Page 79 - Telebrasil - Março/Abril 1983
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A figura 2 mostra como o potencial para capacidade final dedicados. Associando esses três atributos dos componentes
influi no preço. As três curvas referem-se a equipamentos de para telecomunicações à conjuntura brasileira da microeletrô-
mesma tecnologia (D), tráfego e perdas muito próximas (T, P). nica profissional atual e nos próximos oito anos, o cenário re
A principal diferença responsável pela substancial redução sultante não parece, no momento, favorável à redução dos pre
nos preços de comercialização se deve a dois parâmetros: fun ços da comutação rural.
ções lógicas (L) e faixa de capacidade (N) otimizadas, ambas, A tecnologia eletrônica proporciona, como é sabido, uma re
às aplicações rurais. Além disso, os módulos construtivos da dução no volume dos equipamentos. Quando a meta principal
malha comutadora não permitem uma variação contínua de é a minimização da área ocupada pela central, a eletrônica é
N. A capacidade N varia segundo valores escalares em pro imbatível. No entanto, na área rural, a redução de 12 metros
gressão aritmética. Obtém-se máxima economia em cada fai
xa no seu limite superior.
4.5 Tecnologia e desenvolvimento (parâmetro D) DG SSA SSB SSC
13 '*1
0 propósito principal deste item é discutir qual a tecnologia
mais indicada — nas condições atuais do desenvolvimento na
cional — para a automatização rural. A atividade de desenvol
vimento e administração do produto é conseqüência da capaci
tação local em homens e meios (laboratórios, auxílios automá
STR
ticos e manuais) para iniciar o processo produtivo. O Brasil en
contra-se na fase de transição da tecnologia convencional (ele- CRR
tromecânica) para a tecnologia digital (comutação CPA, com
' t— CED
tecnologia eletrônica digital). O que é mais econômico para a FIR-P
nossa "Ruralópolis”?
0 extraordinário progresso dos semicondutores, integração
9 CLASSES
de circuitos, redução drástica dos custos e espaço por meio dos
ALARME
Cl dedicados induz à conclusão de que a eletronização das apli REMOTO
cações sempre resulta em facilidades sofisticadas a preços
TESTES
cada vez menores. A eletrônica de consumo é a principal ali- REMOTOS f I 1 J .
CM
mentadora desta indução. Entretanto, ao extrapolarmos este
conceito a equipamentos de comutação temos que considerar o
Fig. 3 - Central Rural ARX-100
uso de componentes de classe profissional (maior confiabili
dade), a escala bem menor de produção e o uso de componentes
çáo rural, resultaram de versões econômicas de sistemas de maior capa-
quadrados para 4 não tem peso econômico significativo. Para
as áreas urbanas a situação é completamente diferente, pelas
dimensões do equipamento e dificuldades e custos da constru
ção de edifícios. Essas reflexões nos dão a convicção de que —
para os níveis de parâmetros L, T, P e N aqui defendidos para
as aplicações rurais — a tecnologia convencional é hoje, sob o
ponto de vista econômico, bastante vantajosa.
4.6 Fabricação (parâmetro F)
Parte do custo de fabricação depende do produto e parte da
eficiência administrativa e dos processos de fabricação. Consi
derando que a engenharia de produção tenha sido otimizada
para a família tecnológica em questão, três fatores dependen
tes do produto influem no seu custo de fabricação.
— minimização de componentes;
— aplicação no desenvolvimento de tecnologia de produto
análoga a de outros equipamentos para minimizar e comparti
lhar os meios de fabricação;
— volume de fabricação estável e uniformemente distribuído
ao longo do tempo.
A minimização de componentes é conseqüência do desen
volvimento D e daqueles parâmetros que definem a quanti
dade (N, T, P) e complexidade (L) dos circuitos.
Quanto ao volume estável de fabricação ele é dependente do
planejamento das empresas operadoras. Vem os assim que
grande parte do custo de fabricação é função de fatores exter
nos à própria unidade de produção.
4.7 Engenharia (parâmetro E)
Esta atividade é a responsável pela elaboração dos planos
de montagem e associação dos módulos a nível de expedição de t