Page 16 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1989
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Edmur Pollini (Telebrás). Mario Martinho (DT Telesp). Antonio Lins Lima (DO Telesp Otávio Azevedo (DT Telemig).
na instalação de equipamentos de TCs, exce presidente do Citybank. doras de equipamentos CPCT. Dependendo,
tuando os serviços prestados pelas empresas Momentos depois, Costabile explicou a di a empresa também negociará para que as re
concessionárias. Ele também falou sobre os ferença entre a prestação do serviço de im clamações sobre estes serviços passem pelo
serviços de informática que o banco mantém. plantação e a prestação do serviço de m anu 103 (reparo) da Telesp.
“O Citybanck, por exemplo, tem um serviço tenção. “Existem empresas que são excelen Finalizando, Lins achou importante colo
chamado eletronic-bank, que nada mais é do tes vendedoras, entregadoras e im planta- car uue sua palestra objetivou dar uma pin
que a instalação de microcomputadores nos doras, mas são péssim as na m anutenção. cel aaa “em como nós vemos, na Telesp, a qua-
escritórios das empresas clientes, para que Não basta vender e im plantar. E preciso lidade de serviços da rede, assim como de
acessem os serviços do banco“, revelou. manter a imagem da empresa destacou o m ostrar que temos pontos ainda a melhorar,
Depois de explicar que o objetivo do City- executivo. independente de todas as crises que estão aí
bank náo é a informática e nem telecomuni Concluindo sua palestra, Henrique Cos presentes. Mesmo assim , estamos conse
cações e sim uma empresa voltada para a tabile enfatizou mais uma vez que “o nosso guindo reduzir o índice de reclamações por
área bancária, Costabile assegurou que to negócio não é telecomunicações. (Instaría 100 telefones e também o de chamadas repe
dos os serviços alheios ao setor bancário, mos de contratar o máximo possível. Na pres tidas. Medidas como estas náo se concreti
geralmente são feitos por terceiros, mas os tação de serviços, por empresas privadas, náo zam num “click”, por mágica, massimgeren-
que requerem padrões de qualidade, exigidos existe monopólio. Elas competem entre si o ciando os serviços no dia-a-dia da empresa”.
pelo banco, são mantidos por uma pequena devem ser escolhidas as melhores, as mais (.NPR)
equipe. experientes, as mais capacitadas. Isso para
Mais adiante, o palestrante disse ter no nós do Citybank também é muito bom!” (JP).
tado a inexistência de mão-de-obra especiali Otávio Marques de Azevedo
zada. E deu como exemplo a contratação de
uma empresa de engenharia para fazer um Antonio Lins de Lima Filho O diretor técnico da Telemig veio enfocar,
projeto de telecomunicações e que só se li particularm ente, o setor referente à presta
mita a fazer o aludido projeto. O Diretor de Operações da Telesp frisou ção de serviços das empreiteiras de redes e
— Depois nós temos que contratar outra em sua exposição no evento que, quanto à equipamentos para instalaçáo/manutençào
empresa para executar o projeto e, na maio distribuição de defeitos na rede, na área da dos sistem as, em relação aos resultados de
ria das vezes, mais outra para a manutenção. Telesp, a externa é responsável por cerca de rentabilidade e qualidade gerados junto à
Cada empresa tem um critério de manuten 60% dos defeitos; 31% fica por conta das ma Telemig, e qlie irão refletir, (liretamente, nos
ção, de instalação ou qualidade. Enfim, elas nobras de pares e 9% para a rede interna. serviços que são oferecidos aos clientes e
são diferentes e nem sempre a mão-de-obra é No entanto, ele chama atenção quando se acionistas.
muito especializada — acrescentou o execu compara a rede externa (30 milhões de pares/ Como resultado favorável do equilíbrio
tivo. km) com a interna (135 mil pares/km) vê-se alcançado entre concessionária e empreitei
Costabile reclamou da alta rotatividade uma certa desproporção entre o número de ra, Otávio Azevedo ressalta que a Telemig
da mão-de-obra das empresas contratadas defeitos, levando-se em consideração a quilo está no 2" lugar no grau de satisfação do cli
pelo Citybank, o que vem causando transtor metragem dos pares. “Há realm ente um es ente, em pesquisa feita neste ano de 1989,
nos. Quando acontece algum problema no forço a ser feito na parte da rede interna”, re pela Telebrás.
