Page 34 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1987

FACES
U m a
aplicações, gra n d es e p equ en a s, sensacionais e n em
o n o tic iá rio,
? O sistema de aluguel de videocassetes e de
televisores já é bastante conhecido em quase
todo o País. Mas, agora, a população de Sáo
Paulo tem acesso a mais um produto comer­
cializado nesse esquema: trata-se de micro­
computadores alugados pela empresa Loca-
set. No momento, o preço está em torno de
19,5 OTNs por mês e a firma náo só aluga
como oferece assistência técnica e orientação
para que o usuário possa fazer melhor provei­
to do equipamento. A classe médica é quem
está utilizando mais os serviços.
? Com a compra de 400 computadores da Mi-
crotec, modelo XT 2002, a USP torna-se a
maior usuária no País de micros da linha de
16 bits, totalizando 502 unidades, das quais
60% se destinarão ao ensino em salas de au­
la. A intenção é a de que o universitário pau­
lista saia da USP inteiramente à vontade
com o computador.
? Datalbope é justamente um produto desti­
nado a dar Ibope. É um computador instalado
nos televisores dos domicílios pesquisados. O
aparelho registra automaticamente o canal
ouvido e a hora, permitindo ao sistema for­
mular gráficos de barras de todos os canais de
15 em 15 minutos.
? Só é Gordo Quem Quer, do dietético João
Uchoa Jr. estará agora em programa de soft­
ware, sendo desenvolvido por dois analistas
da Dataprev, como informa O Globo, cuja
televisão veicula por outro lado, Viva o
Gordo, com Jô Soares.
LI Para Cláudio Hess, 42 anos, formado pela
UFRJ e que trabalha na área de processa­
mento de dados da Petrobrás, é mais que im­
portante para os 160 usuários dos novos mi­
cros que acabaram de ser incorporados à em­
presa, ter um mínimo de conhecimento de
software tais como dBase, Supercalc ou Lo­
tus. Ter um micro sem software é o mesmo
que ter uma vitrola sem discos.
? A Automação de Escritórios ataca nova­
mente no front mercadológico. Desta feita foi
a vez da ABAE — Associação Brasileira de
Automação de Escritórios que organizou seu
1." Congresso Nacional, no Centro de Con­
venções Rebouças, em São Paulo, sob organi­
zação da Sucesu-SP, apoio do Ministério da
C&T e da SEI e patrocínio da SID Informá­
tica Presidiu ao evento Octávio Gennari
Netto.
seção pura re g is tra r proezas desse m od ern o e n g e n h o e suas
tão sen sa cion a is, q u e in u n d a m
in fo rm a m o p ú b lico e, á s u e z e s , d e s lu m b ra m
? O Nexis (não confundir com Nexus) é um
banco de dados de textos que dá acesso on­
line a 150 publicações, desde 1977. A base de
dados fica contida num computador Ahmdal,
de 100 Gbytes de memória, que pode ser aces­
sado, via Embratel, para quem tem um micro
PC compatível, sabe inglês e está disposto a
pagar a tarifa de 7 dólares por consulta.
? Por menos de 2 mil dólares e pesando 6 qui­
los. Este é o novo micro portátil, tipo PC/AT,
com 1,2 Mbyte de memória. Foi mostrado na
Japan Eletronic Show, 86.
? A história é como segue. Duas colinas e, no
meio, um vale. Em cada colina, um general e
sua tropa. No vale, o inimigo que só pode ser
derrotado se os generais atacarem simulta­
neamente. Existe, porém, um problema: o da
sincronização de relógios que deve ser confir­
mada, via mensageiro. Este pode ou não ser
morto ao atravessar o vale. Assim fica sem­
pre a dúvida se um general sabe, o que o ou­
tro sabe (é só pensar um pouco). Jean Paul
Jacob, da IBM, usou a história dos generais
(eram bizantinos), para explicar a limitação
teórica das redes de informação, seja ela
constituída de neurônios ou de computa­
dores. O recado: o problema da informação é o
da simultaneidade de sua atualização desde
Bizáncio.
? Interessante saber que um dos mais ba­
dalados sistemas operacionais para compu­
tadores — o Unix — originou-se num dos gi­
gantes das telecomunicações, a AT&T. Já
sendo vendido na versão 5, o Unix teve mui­
tos seguidores, inclusive no Brasil, tais como
Digix, Edix, Plurix e Sox, respectivamente
da Digirede, Edisa, UFRJ (Unitec) e Cobra.
? O programa europeu de cooperação téc­
nica, Eureka, mostra que a união faz a força.
Seus cientistas desenvolveram, na Bélgica,
um novo processo — o plasmak — que per­
mite desenvolver chips na faixa com ranhu­
ras com 0.8 mícrons e até vinte camadas su­
perpostas. Os especialistas acreditam que
esta tecnologia poderá descer até 0.1 mícron.
? Metrobel é um serviço de informações rela­
tivas a transporte e trânsito da cidade de
Belo Horizonte. O sistema dá informações so­
bre o melhor intinerário entre dois logradou­
ros. O equipamento é um Medidata M3001,
modelo 20, com .378 K de memória e disco de
98 Mbytes, acessado por 21 terminais de ví­
deo. À propósito, a consulta ao Metrobel é fei­
ta por telefone — (Graham Bell, circa 1975).
o leigo.
? São 3.300 órgãos federais, 800 terminais e
100 microcomputadores. Tudo isto formando
uma rede de comunicação de dados para con­
trolar, via Secretaria do Tesouro Nacional, a
administração pública. Rede de dados é isso
aí.
? Desagradável mesmo foi o roubo da uni­
dade de memória de uma empresa que parti­
cipa do projeto Esprit, destinado a fazer in­
vestigações sobre informática da Comuni­
dade Económica Européia (CEE). O custo do
resgate de uma dúzia de circuitos é de 90 mi!
dólares.
? Paulista gosta mesmo de concorrer, já não
bastasse iniciar o ano com a maratona de Sáo
Silvestre. Agora é a vez da Olimpíada de Ma­
temática, promovida pela Academia de Ciên­
cia de SP. Ganharam a 10.' Olimpíada. Al­
berto Shinozki, Paulo Farha e Song Fan
Woei.
? Segundo a Folha de S. Paulo (numa ma­
téria relativa à subutilização de micros na
USP) um dos únicos locais onde está come­
çando a se formar uma cultura de informati­
zação é o Instituto de Matemática e Estatís­
tica. Pudera!
? Um microcomputador Epsom é utilizado
por um iatista brasileiro para otimizar os
percursos triangulares das regatas de que
participa. O programa tem como entradas
correntes marinhas, direção e força dos ven­
tos e roteiro e indica a melhor rota a percor­
rer. Para os que não tem computador trata-se
de usar a intuição contra a tecnologia.
? Quando o aluno chega à escola e já ten', se­
parados e escolhidos horários de cada ma­
téria que irá estudar não desconfia nem de
longe a mão-de-obra que isso ocasiona Con­
ciliar o horário dos diversos professores com
as diversas turmas, sem que haja superposi-
çáo, é sempre uma tarefa árdua. Mas a Pro-
Eletrõnica de Sáo Paulo promete at'abar e ra
esse problema ao lançar no mercado s._ u pro­
grama "Sistema de Planejamento de Hora-
rio”. que permite essa distribuição em ap
nas alguns minutos.