Page 6 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1961
P. 6

que nao se£ m ais o qug e d ir e ito ,o que                                 2 de / se c o n s id e r a r n e s te momen­
   s ig n ific a e ste ou aquele m andam ento                        to se convem ao E stad o B r a s ile ir o reo-
   c o n s titu c io n a l.                                          r i e n t a r ,f l e pleno e sem m aio res fu n d a -
                                                                     m entos,tqda um a^polltica que veq pon­
             0 S r.S é rg io Marinho - Permite-me                    do em p ra tic a ,d e s d e „ q u e e n tr e nos su r
   V. E x.» um a p a r te ?                                          g iu a teleco m u n icaçõ es. Tenhamos e q
                                                                     v i s t a ,n o s no Senado,que mesmo no p e r i
              0 Sr.Cunha Mello - Pois não I                          odo da d itad u p a - quando in iciam o s a-
                                                                     centuada tendencia para o estatism o
              0 S r .S é r g io Marinho - Com sua rg                 cogitou o Estado B ra sile iro dg absor­
   conhecid% au to rid ad e de c o n stitu c io n a -                ver o setor das telecom unicações en­
   l i s t a e m e rito , V.Ex.» acaba de v e n ti­                  t r e os da a lç a d a do poder p u b lic o . No
   l a r um dos problem as^m ais im p o rta n te s ,                 r e f e r id o p e r ío d o , assim coçjo nos de­
   no que d iz re s p e ito a exegese ç o n s titp                   m ais de n o ssa v id a de Naçao
   c io n a l* o problem a p e r tin e n te a compe­                 temqs cuidado apenas,de acentuap o irj
   t ê n c i a da União n e s s e s e t o r . Eu in d ag a
   r i a de V. Ex.& , se rv in d o -m e , p o r ta n to ,            t e r e s s e ,q c o n tr o le e a su p e rv isã o 40
   das suas lu zes de c o n s titu c io n a l!s ta ,
   se , no en ten d er dojioÇ re co leg a, e s ta ­                  Estado sobre ps ativ id ad es lig ad as as
   b e le c id a a r e s tr iç ã o „ a com petência da               telecom unicações, adm ltindo-aç como
   União que a le g is la ç ã o o rd in a ria far£a,                 d en tre os chamados serv iço s públicos
   uma vez apçovado^o s u b s t i t u t i v o da Ca-                 cqncedidos ou a u to riz ados.Ssse in te -
                                                                     resse fo i revqlado quando,prosseguin­
  m a ra ,p o r f o r ç a d e sse $ r t . 10 o u , n o u ­           do eq sua p o lític a ,a c h o u ^ o E s ta d o , a -
                                                                     tra v e s de suas in s titu iç õ e s ,d e aper -
   t r a s p alav ras,ao inves £e explorar o                         feig o ar e a tu a liz a r a abundante le g ip
   serviço de^telecom unicaçoos^ou de dar                            laçao ex isten te a resp eito da nonen -
   em c o n c e ssã o a e x p lo ra ç ã o d e s s e s e r v i­       to sa m eteria. Surgiram ass£m,de I9b6f
   ço , se e ssg r e s tr iç ã o p e rd u ra ria . Pode­             p ara ca,num erosas proposicoes de o r i­
   r i a a União reto m g r a com petência am­                       gem e x e c u tiv q ou le g is la tiv a ,c o m o e x -
   p la que a r e s tr iç ã o dim inuiu? Entende                     c lu s lv q p ro p q s ito de d o ta r o p a is „de
  V.Ex.» - r e p ito a pergunta - que e s ta -                       um moderno codigo de teleco m u n icaçõ es.
  b elg cid a a r e s tr iç ã o , poderia ainda^ a                   Assim s u rg iu no Senadq o p r o je to Mar­
  União retom ar a am plitude de competên­                           condes F ilh o . E, na Cam ara,dentre ou­
  c ia de que an tes se achava in v estid a ?                        t r o s , o do S r.F rq d o K e lly . Ao p rim e iro

