Page 14 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1989
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H o r a d a v e r d a d e n o s e t o r d e r e d e s
Em 1987, por ocasiào do X V II Painel Telebrasil, M artinho (DT) e A ntonio Lins de Lima Filho (DO); da
realizado em Fortaleza-CE, comentou-se da necessi Telem ig, Otá vio M arques de Azevedo (DT), colocando
dade de in clu ím o s debates das TCs o assunto relativo os problem as da rede num a perspectiva técnica e con
a redes — a m anutenção, instalação e revenda de ju n tu ra l, vistos por quem lida com o dia-a-dia do mer
equipam entos e sistem as de telecomunicações. N as cado. O 2: E N A E I foi encerrado, num tom otimista.
ceu assim o E N A E I, cuja prim eira realização ocorreu pelo vice-presidente da Telebrás, Paulo Edmur Pol-
no C e n tro de C o n ven çõ es R ebouças-SP , no dia lini.
11.08.88. Convidados pelo presidente da Telebrasil, Luiz de
Fruto do interesse despertado, a Telebrasil incluiu O liveira M achado, form aram a m esa de abertura
o E N A E I — Encontro Nacional de Empresas de Ins Mário de Oliveira M artinho (Telesp); Rui Alvarenga
talação, M anutenção de Equipam entos e Redes Tele (Abeprest); Edwaldo Sarm ento (Aberimest); Jaime
fônicas, no seu calendário anual. O 2: E N AE I teve lu Rodrigues M açans (Abecortel); Max flam ers de Ara-
gar, em 10.08.89, no mesmo local do primeiro, com o gáo Lisboa (CTBC-SP); João A bukater Neto (CREA-
apoio e abalizadas palestras dos representantes da SP) e N ey M arques Fontes (CTBC '-SP). Os debates es
A becortel, A beprest, A b erim est e o patrocínio da tivera m sob a coordenação, respectivam ente, de
Condulli. Inestim áveis foram as informações presta Mario M artinho (D 'f da Telesp) e Lázaro José de Brito
das pelos conferencistas da Telesp, Mario (h* Oliveira (Grupo Márcio Lacerda).
(E/D): Max Hamers (CTBC-SP), Jaime Maçans (Abecortel), M. Martinho (Telesp),
L. Machado (Telebrasil), E. Sarmento (Aberimest), R. Alvarenga (Abeprest), eJ. Abu
kater Neto (CREA-SP).
João Abukater Neto — O CREA está se propondo, face ao Ar em primeiro lugar a seleção das prestadoras
tigo 5?, parágrafo 12? da nova Constituição de serviços, ou sejam, as empreiteiras, e, em
Detendo-se de início na formação e na Federal — assim que for regulamentada a segundo, a qualidade dos materiais utili
política de fiscalização do exercício profissio Lei —, a promover um exame de qualificação zados.
nal, o presidente do CREA-SP, eng. João para que os profissionais da área passem a Em seguida, fez uma retrospectiva da for
A bukater Neto, disse que é fundamental, exercer seu trabalho convictos da responsa mação da mão-de-obra para o setor de redes
para a manutenção da qualidade do ensino, a bilidade que devem ter — enfatizou o enge externas e das dificuldades encontradas, na
formação de profissionais com nível de co nheiro. década de 70. Lembrou o Painel da Telebrasil
nhecimento básico bastante forte. Segundo Abukater Neto, para a concreti realizado, em 1975, em Itapema SC, ocasião
Para ele, a falta de profissionais de nível zação dessa finalidade, o CREA acaba de as em que foi lançado o primeiro esforço nacio
médio é um problema presente e grave: “Eu sinar com a Aberimest o primeiro convênio nal de redes. Esteves dividiu a qualidade da
acredito que entidades como a Telebrasil, destinado ao entendimento com todos os se rede externa em duas etapas: antes e depois
Abecortel, Aberimest e Abeprest deveriam tores das áreas de engenharia, arquitetura e de Itapema.
criar formas para induzir nossas instituições agronomia “para que nossa açào seja cons Para ele, “o que existe é um sentimentode
de ensino a formarem técnicos especifica trutiva, na busca do bem comum e das garan ansiedade e de insegurança face a situação
mente para a área de redes”. tias sociais, razáo primeira da existência do econômica que o País atravessa”. 0 pales
A bukater Neto se m ostrou descrente Conselho”. trante também citou a descontinuidade dos
quanto as pequenas cargas horárias atuais e serviços em rede telefônica como um dos fa
sugeriu que o técnico de nível médio deveria João Evaristo Esteves tores da rotatividade de mão-de-obra técnica
cursar pelos menos de 600 a 800 horas/aulas, “Grande parte dos empregados demitidos por
durante o período, de conhecimento prático. O representante da Abecortel e diretor do ociosidade não retornam às atividades, prin
Lembrou, em seguida, que as pessoas fazem Concil, João Evaristo de Azevedo Esteves, cipalmente os de nível superior. Eles acabam
os cursos de nível médio apenas como um considerou, como prioritárias, a segurança mudando de profissão devido às grandes os
trampolim para ingressar na Universidade. do trabalho e a qualidade da prestação dos cilações do nosso mercado”, acrescentou.
Ele acha isso muito natural, mas considera a serviços, sejam em empresas privadas ou es — Toda vez que existe um reaquecimento
presença do técnico como fundamental. tatais. Na questão da qualidade, ele destacou na área de rede externa, após período de es-