Page 81 - Telebrasil - Março/Abril 1983

fiabilidade. As facilidades presentes nos equipamentos urba­

nos de grande porte foram objeto de uma análise e crítica, atra­

vés da ponderação de cada facilidade funcional em relação a

sua utilidade, freqüência de uso, necessidade e expectativa do

usuário rural. A parte de suprimento de energia e sinais e DG|

foi objeto de análise ainda mais rigorosa.

5.1 Características principais

Arquitetura é formada por malha comutadora em estágios

parciais c r o s s b a r , controle comum a marcador (CM ) e co­

mando a registrador (STR). Sinalização externa em MFC

(tanto no esquema 5C ou R2), com enviadores (CSR) e recep­

tores (CRR) compartilhados através de buscadores.

Capacidade de memória de algarismos: numeração local

com 5,6 ou 7 algarismos; numeração para tráfego DDD: 0 + 9

algarismos; tráfego internacional DDI: 0 0 + 1 2 algarismos.

Facilidade para conexão de 1% de telefones públicos com

um degrau tarifário (180s) diferenciado de assinante. Em cada

grupo de 100,10% dos terminais podem ter busca automática

para grupos PBX, sendo que 5% podem ser número chave.

Encaminhamento de tráfego originado com análise esten­

dida a até 5 algarismos. No tráfego terminado verifica a vali­

dade dos algarismos de milhar e centena do número do assi­

nante chamado.

R o t a s : uma rota de entrada, uma rota de saída e uma rota

para serviço especial local.

T r o n c o s : 2 fios (par de cabos) com sinalização por l o o p de cc

ou 4 fios (FDM com sinalização semicontínua (pulsada nos fios
E&M)).

F a c i l i d a d e s d e t a r i f a ç á o : Chamadas de longa distância tari­

fadas por bilhetagem automática na estação trânsito (equipa­

mento básico no ARX-100 envia identidade do chamador em

MFC). Chamadas regionais tarifadas por M M (equipamento

básico está preparado para receber pulsos de tarifaçáo do cen­

tro superior). Chamadas locais: ligações internas, 1 pulso por

chamada, Tx (Karlsson puro) ou T x+1 (Karlsson acrescido).

Chamadas gratuitas para serviços especiais não tarifáveis. As condições de baixa densidade demográfica e conse­

Supervisão de órgãos comuns por contadores estatísticos quente baixa concentração de assinantes conduzem a

(20); alarme de qualidade de serviço nos órgãos comuns (CM, uma rede externa muito cara.

STR, CS, CR). Supervisão centralizada por alarme remoto, via

tronco normal, mesmo em conversação (9 classes de alarmes).

externamente é idêntico ao do equipamento. Ao fechar suas
Enlace de assinante de 1.800 ohms ou 3.600 ohms com SLE

portas forma um conjunto harmonioso com os demais.
(extensor de enlace). Amplificador de voz opcional. Capaci­

dade ampliável em etapas econômicas de 100 terminais, que

podem ser agrupadas em 4 categorias (assinantes comum, 5.4 Biblioteca da central

operadora ou teste, telefone público e assinante negado).

Tráfego total por assinante: 0,07 E/ass. Razão de tráfego ex- A documentação é padrão, incluindo instruções para pro­

temo: 50 a 70%. gramação da configuração à rede. Foi reservada uma seção es­

pecial na biblioteca, onde o cliente arquiva todo e qualquer do­

cumento específico criado para aplicação especial fora do pa­
5.2 Características mecânicas

drão.

Todo o equipamento está alojado em gabinetes fechados de

2,40 m de altura com acesso apenas pela face frontal. Todos os 6. Conclusão

cabos são providos de plugues nas extremidades. São expedi­

dos prontos e testados de fábrica. Os cabos interligam os gabi­ Para acelerar a automatização rural é necessário definir

netes via canaletas sobre o piso. Não é necessário sala separa­ aporte regular de recursos financeiros para sua viabilização.

da para alojar o equipamento. Uma das alternativas é a telefonia urbana subsidiar a rural.

Uma solução inédita adotada foi a incorporação, ao próprio Para diminuir os custos da comutação rural propõe-se fixar ní­

equipamento da central, de um gabinete fechado que contém 2 veis menos ambiciosos de sofisticação tecnológica, capacidade

retificadores, 300 contadores de chamada, lado vertical e hori­ de tráfego e facilidades de assinantes, porém sem abrir mão da

zontal do distribuidor geral, com blocos, além de jogos de relês.
confiabilidade e facilidades mínimas de interesse do usuário

rural.

5.3 Racionalização da instalação A quantidade de centrais rurais (várias centenas) justifi­

cam uma padronização de configuração para cada faixa de ca­

O equipamento obedece a configurações padronizadas. É pacidade em terminais, o que reduzirá drasticamente o custo

expedido de fábrica pré-testado. Ao chegar ao local, basta fixar de anteprojeto, projeto e engenharia.

os gabinetes entre si, plugar o cabeamento entre gabinetes, li­ Regularidade nas encomendas, planejamento firme e admi­

gar o cabo da rede externa aos blocos do lado vertical do DG, nistração simples do projeto, associados a um contrato justo

conectar a rede elétrica pública e o cabo para a bateria. Todo o para ambas as partes, representam custo de comercialização

conjunto de força e sinais já está incluído no equipamento, bem mínimo. A minimização de custos em todas essas fases rever­

como sua distribuição. O gabinete de força, contadores e DG terá em benefício dos programas de automatização rural, Tf*