Page 11 - Telebrasil - Setembro/Outubro de 1963

CONSELHO EXPÕE PLAN O DE TELECOMUNICAÇÕES
Jornal do Comércio — Rio, 6-9-63
D — Estiveram ontem na Federação
das In d ú stria s do E stado de S. Paulo, os feita ontem na FIESP, a intenção de es­
integrantes do Congresso Nacional de Te­
lecomunicações, p ara prestar esclareci­
m entos sóbre o Plano Nacional de Teleco­
municações. cujo objeto é satisfazer as
principais necesisdades do pais, nm u p ra ­
zo de quatro anos.
O Coronel A dhem ar S caffa Falcão e os
dem ais conselheiros foram recebidos com
um a saudação do Sr M anoel da Costa S an­
tos, presidente do Sindicato da Indústria
de Aparelhos Elétricos e Eletrónicos de
Suo Paulo. Apos a saudação, o coronel
José Antonio de A lencastro e Silva discor­
reu sôbre as características e os objeti­
vos do plano.
COMO VAI SER
Afirmou o Coronel Alencastro que o p la­
no do Conselho Nacional de Telecom uni­
cações visa atender as principais necessi­
d ad es do p aís n u m prazo de 4 anos. As
características fundam entais do plano são
a sua extrem a flexibilidade, de tal modo
que seja possível a expansão econôm ica do
sistem a; a sua capacidade elevada de tra ­
fego e a possibilidade de absorver, a te n ­
der e utilizar os circuitos já existentes,
adaptando-os às novas exigências da téc­
nica. O sistem a projetado deverá ter alta
confiabilidade, embora no plano não es­
tejam fixadas as percentagens visadas
colimando-se ainda, especialm ente, a pos­
sibilidade de perm itir trafego autom ático
em todo o pais.
DISCAGEM DIRETA
O tráfego autom ático, que im plicaria
num plano nacional de num eração, não
só nos telefones como no telex, perm itiria
a adoção do sistem a de discagem direta.
E ntre as dem ais características do plano.
UMA DERROTA DA DEMAGOGIA
Transcrito do “Diário de S. Paulo” — edição de 1-9-63
“Finalmente, com a assinatura de
novo contrato entre a C. T. B. e a Pre­
feitura paulistana para execução do
serviço telefônico na área da Capital,
foi superada mais uma etapa da luta
dos paulistanos no sentido de normali­
zar aquele importante sistema de co-
vale ressaltar de acordo com a exposição
tabelecer-se tráfego m útuo com rêdes in­
ternacionais, projetando o nosso sistem a
de ta l modo que êle possa estar em con­
dições de e n tra r em ligação com os sis­
tem as internacionais.
O Sistem a Nacional de Telecomunicações
revela, de um lado, a preocupação de aten­
der aos interêsses da segurança nacional
e de outro, a necessidade de atendim ento
das regiões de m enor densidade popula­
cional do pais.
EXECUÇÃO
P ara executar o Sistem a Nacional de T e­
lecomunicações, prevê o projeto a criação
de um a em présa p ara explorar os troncos,
idéia bem acolhida pelo presidente da Re­
pública. A fonte dos recursos necessários
à execução do plano está lançada no art.
51 do p ro jeto , que prevê a criação de um
Fundo Nacional de Telecomunicações, cujo
regulam ento ja está em fase adiantada
tan to assim que o Conselho vai exam iná-
lo nas próxim as sessões, p ara posterior en­
cam inham ento à aprovação do presidente.
Para a elaboração do projeto, que prevê
um a linha que se estende de Belém a Por­
to Alegre, pelo litoral, e sistem as com ple­
m entares, além de um sistem a auxiliar de
características m ais pobres está prevista
a abertura de concorrência pública. O pro­
jeto do sistem a nacional será executado
segundo um esquema prioritário. Na fase
de im plantação, os Estados que o deseja­
rem poderão cuidar da execução da obra,
dentro de seus limites, m ediante convê­
nios previstos para essa finalidade. O pla­
no não pretende esgotar a m atéria, mas
sim atender, no prazo de 4 anos as princi­
pais necessidades do pais, em m atéria de
telecom unicações.
mumeações, truncado desde que, extin­
to o anterior contrato, a rede telefôni­
ca se estagnou enquanto a cidade pros­
seguiu num crescimento marcado por
verdadeiras explosões demográfica e
econômica.
Agora, com o documento assinado