Page 12 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1989
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aiiicn  que  prever os  novos desenvolvi,

                                                                                                                                                                                                                                                                 m ento tecnológicos, será saber como re*.


                                                                                                                                                                                                                                                                 agirão sociedade e mercado a novos ser-


                                                                                                                                                                                                                                                                 viços e produtos disponíveis (vide boxi.


                                                                                                                                                                                                                                                                 D entre  os  desenvolvimentos, a prever


                                                                                                                                                                                                                                                                para o futuro, está o da maior e melhor


                                                                                                                                                                                                                                                                comunicação do homem com a máquina.


                                                                                                                                                                                                                                                                O  reconhecim ento da  voz humana pelo


                                                                                                                                                                                                                                                                com putador já  alcança  um  vocabulário


                                                                                                                                                                                                                                                                de  200  palavras  isoladas,  considerado

                                                                                                                                                                                                                                                                qualquer  interlocutor anônimo. Mas o


                                                                                                                                                                                                                                                                robô  que  dialoga e  entende o discurso


                                                                                                                                                                                                                                                                h u m an o ,  p recisará  esperar soluções


                                                                                                                                                                                                                                                                destinadas a vencer barreiras acústicas,


                                                                                                                                                                                                                                                                hom ônim os,  co-articulações, sotaques,


                                                                                                                                                                                                                                                                am bigüidades  sem ânticas,  algo que o


                                                                                                                                                                                                                                                                ser  hum ano,  com  sua  cultura própria,


                                                                                                                                                                                                                                                                resolve  com  facilidade  mas o computa*


                                                                                                                                                                                                                                                                dor,  não.  A  inteligência artificial pro­


                                                                                                                                                                                                                                                               cura se aproxim ar da maneira de racio­
                Quandt de Oliveira, no Debate: tarifas e planejamento, soluções para o setor de TCs.
                                                                                                                                                                                                                                                               c in a r  do  ser  hum ano,  mas  nada  neste


                                                                                                                                                                                                                                                               terreno ainda é definitivo.



                cer com ercialm ente e que o lançam ento                                                                               u s u á r io ,  m as  is to   p o d e rá   m u d a r.                                                                            No  debate  final,  o  Ministro Quandt


                sucessivo de satélites de  menor capaci­                                                                               Q uanto a um modelo de TCs para o B ra­                                                                                 de O liveira (Governo Geisel) ressaltou a


                dade, para m elhor adequar a dem anda,                                                                                sil, ele achou que, no momento, poderia                                                                                  im portância  para  as comunicações, de


                (p erg u n ta  de  A m âncio  P ulchério,  da                                                                         não  ser  p ru d e n te   se g u ir  a  te n d ên cia                                                                    se  ad eq u ar  às  tarifas e  haver rigoroso

                Em bratel) não é conveniente por esbar­                                                                                m undial  do  desregram ento,  enquanto,                                                                                planejam ento  financeiro para resolver


                ra r no problema de vaga para os lança­                                                                               no País não houver telefone para todos.                                                                                  os atu ais problem as do setor de TCs, no


                mentos.                                                                                                                       Jean-P aul Jacob afirm ou que só um a                                                                            que  concordou  o  ex-M inistro Haroldo


                        A palestra de Roberto Romarion, da                                                                            coisa é conhecida sobre a direção que to­                                                                                M attos, que acrescentou ser o atual mo­


                Scientific-A tlanta  (em  negociações  no                                                                              m ará  tecnologia                                         ela  c o n tin u a rá   a                                     delo                  que já  funcionou  no passado-


                Brasil com o grupo ABC) apresentou um                                                                                 crescer,  linearm ente.  Mas  m uito  m ais                                                                              passível  de revisão pela sociedade.  *


                show-case centrado na aplicação de sis­


                tem a VSAT (very sm all apertuve anten-

                nas) para  a  indústria  autom obilística


                m undial. J á  são m ais de 40 mil estações                                                                                                                                  Como Harward vê o futuro


                VSAT  instaladas,  em  m ais  de  100  paí­


                ses, pela Scientific A tlanta, disse ele.                                                                                             Anthony Oetinger é chairman do pro-


                        Guy  A m at,  da  D ata  Radio  C anadá,                                                                                 rama da  Universidade de Harwara so-


                dem onstrou,  ao  vivo,  no  telão do  Mak-                                                                                     ire políticas de recursos da informação e


               soud,  a  experiência  de  transm issão de                                                                                    já esteve no Brasil. Eis um resumo de sua


               dados e voz, sim ultâneos, via rádio. Tec­                                                                                     visão das tendências, para a década de 90.
                                                                                                                                                      Sem informação, materiais e energia
               nicam ente, pacotes de dados são envia­                                                                                        não  fazem  sentido  para  o  homem.  O


               dos,  em  rajadas  de  9,6  kbit/s  (o  lim ite                                                                                mundo está  cada  vez  mais  interdepen­


               máximo do sistem a com faixa passante                                                                                          dente mas observa-se, por outro lado, con­


               de 24  KHz),  nos  interstícios da conver­                                                                                     centração de tecnologia e restrições ao li­


               sação  de  voz.  O  gerenciam ento  do  sis­                                                                                   vre comércio.  O poder da  tecnologia se


