um Fundo pura financiar a ins ra a rentabilidade e auto-sustentação, o que 900 comunidades rurais atendidas, com
talação de telefonia em todas as localidades conduz ao atendimento prioritário das áreas 135.984 telefones a serviço do produtor rural.
rurais do país, constituiu a proposta da TE- urbanas onde o investimento por terminal é E, até 1988, os recursos seriam suficientes pa
LEPAR apresentada durante o V CBTHL. menor e a rentabilidade, maior. Como gran ra a instalação de 490.000 terminais rurais, o
A tese defendida por R. Johnsson, emito diri de parte dos investimentos em telefonia rural que, em termos de Brasil, ainda seria insatis
gente da TEEEPAR, destaca as prioridades não apresenta rentabilidade, esta fica relega fatório, marcando, porém, um passo decisivo
anunciadas pela futura administração fede da a segundo plano” . 2!') — "A estrutura fi no sentido de levar o telefone ao meio rural”.
ral, referentes ao apoio pretendido á agrope nanceira do sistema não permite que se faça O plano apresentado completa-se com aspec
cuária, "única alternativa segura para que o telefonia rural, dado o seu elevado custo. A tos de gestão, que seria atribuída à TE
Brasil aufira vantagens em sua balança co empresa não pode suportar o investimento LEBRÁS, com repasses às empresas-pólo es
mercial c possa, a médio prazo, utilizar seu nas condições atuais, nem a maioria dos pre taduais: "Estas os aplicariam de acordo com
potencial dc celeiro dc alimentos como pode tensos usuários tem condições dc pagar 100 os interesses do Governo em estimular as ati
roso instrumento de negociação perante o mil cruzeiros ou mais para ter um telefone” . vidades agrícolas nasdiversas regiões”.
mundo” . Com o titulo "Telefonia Rural, sua 3?) — "A tecnologia brasileira está voltada Por último, foi considerado importante
importância para a economia brasileira” , o para o desenvolvimento de equipamentos de "adequar uma tecnologia ao nosso estágio de
autor defendeu no congresso, promovido pe comutação e transmissão para áreas de gran desenvolvimento, cuja principal carac
la TELEBRÁS, o Plano Nacional dc Telefo de densidade populacional, sem levar cm con terística seria a de permitir o atendimento
nia Rural. ta a necessidade das áreas rurais” . econômico a áreas de baixa densidade de
A proposição apresentada no V CBTEL Argumentando que a eletrificação rural e mográfica” . Como conclusão citou-se que “a
aponta ainda a contribuição que a telefonia transportes (rodovias) são realizados com um TELEPAR está realizando, nesse sentido, um
pode oferecer, quanto á necessidade de inte mínimo ou sem nenhum ônus direto para os estudo que visa reduzir os custos de implan
riorizar o desenvolvimento, objetivando re usuários, o autor propõe que a telefonia ru tação dc telefonia rural. A expectativa desse
duzir os desequilíbrios regionais, melhorar a ral, "por se constituir também em infra-es trabalho é alcançar uma redução significativa
qualidade dc vida, fixar o homem no campo e trutura econômica” , receba prioridade igual de custo".
evitar concentrações populacionais excessi da parte da futura administração federal. A Revista Telebrasil na edição de maio/ju-
vas. Outro ponto mencionado é o da necessi Foi defendido o ponto de vista que "a so nho/78, dedicou artigos ao tema, abordando-
dade de integração: "Os brasileiros sabem lução para financiamento de telefonia rural, o sob outros ângulos, devido à grande impor
que só teremos por inteiro o domínio deste a longo prazo e juros baixos, poderá ser a tância de que reveste. Atenta à evolução dos
país no dia em que não estivermos concentra criação de um Fundo de Telefonia Rural, a assuntos do setor, torna a enfocar a Telefonia
dos na faixa litorânea; entretanto, quem se exemplo do Fundo de Eletrificação Rural. E Rural com o resumo da tese apresentado pela
dispõe a viver num local onde saneamento, este Fundo poderia ser constituído com do TELEPAR no V CBTEL.