Page 7 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1961
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restringe^a opção,se se t ir a a opção -         sempre a de deixar-se campo liv r e ao
 para troca-la por imposição,em virtude           Estado para fazer o,que entender no ajg
                                                  mento p reciso , i s to .e,para explorar dj,
      imperativo dexmaa lei,Jam ais a Uni­        retamente ,se is t o lhe convierf ou cojj
 ão poder v o lta r a sua faculdade de op­        ceder e autorizar,se assim parecer-Sie
 tar por explojar diretamente ou n a o ,          mais adequado, podendo o Estado fazer
 conceder ou nao, salvo por outra l e i . -       i s t o .t o t a l ou parcialmente,Enfim, Sr*
                                                  Presidente,nunca procurou o le g is la -
      „ 0 gr.Sergio IJarinho - Nessas oon         dor colocar^sob sua d ireta e p r iv a ti­
 d iç õ e s,nao tenho duvida em fazer mi­         va exploração serviços que,a çeu ver,
 nhas as palavras de V. Sju* quando en­           podem ser executados por empresas de
 tende que o d isp o sitiv o da l e i ordiná­     c a p ita l privado,sob o controle do Es­
 r ia contraria frontalmente a competem—          tado*
 oia constitucional.
                                                       -- Isso nao ob stan te,8rt Presidente,
          0 Sr,Cunha Mello —Nao so a co^»         embora tenha gido esta,invariavelm en­
 traria,m as acaba dg vez coa a faculda­          t e ,a orientação do leg isla d o r,su rg e -
de optativa da União,                             ngs de repente,sem m^lorqs prepara -
                                                  çoes,sem que a opinião publica tenha
          0 Sr,Sérgio Marinho - A alegação        nem ao menos d iscq tid o o assunto, sqm
que se Içvantg de que a Constituição              que nem mesmo na area dos podereq pú­
outorga a ünlao a faculdade de agird es           b lic o s tenha-se cogitado da m atéria,
 se ou daquele modo,podendo o le g is la -        surge-nos de repente,repeto,um proje­
dqr çrdlnarig estab elecer quq se faça            to que in s t it u i o "monopollo da União
 so desse e nao daquele nodo e , eviden-          em relaçao aos troncas transportado -
teaen tf,aaa maneira de r e str in g ir essa      çes de tglecomunicaçoes“ .E ste projeto
competência.                                      e o da Camara ora sob nosso exame*

          0 Sr.Comha Mello - k orientação,                 O ra,Sr.P residgnte,tantoAo nosso
deve partir^do Conselho Racional de T&            projeto como o da Camara,preveem a ci£,
lgcomnnlcaçoes, que pode sugerir ao Go­           açao de um Conselho-Nacional qe Tele­
verno,nesta ou naquela oportunidade __,           comunicações ao qual incumbira, p o r
neste ou naquele local,op erar ou n ã o           le ij t r a ç a j o “Plano nacional de t e le ­
diretamente •                                     comunicações”, d iscip lin a n d o , enfim, com
                                                  modernidade, o pçoblgma das telecomu­
         0 Sr.Sérgio Marinho - Como V.Exa         nicações entre nqs, e ste Conselho,que
sq recorda, o ponto de v is ta qqe defeg          mal e x is te gtraves de dgcreto execu -
d l no meu p a s c e r contando, alias,com o      t i vo do governo do 8r*J§nio Quadros,e
p r estig io de soa aprovaçao,foi no sen­         que passara a te r ejisten c^ a le g a l a
tido de deixaj ao Conselho Racional de            p a rtir da promulgação do^Codigo ,B ra,-
Telecomunicações a faculdade de d a r ,
qqando se deveria estab elecer o nono—            s^ leiro de Telecom unicações,sera o 0£
p olio dos troncos,
                                                  gao que,ulteriorm ente, poderá nos d i­
         C Sr.Cunha Mello - í o_que sus­          zer sg a atual p o lít ic a de telecoau -
te n te i nas minhas considerações poste­         nicaçoeg,de gxploraçao d ir e ta ou de
riores.                                           concessões,nao interessarão p a ls,in te
                                                  reasando mais a do monopollo.
         0 Sr.Sérgio Marinho - Sinto -
muito ijonrado ec ver que meu ponto d«                     Ademais,como melhor argumento ,
v is ta e sufragado por V, Ex,*.                  pode-se afirmaracom a própria realld a

         0 Sr.Cunha Mello - Muito                 de b ra silelra ,n a o e sta r o nosso Govex
do a V. S z . l .
                                                  no,a União,sob qualquer aspecto ,habi
         (lendo) - “Explorar,conceder ou          lita d a a a ssq m ir ,a « fr e n ta r , como _se
autorizar,q^andç, onde ç coao lhe con -           quer,o monopollo das telecomunicações*
viesse e, nao,fosse,previanente deter-
n4nado,co*so Ja d is senos q repetimos                     À„afirmativa não e mossa.Podería
Nao_somcs contra o monopollo da explo­            mos fa z e -la sqb nossa resp çn sab ilid a-
ração xapenas deixamos a faculdadq de             de e ,deaonstra-la* Mas fazem o-la com
exerce-lo ao proprio Espado, na epoca,            a própria autoridade do “Conselho de
aça lo c a is e nas çondiçoes do seu in tg        M inistços", no seu programa de bases
r e sse . Ssta constância de procedimento         dg governo. Nesse programa,que ainda
S r.P resid en te,jev ela sen,duvida uma ip       nao começou sequer a ser p ra tica d o ,l£
t e llg e n t e , senão megmo%sabia p o s iç ã o  g o ,in icia la en te,co n o aviso aos nave —
b r a s ile ir a ga relaçao a p o lít ic a de te  gantes in cau tos,d iz-se o seguinte:- -
lecomunicações jconveniente ao p a is .g e j
do setor como e da nai s a lta importân­                    “Impõe-sevtambém,namAsistem a em
c ia para a segurançp e para o proprio                 que a n ecessá ria convivência do E.g
desenvolvimento gcorom ico-social da Np                tado e d§ in ic ia t iv a privada no cag
çao B rasileira,tem os seu* leg isla d o -             po econonicc en co n tra ,lim it e s mal
res achado que melhor p o lít ic a s e r í             d efen id o s, demarcar as areag de cog
                                                       p eten cia e c r ia r as condiçoes de
                                                        segurançaAe p r e v isib ilid a d e de caj^
                                                       culo economico. 0 setor privado dj
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