Page 38 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1987
P. 38
XV Painel — Manaus
Fabricação e Operação
22 e 23 setembro 86.
D E B A T E I
A lm ir Vieira Dias m ostrando dados da Telebrás para um atento auditório.
Terminada a primeira rodada de palestras, passou-se
ao tradicional debate quando foi facultada a livre palavra aos
participantes. A seguir, um resumo do que foi debatido.
A. Carreira ( Telebrasit) No PND da Nova Re da venda de novos terminais, com novos preços
pública está colocado a expansão de 4,6 mi majorados, trazendo mais 700 milhões de dóla sando as entregas por causa do Plano Cruzado e
lhões de novos terminais. Como poderá a indús res para o setor. Temos que investir e acreditar que sem entregas náo se pode contratar novos
tria que sai escaldada de uma recessão de dois no Brasil 2000. A industria de telefones públi equipamentos. Precisamos contar com o apoio
anos, em 82 e 83, triplicar sua produçáo para cos esta quase dobrando sua capacidade por da indústria e, quem sabe, de nosso lado, talvez
atender a esta demanda? Não seria o caso de se que acredita no Plano. Mas é necessário saber “apertar” um técnico aqui ou um diretor finan
criar um seguro para os investimentos que a in os níveis de encomendas para 87 e 88 Qual é a ceiro ali, que dizem estar sem dinheiro.
dústria precisará fazer garantido-lhe encomen previsão à respeito?
das futuras? A. D. — Realmente, precisamos dar quantida C. Gravatá: Outra questão: por que o setor como
Almir Dias ( T e le b rá s ) — Eu vejo que todo des à pequena média indústria para que esta um todo não participa mais do esforço para
mundo quer encomendas, mas ninguém quer possa dimensionar sua produção. Nosso diretor exportação?
aumentar seu investimento industrial. A melhor industrial Dr. Lamoglia está, agora, calculando
garantia que posso oferecer é a de que o setor de estes numeros. Eu espero até o final de 1986 S. Wanjnberg {Geicom)—Apesar de preços
TCS precisará muito pouco dinheiro de fora para dar à indústria informações mais especificas. ’ tremamente favoráveis para exportação (devi
crescer. Com a comercialização de 1 milhão de à desvalorização do cruzeiro), os equipamento-
novos terminais, teremos uma arrecadação E. Quandt {Splice) — Também fiquei satisfeito deTCs esbarram num problema queédeongef
cerca de 2,5 a 3 vezes superior à deste ano. E em ouvir suas palavras e devo comunicar que a técnica. Senão vejamos: na Europa, onde o me
com dinheiro haverá encomendas. Teremos Splice está duplicando sua atual capacidade m cado é fechado, nossos produtos poderiam P
garantidos cerca de 22 e 23 bilhões de cruzados dustnal. Existe, todavia, dúvida em relação ao netrar, por que são padrão CCIR (da UIT).
para 87. Já para os anos subseqüentes, a previ material de rede, onde nossa empresa apre contrapartida nos EUA, onde o mercado e ^ ¦
são é mais difícil. Mas há 3 fatores a serem con senta grande capacidade ociosa e onde as enco aberto, os padrões lá são ditados pela rc
siderados-. o setor sempre cresceu às suas pró mendas não chegaram ao nível que era espera uma situação difícil. ui.
prias custas; trata-se um serviço essencial; e a do. A Splice ainda está a zero de contratos no Tecnologicamente, diversos de nossos eq
demanda está aí mesmo. Acho até que a indús seguimento que seria reservado para a pequena pamentos estão atrasados e há preferenci ¦
tria é pequena para atender ao setor e que a ge e média empresa, mas olha com fé e esperança exterior, por aqueles com nome mais conn to5
nuinamente nacional, apesar de apoio rece uma próxima agilização de todo o processo. das multinacionais. Até mesmo para Proa
bido, cresce lentamente. Investir é essencial e A. D. Às vezes me confesso um pouco con aqui fabricados, existe esta preferência 11
vejo um futuro róseo para o industrial que assim fuso, poque eu cobro a realidade de investimen perança subliminar de que serão de me , lCgo
proceder. tos das operadoras e (estamos no final de setem lidade. Então, há um problema de atua '
tecnológica e outro da atuação do man«-
bro) dos 16,2 bilhões a investir chegamos ape
C. Gravatá (Daruma) — Observei, com satisfa brasileiro, no exterior.
nas a 1 0 bilhões. Parece-me, com efeito, que as
ção, que a Telebrás, ao invés do passado, fez nossas empresas estão um pouco atrasadas em
cortes em seus custeios e não em seus investi matéria de contratações. Mas, por outro lado A. Dias ( Telebrás) — Devo acrescentar que ^
mentos. Também nos impressionou a previsão tenho ouvido também que a indústria está atra bemos na Telebrás mais de 15 delegaÇ ^
América Latina e África. Elas ficam encar ^