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Maria Dulce de Barros, C hefe da Divisão de
O perações de Prom oção C om ercial do
Itamaraty.
Rubens Barbosa (E), do Itamaraty, e Êlvio
Vicenzi (D), da Cacex, dois conferencistas que
expuseram a visão do governo no XII Painel
Telebrasil. No centro da mesa, Paiva Lopes, da
Telesp, e Vieira de Souza, da Telebràs.
ses do C om econ até m e a d o s da década m ero as causas da evolução e da queda
de 70, R ubens B a rb o sa d is s e q u e houve de nossas exportações para os países do
vários fatores que c o n trib u íra m para o Leste Europeu nos ú ltim o s anos e m u i
decréscim o das ta xa s de e xp a n sã o das to m ais adiante revelou que só recente Maria Dulce:
econom ias d a q u e le o rg a n ism o : m ente o em presariado brasileiro passou
Increm ento dos preços da energia fo r a a d o ta r um a p o lítica prom ocional m ais
necida pela URSS e in c a p a c id a d e d e ste a g re ssiva , p ro c u ra n d o e xp a n d ir suas
m esm o país de s u p rir to d a s as n e c e s s i pautas de produtos e alargar suas áreas Q u e m n ã o
dades e n e rgéticas d o s países do C om e de contato. D entro das linhas do “com ér
con; efeitos d a recessão das e c o n o m ia s cio vinculado”, algum as em presas nacio
dos países o c id e n ta is em im p o rta n te s n a is tentam a b rir p o ssib ilid a d e para as i m p o r t a , n ã o
áreas e stra té g ica s do d e se n vo lvim e n to e xp o rta çõ e s do Leste Europeu, d ire ta
e co n ô m ico : in c re m e n to d a s e x p o rta m ente ou através de outras firm as im por e x p o r t a
ções, co m pra s de te c n o lo g ia s e m á q u i tadoras, desde que respeitadas as co n
nas o cid e n ta is e u tiliz a ç ã o de c ré d ito s d içõ e s de preço e qualidade.
em m oedas fo rte s; e xce ssiva c e n tra liz a — Um pouco m ais deverá ser feito pe
ção e co n ô m ica , e le va d o gra u de in e fi lo em presário privado — afirm ou o co n A prim eira co n fe re n cista , M aria D ul
ciência do s is te m a de p la n e ja m e n to e fe re n c is ta — , ca so de seje “a ta c a r” o ce de Barros, C hefe da D ivisão de O pe
adiam ento de re fo rm a s n e ce ssá ria s; de m ercado do Leste Europeu, partindo da rações de P rom oção C om ercial do Ita
ficiências em setores e c o n ô m ic o s de a l p rem issa de que se tra ta de um a região m araty, traçou um quadro geral do c o
ta tecnologia agregada (m icro ele trô nica , diferente. m ércio exterior entre o B rasil e o restan
inform ática, ro b o tiz a ç ã o d a in d ú stria ); Para ele, as em presas interessadas te da A m é rica Latina, os m e ca n ism o s e
nesse sentido, d e sta q u e -se a im p o rtâ n devem tra ça r um a estra tég ia detalhada as d ificu ld a d e s que regem este co m é r
cia das co m p ra s de te c n o lo g ia , um dos para a região, cobrindo “m a rke tin g ”, pre cio, e os serviços p ro p ricia d o s pelo M i
grandes interesses d o s países da área no ço, pessoal, representação e co o p e ra n isté rio das R elações Exteriores.
quadro da distensão; d e ficiê n cia nos sis ção, onde couber, e um a estratégia espe
tem as de p ro d u çã o a g ro p e cu á ria ; e e s c ífic a para d e term inad os países, visan América Latina
cassez de m ão-de-obra, a g ra va d a po r do à penetração no m ercado por m eio de
baixas ta xa s de c re s c im e n to p o p u la presença local e de rela cio n a m e n to de A A m érica Latina representou, pelo
cional. “tra d in g s ” brasileiras no Leste Europeu m enos até m eados de 82, o 2? m ercado
e dive rso s agentes lo ca is co n tra ta d o s para produtos brasileiros, superando até
Intercâmbio Comercial
po r co m p a n h ia s nacionais. o in tercâm bio m a n tid o com os EUA. O
— O in te rcâ m b io co m e rcia l co m os — Em re su m o — a c re sce n to u Ru bom nível de entendim ento bilateral e po-
países do Leste E uropeu é re s id u a l e bens Barbosa — , a agressividade com er
com plem entar no co n te xto de no sso co c ia l do se to r privado no Leste Europeu,
m ércio global, não d e s lo c a n d o ou s u b s pelas próprias cara cterísticas do m erca
tituindo áreas tra d ic io n a is de com ércio. do, deverá te r respaldo o ficia l, m as exi
Segundo a s is te m á tic a da C acex, pelo g irá ta m b é m um e sfo rço especial para EXPORTAR
seu volume, ocupa, nos ú ltim o s anos, o um m e lh o r co n h e cim e n to das té cn ica s É A SOLUÇÀO
6 .° lugar e, pelo seu saldo, o 4.°, d e n tre to a d o ta d a s em cada um dos países, para A TEORIA
dos os blocos e c o n ô m ic o s — e xp lico u saber o que exportar, o que im portar, com E A PRÁTICA
o diplom ata. q u e m e q u a n d o fa la r. Tudo iss o co m
Rubens B arbosa d e m o n stro u em n ú grande dose de persistência e paciência.