Page 21 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1989

No sentido dessas dificuldades, o execu­ Soluções

tivo advertiu “Senáo forem feitos investi­

mentos maciços a curto prazo, certamente Manoel Carvalho, como homem de negó­ Mesa Redonda

náo tererfios melhoria do sistema nos próxi­ cios, náo costuma apenas apontar problemas Grandes Usuários

mos 5 anos. As tarifas podem estar defasa­ aos fatos, soluções também constam em seu Telebrasil

das, náo muito se levarmos em conta o poder discurso. Ele lembrou aue a tecnologia atual 20 de Junho de 1989

aquisitivo da população, mas creio que se o já permite a utilização de equipamentos mais

Governo liberasse para as empresas a receita sofisticados que podem contribuir para ame­

real recolhida, a situação estaria bem menos nizar a situação. O sistema via satélite em

caótica” E preocupado. Carvalho relembrou baixa velocidade com previsão de ser inau­

— Mais uma vez foram cortados todos os gurado na Varig, em julho de 1990, é uma das do congestionamento, que, se implantado

investimentos do setor em cerca de 30%, re­ soluções que ele possui para aumentar a efi­ pelas operadoras, permitirá veicular em um

tardando o atendimento ao usuário dos pla­ ciência do sistema, na empresa. único canal de voz até 20 canais de dados, li­

nos de expansão. Esse sistema funcionará entre Rio de Ja­ berando uma quantidade considerável de ca­

neiro, Porto Alegre e São Paulo, e os aeropor­ nais de voz no âmbito interurbano, visando

Caos tos Santos Dumont, Galeão, Congonhas e aliviar a carência de circuitos de voz”, colo­

Guarulhos. Numa segunda etapa, em filiais cou o dirigente da Vang.

Manoel Carvalho ainda colocou que a si­ de menor movimento, serão instaladas esta­ Outras alternativas são sugeridas pelo

tuação está crítica de tal forma que, embora a ções de menor porte “No momento este pro­ executivo, tais como fibras ópticas e sistemas

Telebrás já tenha contratado o fornecimento jeto da Embratel emperrou porque a opera­ PCM mais sofisticados, que “também podem

de 1,8 milhão de novos terminais, a capaci­ dora náo pode mais abrir concorrência inter­ contribuir, de forma significativa, para re­

dade de instalação das operadoras não passa nacional, como planejado, devido a Moddata solução de problemas antes considerados in­

de 600 mil/ano. “Na prática, a média de no­ ter tido seu projeto de nacionalização de equi­ solúveis, a não ser mediante aplicação de

vas instalações tem sido de 500 mil/ano. Sig­ pamentos para a área de transmissão em bai­ vultosos investimentos”. Ao finalizar, o diri­

nifica que só daqui há três anos os terminais xa velocidade aprovado pela SEI (Secretaria gente enfatizou:

já contratados estarão totalmente disponí­ Especial de Informática)”, informou Car­ — O ritmo atual do progresso nos setores

veis. Até lá, já deveremos estar com uma de­ valho. de telecomunicações supera todas as expec­

manda reprimida da ordem de 2 milhões de A Embratel deverá abrir nova licitação tativas e promete se acelerar ainda mais.

novos terminais. Sem falar que hoje existem que atenda a legislação vigente — de dar pre­ Sem telecomunicações, assim como sem es­

mais de 200 mil telefones pagos e náo ins­ ferência ao equipamento nacional quando tradas, nenhuma comunidade pode pros­

talados Por quanto tempo esses usuários existente — o que deverá dar tempo para que perar, devido a seu efeito multiplicador sobre

ainda terão que esperar, levando-se em conta outras empresas nacionais entrem com seus a economia. Um bom sistema é muito caro,

que a demanda anual é de mais de 500 mil projetos na SEI, pois náo se pode fazer uma mas a sua falta custa muito mais. A nação

usuários?”, perguntou. concorrência com apenas um candidato. que mais paga, é a nação que não as têm, pa­

Já existe um equipamento, fabricado no gando com a deteriorização da qualidade de

Brasil, que vem trazendo esperanças aos vida. íNPR) $

usuários como solução imediata ao problema
tu

Investir mais em TCs

P alestrantes, convidados o membros do (Embratel), José Raul Allegretti (Econo­ sez de recursos, ao não atender ao cresci­

mista), Josemar da Costa Vallim (advo­
Conselho de Redação, que compare­
mento da demanda, deteriora mapelavel-
ceram à mesa-redonaa “Congestiona­ gado), Lázaro José de Brito (Construtel), mente o serviço;

mento”, debateram os principais fatores Luiz Ernesto Krau (PJRJ), Márcio Macha­ • retornar, urgentemente, às expansões

que ocasionam a demanda reprimida e do Rabello (Key TV), Roberto Aroso Car­ do setor, criando condições para recu­

sugeriram soluções que poderiam ate­ doso (Telems) e Solon Benayon da Silva perar o déficit Tarifário acumulado nos

nuá-la a médio e curto prazos. Tomaram (IBM). últimos 7 ou 8 anos;

parte nos debates, além dos palestrantes Sobre o tema os Grandes Usuários das • o Governo não deve limitar as contrata­

Jorge Fernandes (IBM), Louríval R. do TCs, foram debatidos, ativamente, as se­ ções e o nível de investimento do Sistema

Rosario Filho (Petrobrás), Manoel S. Car­ guintes sugestões: Telebrás e sim cobrar metas estabeleci­

valho (Varig) e dos convidados José Luiz • redirecionar as prioridades no setor de das de desempenho;

Otero (Telerj), Paulo César Tardin Cortes TCs, dando tratamento prioritário às em­ • investir em treinamento, reciclagem,

(Petrobrás) c Alfredo Júlio Souza Prates presas grandes usuárias, que geram mais aperfeiçoamento de pessoal, pesquisa e

(Petrobrás), os seguintes membros do CR receita e, assim, aumentam os recursos a desenvolvimento, visando aumentar a

da Revista Telebrasil: Armando Luiz Me­ serem aplicados em TCs, com finalidade produtividade do STB;

deiros (presidente), Andrea B. Lo-Presti social; • divulgar amplamente os mecanismos e

(Alcatel), Antonio M artins P'errari • incluir, no planejamento de Sistema os resultados ae avaliação de trafego, vi­

(Ericsson), Gennyson ('astro Azevedo Telebrás, novos rumos para alocação, ur­ sando polarizar a sociedade rumo à obten­

(Telerj), Humberto Chagas Pradal (M. gente, dos atuais recursos disponíveis em ção de melhores índices;

Ex IMF), João Carlos Pinheiro da Fon­ itens de alto retorno do investimento; • lutar pela verdade tarifária, como es­

seca (Engenheiro), João Ferreira Durão • investir maciçamente nas concessio­ sencial à prestação e expansão das TCs do

(Petrobrás), José Luiz Azevedo Valle nárias como meta essencial, pois a escas- País.