equipamento nem sempre o técnico repara conhece. Entre alguns dados que comprovam este
dor consegue facilmente identificar o defeito, Entre as principais causas de defeitos na sucesso, ele cita que a empresa apresentou
porque a montagem foi feita por outro. E, às rede externa, Lins aponta o desgaste e corro um crescimento da receita na década de 1970
vezes, esse técnico reparador nem é funcio são (35%) do m aterial empregado, “e não vejo da ordem de 30%, e na de 1980 um cresci
nário da empresa montadora. Trata-se de um ações firmes sendo tomadas neste sentido”. A mento de 7%. “Estamos também num esforço
técnico subcontratado para fazer o serviço. mesma causa se repete na rede interna (cai de redução de despesas”, ele explica. “Por
— E o que é pior — alertou o orador —, xa interna) numa proporção de defeito que exemplo, a despesa média por terminal nesta
fica difícil estabelecer quem é o responsável atinge 64%. década reduziu-se da ordem de 36,5%. 0 in
quando a coisa não sai do jeito que nós que As chamadas repetidas alcançaram um vestimento por terminal em todos os nossos
remos. índice de problemas de 17% na rede externa, term inais é inferior 20% à do STB”.
Costabile fez uma resalva quanto aos ser sendo que na interna chegam a 29%. “O fio de Em termos de rentabilidade, as taxas de
viços prestados pela IBM, “que tem um pós- ligação é responsável por 45% destes defei rem uneração de investimento alcançaram,
venda excelente. Eles fazem visitas, verifi tos, na caixa interna, sendo que 20% devido à nos últimos 5 anos, um resultado de 32,6%.
cam se o cliente está contente, fazem pesqui qualidade do m aterial”, explicou o dirigente. superior ao do próprio STB. Já a taxa de soli
sas, treinamento para o cliente, mostram os Visando diminuir a incidência da falha de citação de consertos por 100 telefones é da or
novos produtos; enfim, a IBM náo esquece mão-de-obra junto às redes, item importante dem de 3,32%, “quando a própria meta do
que o cliente existe e está sempre presente”. quando a meta é melhoria dos serviços, Lins STB é de 4%”, enfatizou.
Ainda no âmago das reclamações, Costa colocou que há um trabalho grande a ser feito Como nem tudo são flores, reconhece Otá
bile disse que “os técnicos estão sempre mais junto aos construtores de redes, e na própria vio Azevedo que o maior número de defeitos
interessados em software (a parte in teli Telesp, onde se está im plantando os OCR p a rte de lin h a s e aparelhos telefônicos
gente das instalações) do que em hardware (a (Centro de Controle de Rede). (60,3% ); aparelhos (35,6%); fios internoeex
parte física, ferramental), que relegam a se Os resultados já estão se fazendo sentir”, terno (11,3%); telefone público (9,0%);outros
gundo plano”. Ele acha que as instalações fí ressalta. “Tínhamos um contigente de 1.18% (4,4% ). De forma geral, os defeitos sem remo
sicas são muito importantes e citou o caso da de chamadas repetidas em janeiro deste ano, ção atingem 11,9% e com remoção 88,1T
instalação, através de cabos coaxiais, de uma e já estamos com 0.84%. A taxa de solicitação “Considerando-se a planta instalada doTP,o
mesa operadora de open-m arket, na qual de consertos para os telefones decaiu em mé índice do número de defeitos é muito alto”,
será feita transações da ordem de 1 bilhão/ dia de 20%, nos últimos 10 anos”. avaliou o DT, “e os TPs também são os res
mês de dólares. A Telesp partiu para o mês de setembro ponsáveis pelo maior número de chamadas
— Eu gostaria que o técnico que está fa com a proposta de pesquisa junto aos usuá procedentes com remoção”.
zendo esta instalação entendesse sua respon- rios de CPCTs (Central Particular de Comu Enfocando o lado das empreiteiras, para
sabilidade e que ele não considere o cabo tação Telefônica) a fim de conhecer seu grau receberem um trabalho encomendado pela
como mais um fio ligado a uma tomada do ou de satisfação com a qualidade dos serviços e Telemig, elas têm que ser uma empresa na
tro lado da p o n ta — e n fa tiz o u o vice- atendim entos executados pelas m antene cional e sofrer seleção rígida por parte daí
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