Page 7360 - Revista Telebrasil

dos pelo IRB em nom e do Governo Fede­

bens e serviços com juros fixos e prefe­ ral, e o risco com ercial conduzido pelas

renciais para todo o prazo da operação. com panhias privadas quando superior a

O sistem a cria uma independência das 4 m ilhões de dólares. Os riscos políticos

flutuações que o mercado financeiro in­ — e xp lico u V icenzi tecnicam ente —

Vicenzi: ternacional possa vir a apresentar. “são aqueles decorrentes de atos, fatos,
Os bancos que assim operam rece­
situações alheias às partes contratantes
bem nos vencim entos periódicos dq fi­ e de origem político-governam ental ou

nanciamento, a débito do Finex, a dife­ de fenôm enos sociais ou de natureza,
A C a r t i l h a d o sos por ele captado e aquelas aplicadas perturbadores da ordem natural dos ne­
rença entre as taxas de juros dos recur­

no financiam ento à exportação e por gócios que m otivem o descum prim ento
F i n a n c i a m e n t o conseguinte nada sofrem. das obrigações do devedor estrangeiro.”

Dispõem assim o exportador brasilei­ Tudo pode ser segurado, ou quase tu­

ro da possibilidade de atendim ento quer do. Além das vendas a crédito, podem

Numa palestra marcada pelo cunho diretamente pela Cacex, com recursos tam bém ser seguradas as exportações

didático, Elvio Vincenzi, gerente adjunto do Finex, através de suas agências espa­ em consignação, as m ercadorias envia­

de financiam ento à exportação da Ca- lhadas pelo país, quer pela rede bancá­ das a feiras e exposições, as rescisões

cex, discorreu sobre o sistem a brasilei­ ria autorizada a operar em câmbio, bem de contratos de fabricação, desde que

ro de financiam ento e de seguro de cré­ com o suas dependências no exterior e, em decorrência de riscos básicos incluí­

dito à exportação, iniciando com breve ainda, as instituições do exterior através dos no seguro.

h istó rico da criação pela Lei 5.025 de do sistem a de equalização de taxas de No decorrer da palestra, Vicenzi dis­

10.06.66, do C o n se lh o de C om ércio juros. se que “ hoje a dificuldade de concessão

Exterior-Concex, do Fundo de Financia­ de crédito é m uito elevada, principalmen­

m ento à Exportação-Finex e da definição Exportações Asseguradas te em relação à Á frica e a Am érica Lati­

do cam po de atuação da Carteira de Co­ na”. Os atrasos tam bém são m otivos de

m é rcio E xterior-C acex do B anco do O Seguro às Exportações foi criado preocupação: a N igéria deve 25 milhões

Brasil. pela Lei 4.678/65, com operação iniciada de dólares e o Peru e o Paraguai apresen­

em 6 8 pelo Instituto de Resseguros do tam crescentes atrasos. E deixou esca­
O sistem a de financiam ento à expor­

tação brasileira abrange todas as fases Brasil — IRB, juntam ente com um con­ par um a “dica”: o Banco Central hoje dá

do p ro ce sso de exportação, desde a sórcio formado pelas com panhias priva­ preferência ao Convênio de Crédito à Ex­

prospecção m ercadológica até a produ­ das de seguros. portação — CCR, cujo m ecanism o de

ção de bens de capital e de consum o du­ O seguro cobre os denom inados ris­ funcionam ento fora anteriorm ente abor­

rável ou de serviços. O sistem a não dis­ cos políticos e extraordinários, concedi­ dado pela conferencista M aria Dulce.

tingue se se trata de vendas isoladas, de

projetos integrados tipo chave-na-mão,

ou de pacote de serviços.

A definição da política do com ércio

exterior do país é uma atribuição do Con-

cex, orgão presidido pelo M inistro da Fa­ Rubens Barbosa:

zenda com a participação dos demais

m inistros da área econôm ica e de repre­

sentantes da em presa privada.