             0 S r.C unha M ello - No d e c o r r e r                apresentam os,apos demorado3 e cuidadq
  de meu d i s c u r s o vV. E x .a e n c o n tra ra a
  resp o sta necessária,abundante, prolixa                            sos estudos,um substitutivo.E m nenhu­
  e c o n v in c e n te , de minha p a r te , a pergu&               ma o p o rtu n id ad e,co n tu d o ,n em mesmo en­
                                                                     t r e as su g estõ es do E x e c u tiv o ,p re te n -
  t a que fo rm u la . E ntendo que pma l e i 0£                     deu-se r e s t r i n g i r a "norma c o n q titu -

  d in a ria naq po$e fa z e r exceção ,onde,a                       c io { ja l"4i n s t i t u i n d o - s e q monopolio da
  C o n s t i t u i ç ã o nao £ a z . Se a l e i e gene-
  r i c a n$o tgm exeçao; dgsde que a Conç-                          União sobre e s te ou aq u eles s e to r.
  titu iç a o nao faz exceção,a le i ordina­
  r i a nao pode f a z e r . Em todo c a s o , den­                            Invariavelm ente,Sr. P residente,
 tro da faculdade co n stitu cio n a l, reco­                        procurou-se sempre p e rse rv g r-se o f l e ­
 nheço ao G overno,por sim ples„concessao                            x ív e l p ro cesso de e x p lo ra ç ã o %p r e v is to
 do Conselho de Telecom unicações,a fa -                             na C o n stitu iç ã o ,d e J xando-se a União o
 culdade de fa z e r o m onopolio, quando ,                          poder de, a qualquer tempo, ex p lo rar
 como e onde lh e c o n v ie r .                                     diretam ente ou conceder ou a u to riz a r.

            A l e i , como to d o s q s S enadores -                           0 S r.S é rg io Marinho - P erm ite V.
 sabem , e sabem qesmo aq u eles de medi -                           Ex.ft o u tro ap a rte ?
 ana c u ltu ra Juridica,obedece a certos
 f a t o r e s p r e p o n d e r a n te s ,f a to r e s de tem­                0 Sr.C unha M ello - Com p r a z e r .
 po e „ l o c a l . Ao G o v ern o ,p o r exem plq,po­
 de nãq co n v ir fg z e r h o je jin monopolio,                          A 0 S r.S e rg io Marinho - Vossa Ex­
 e f a z e - lo amaijha. Pode naq c o n v ir hqje                    celên cia então deixa a União, a qual­
f a z e r o m onopolio em B r a s i l i a e fa z e -                q u er tem po,a facu ld ad e de e x p lo ra r d±
 l o em Campinq G ran d e. A sgim ,deixo e s s a                    retam ente ou fazer a concesgao. Ora,
                                                                    e sta b e le c id a aquela p e s triç a o , segundo
p g r te ao a r b i t r i o do G overno, por„suge.5                 a q u al compete a U n ião ,p riv ativ am en te,
                                                                    operar os tronqos,naturalm ente e s s a
ta o do C onselho de T elecom unicações.                            £aculdade de d a -lq s desaparece.A Uni­
                                                                    ão jam ais retom ara a faculdade de„op£
           Mas, S r .P r e s id e n te ,e s te a sp e c to ,        r a r d ire ta m e n te ou d a r em co n c essão •
se bem que m u ito ^m poptante papa mijp,
q de c u ja d isq u ssao nao abro mao, n a o                                  0 Sr.Cunha Mello - 2 c la r o .
e , no caso ,o unlco aspecto im p o rta n te
a r e s s a l t a r de um c o n frq n to e n tr e o p r g                  „ 0 S r .S e r g io M arinho - 2 uma rejj
Je to do ,Senado e o da Cam ara.Im portan­                          triçao^que a lg i o rd in aria vai estabe
te t ambqm, S r • P re s i d e n t e , i m p o r t a n t í s s i ­  le cq r a com petência co n stitu cio n al,em
mo ta m b é m ,S r .p r e s id e n te xe aq u e le ,q u e           carater d efin itiv o .
diz resp eito a orientaçao„da p o litic a
n acio n al de telecom unicações.                                             0 S r.C unha M ello - 2 c l a r o . Se
   1   2   3   4   5   6   7   8   9   10   11