Page 7362 - Revista Telebrasil
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Vieira de Souza-.
T e l e b r á s
p r e o c u p a d a
c o m
m e r c a d o
i n t e r n o
A palestra de
Vieira de Souza A gradecendo o convite feito pela Te-
despertou lebrasil, Fernando Vieira de Souza, Dire
grande atenção tor de A ssuntos Industriais da Telebrás,
da platéia. iniciou sua palestra lembrando que a em
presa h o ld in g tem sua ação voltada es
se ncia lm en te para o mercado interno,
lítico que o Brasil mantém com os países palha equatorianos foi considerada, pe cujo desenvolvim ento é básico para a
latino-am ericanos faz com que a região las nossas autoridades, com o um bem exportação.
represente, sem dúvida, um mercado pri supérfluo. O Equador, e isto parece pia — Desta form a — continuou —, indi
vilegiado para os m anufaturados brasi da, não nos deu nenhuma guia de im por retam ente a Telebrás estaria contribuin
leiros, constituindo uma preciosa opor tação, sim plesm ente porque não im por
tunidade para sairmos do estágio de sim tamos chapéus de palha! do para a atividade de exportação na me
ples exportadores de m atérias primas. — A retaliação pura e sim ples entre dida em que a p o lítica é dirigida para o
O com ércio da área é regido pela Ala- )aíses é inadmissível, mas o de desequi- desenvolvim ento tecnológico, a melho
di — Associação Latino Am ericana de íbrio do com ércio entre países em per ria da qualidade e a redução dos custos
Integração, que pelo tratato de Montevi centuais inaceitáveis até poderia ju s tifi dos produtos do setor de telecomunica
déu de 1980 promove a integração regio car a adoção desta medida, adm itiu com ções.
nal através do intercâm bio com países bastante franqueza a representante do
m antenedores de preferências tarifárias. Itamaraty. Contenções orçamentárias
No convênio de crédito recíproco, co
nhecido com o CCR, há um acordo entre Cooperação Técnico-Científica — In fe liz m e n te — disse Vieira de
os bancos centrais dos países. Estes Souza — as contenções orçamentárias
m antém uma espécie de conta corrente Quanto aos problem as de cooper im postas pelo Governo não nos vêm pos-
em que os exportadores são pagos na ção técnica e cientifica, que constitue sibilitando, através dos programas de ex
sua própria moeda e as exportações mú as portas de entrada para os diversc pansão do S istem a Telebrás, a amplia
tuas se com pensam e dessa maneira mercados, o Brasil oscila entre “o pud ção do m ercado interno no volume re
contornam o problem a da escassez de de levar a reboque uma obrigatorieda( querido. E prosseguiu:
divisas em m oeda forte. quase contratual, tal com o fazem os p; — R egistram os em 1983 o menor ní
Dos 54 convênios existentes, uns fun ses desenvolvidos, e a lem brança, nu vel de investim entos em toda a história
cionam mais, com o nos casos da Colôm espírito terceirom undista, de já term< da Telebrás e nos preocupa a tendência
bia e do Uruguai e outros menos com o sofrido este tipo de problem a na própr que se verif ica de que este ainda não se
no caso da Venezuela. O Brasil adota os carne”. Atualmente, a tendência que : rá o menor.
convênios, mas, com o afirm ou Dulce di configura e que é m ais positiva é expl R essaltando que a estrutura da Tele
plom aticam ente, “os próprios empresá rar, além do trunfo assistencial e polític brás não está voltada diretamente para
rios não dem onstram terem obtido resul os aspectos práticos e concretos da cc o apoio às exportações, Fernando Viei
tados satisfatórios na utilização deste peração técnica e científica, sem que ra de Souza revelou que medidas vem
recurso”. to signifique nenhum a pretensão hec sendo tom adas “com o nossa contribui
momca por parte do nosso país, af irm< ção”, citando as principais contribuições
Obstáculos à Exportação cuidadosam ente M aria Dulce
O com ércio exterior no entanto é rr da em presa:
Três obstáculos à exportação foram tavel e o que hoje se constitui em dific
citados: financiam entos não com petiti dade amanha poderá surgir com o ur
vos, desbalanceam ento com ercial e a grande oportunidade e vice-versa ro r
conseqüente retaliação dos países, e, fi
no caso do México, que já foi conside
nalm ente, o parco aproveitam ento dos do, em passado recente, a nossa melh
convênios de cooperação técnica. E con escolha e que, posteriormente, fechou
tinuou M aria Dulce: discrim inadam ente suas portas a au
— N o caso de financiam ento de pro quer tipo de im portação. M qu
jetos nós sempre sairem os perdendo em O Itam araty atua através de 1 3 3 qP
relação às vantagens que os países de res de prom oção com ercial junto às e
senvolvidos oferecem , com o as taxas ir babad as e consulados do B rasil r
risórias ofertadas pelo Japão ou em al m ais de 90 países, que além de “ nròn
guns casos até com o doação, com o é o
caso da Suécia. O segundo problem a é cionar um apoio institucional m ais a
a atitude de retaliação de países que fe
cham a entrada de produtos brasileiros,
sim plesm ente porque o Brasil nada im
porta destes m esm os países.
— No caso do Equador, por exemplo,
não conseguim os colocar nossos produ
tos porque a im portação de chapéus de
Fernando Vieira de Souza, Diretor de ^
tos In d u s tria is da Telebrás.