A Cacex é a executora da política tra­ E m p r e s á r i o s t a m b é m d e v e m

çada pelo Concex e lança mão dentre ou­

tros m eios do Finex, que é um fundo do

Banco Central, que opera com recursos “ a t a c a r ” o L e s t e E u r o p e u

oriundos em sua m aioria do orçam ento

m onetário do Governo e é regido pela Re­

solução 68/71 do Concex.

O Banco Central opera ainda através

de três outros program as. O Financia­ Como 6 ? conferencista do XII Painel Leste Europeu

m ento à Produção para E xportação é R ubens A n to n io B arbosa, C hefe da

operado pela Resolução 674/81. Ò Pro­ Divisão-Europa II, do M inistério das Re­ — N este contexto de dificuldades,

gram a de Financiam ento de Produtos lações Exteriores, falou sobre “O Poten­ parece-me que o Leste Europeu ainda re­

Exportáveis D epositados em Armazéns cial dos Mercados do Leste Europeu" Co­ presenta um a das áreas em que se pode
meçou dizendo que “o crescim ento das
obedece à Resolução 330/75 e o Progra­ exportações, com a geração de superá- promover um rápido e significativo incre­

m a para A quisição ou Encom endas de m ento de nossas vendas, desde que se­

Produtos D estinados à Exportação está vits crescentes na balança com ercial re­ jam adotadas m edidas adequadas de
presenta um aspecto fundamental da es-
previsto na R esolução 643/80 do próprio tratégia oficial para a superação dos sé­ política com ercial — continuou o confe­

Banco. rios problemas que atingem o setor cam ­ rencista para ressaltar m ais adiante:

O Banco do Brasil opera num a linha — Segundo dados da ONU, os países

com plem entar da R esolução 674 num bial de nossa econom ia e com prom etem da Europa O riental pertencentes ao Co-

m ecanism o denom inado CIC CREGE a possibilidade de retomada im ediata do m ecom — URSS, Polônia, RDA, Hungria,

14-11, que visa reforçar o capital de giro crescim ento econômico". E acrescentou- Tchecoslováquia, Bulgária e Romênia —

das em presas industriais produtoras de — Sofremos, contudo, desde 1980 os possuem , aproxim adam ente, 9% da po­

m anufaturados e sem ifaturados sempre efeitos de severa retração nos fluxos de pulação m undial. São responsáveis por

que destinados à exportação. com ércio in te rn a cio n a l. Em 1980 de 15% do PIB e por 30% da produção in­
acordo com dados do GATT, o volum e de dustrial de todo o m undo. G ostaria de

Equalizaçáo dos Juros trocas cresceu apenas 1 ,5 %; em 1981 o ressaltar que a Iugoslávia e a Albânia,

volum e de trocas estagnou e em 1982

A partir de 79, foi im plantado, através apresentou declínio de 2%. As previsões que não são m em bros do Comecon, não

da R esolução 509 do Banco Central, o do FMI para 1983 indicam a possibilida­ estão incluídas nesses dados. No entan­

sistem a de equalização de taxas de juros de de uma retom ada do crescim ento do to, ao utilizar as expressões “ países do

com o apoio do FINEX. O novo sistem a volum e de com ércio, lim itada, contudo Leste Europeu”, ou então “ países socia­

visa estim ular a rede privada bancária a a apenas 1 %. Em conseqüência tem ha^ listas da Europa O riental” estarei sempre

utilizar recursos de linhas de crédito ob­ vido grandes dificuldades na tarefa de fazendo referência aos países do C om e­

tidas no exterior e financiar, a exemplo da promover-se o aum ento das exportações con som ados à Iugoslávia e à Albânia-

C acex, as exportações brasileiras de DrâSIlG lfâS. Depois de discorrer sobre os altos ní­

veis de crescim ento econôm ico dos pa<‘