              tem a em prega o CRAMA (colision radio                                                                                          polariza entre Europa, EUA e Japão, com


              avoidance m ultiacces) que é um método                                                                                          interrogações sobre a futura expansão da
                                                                                                                                              China e Rússia. Neste xadrez, a América
              carrier sense  modificado  para  adm itir

              ap en as  um a  colisão.  O  sistem a  prevê                                                                                    Latina e a índia pouco ou  nada signifi­
                                                                                                                                              cam. A Europa renasce e os investimen­
              um  erro para cada  10  11 bits enviados e                                                                                      tos que ela fará em TCs está estimado em                                                                         tel, na França — custam caros ao contri­


              em prega criptografia em sua transm is­                                                                                         31 bilhões de dólares, em 90, e 34 bilhões,                                                                       buinte. Os erros do Governo são mais visí­


              são (Guy A m at,  inquirido,  não quis  re­                                                                                     em 95.                                                                                                            veis, mas a empresa privada também er­


             velar o tipo de algoritm o utilizado).                                                                                                   Ocorre uma luta mundial entre inicia­                                                                     ra. Se comunicações e computadores con­


                                                                                                                                              tiva privada e protecionismo,  entre glo­                                                                         vergem tecnologicamente observa-se que

                                                                                                                                              balização e regionalismo. Há tendência à                                                                          sua  aplicação  mercadológica não con­
                                                       O futuro
                                                                                                                                              globalização dos centros de P&D, da ma­                                                                           verge  necessariamente, como na escolha


                                                                                                                                              nufatura, das corporações e das redes de                                                                          de fax versus comunicação de dados pelo
                     A  p a rte   prospectiva  do  T eletrends                                                                                informação.  Importantes neste cenário é                                                                          usuário.  Fornecedores privados também


             correu por conta  de A nthony O etinger,                                                                                         saber localizar onde ocorrem a inovação e                                                                         cometem enganos como IBM (Antelope,


            da U niversidade de H arw ard, e de Jean-                                                                                         os centros de excelência técnica. Hoje, mi-                                                                       satélite/SBS, PABX/Rolm), a STC UCLie


            P aul  Jacob,  da  IBM  norte-am ericana.                                                                                        croeletrónica (a base de tudo) se concen­                                                                          a  Northern Telecom, AT&T e Ericsson


            A nthony O etinger (vide-box) disse que o                                                                                        tra no eixo Japào-EUA, o que faz ocorrer                                                                           (com o computador).


            problem a m aior, hoje, não é a tecnologia                                                                                       alianças entre empresas como Motorola/                                                                                      As operadoras telefônicas estão sendo
                                                                                                                                             Toshiba,  In tel/M arsu sh ita,  NEC/TI.                                                                            vítimas “conscientes” da guerra da comu-
            da  inform ação  e  sim   qual  sua  m elhor
                                                                                                                                             Ainda como parte do cenário, discute-se o                                                                           nicaçáq.  Quem  quer,  em realidade, a
            utilização  p ara  a  sociedade.  E  é o  m er­                                                                                  comércio  internacional, em  foros como o                                                                           RDSI? E o mercado ou são os fornecedores


            cado que deverá dar a resposta. A infor­                                                                                         GATT, o que inclui transferências de tec­                                                                           de  equipam entos  em  aliança com as


            m ação inteligente precisará ficar à dis­                                                                                        nologia, serviços, propriedade intelectual                                                                          operadoras? Rede de faixa larga, Tevê de


            posição  do  usuário  doméstico,  sim ulta­                                                                                      (patentes),  acesso a  mercados e  regula­                                                                          alta definição são sinais de megaloma­


            neam ente, com alta concentração de de­                                                                                          mentação das TCs.  Observa-se forte  na­                                                                            nia? ou são maravilhas que a sociedade



           m anda de serviços no usuário corporati­                                                                                          cionalismo. .                                                                                                       considera  inadiáveis? Qual a melhor op­


           vo; um  dilem a ainda não resolvido.  Oe­                                                                                                  Para o futuro, serviços de teleinformá­                                                                    ção  para  nosso entretenimento: ir ao ci­
                                                                                                                                              tica serão cada vez mais importantes bem                                                                            nema,  carregar uma fita de vídeo para
           tin g e r  se  disse  preocupado  com  quem
                                                                                                                                              como  im plem entar,  no  m undo,  au to ­                                                                          casa ou ter um sofisticado sistema de in­
           paga a conta do sistem a de inform ação,
                                                                                                                                              estradas eletrônicas, com alta capacidade                                                                           formação,  via  fibra óptica? Mesmo com
           um  problem a  a  ser  decidido  na  esfera                                                                                        de tráfego.  Nos negócios de  informação,                                                                           serviços de tarifas baratas alguém sem­


           política.  No entanto,  até agora,  o  poder                                                                                       certos planejamentos são  megalomanía­                                                                              pre  paga  a  conta e isto preocupa muito


           p o lítico   te m   sido  m a is  in flu e n c ia d o                                                                              cos e até certos sucessos — como o Mini-                                                                            Oetinger.



           pelas corporações do que pelo indivíduo
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