Page 65 - Telebrasil - Maio/Junho 1981
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N o f u t u r o , a s l i s t a s i m p r e s s a s p o d e r ã o s e r t e r m i n a i s d e v í d e o .
çáo principal, qual seja a de sa é certa: a importância rela Apesar de empresa privada tual para à companhia telefô
informar número de telefo tiva das listas telefônicas im bem organizada, sua conta nica, fixada como porcenta
nes e endereços. pressas como veículos de in bilidade de custo mostrava gem da receita bruta dos
formações comerciais cairá. que a edição das listas era anúncios e inserções.
A análise da função das lis deficitária, onerando, de
tas telefônicas como veículo Em muitos países, inclusive modo apreciável, o custo do Para que a atividade seja viá
de informações comerciais no Brasil, as companhias serviço de telefonia. Essa si vel, é necessário que a recei
em diferentes cidades do telefônicas exploraram e ex tuação deficitária é compre ta bruta cubra todos os cus
Brasil confirma que, quanto ploram as listas como veí ensível, porque a venda de tos e despesas e proporcio
mais desenvolvida a região culos de informações comer anúncios e inserções requer ne, ainda, um lucro sufi
econômica, menor a impor ciais. A princípio, para servir uma organização de vende ciente para remunerar o ca
tância relativa das listas tele melhor a seus clientes; de dores eficiente, com men pital fixo e circulante apli
fônicas. pois, como meio de obter re talidade inteiramente di cado na atividade.
ceita que cobrisse os custos ferente do restante da orga
A comparação do dispêndio da impressão e distribuição nização do serviço de telefo A análise da economia da
total com veiculação de in da lista básica de assinantes; nia, cuja posição monopolís- atividade revela que o custo
formações comerciais por to e, em muitos casos, como tica dispensa maiores esfor das listas de assinantes e de
dos os veículos e da porcen fonte de renda subsidiária ços de comercialização dos endereços e a contribuição
tagem desse mercado que ou auxiliar do serviço de serviços, principalmente para as companhias telefôni
cabe às listas telefônicas, em telefonia. Se as companhias quando a capacidade ins cas não decorre da produção
cidades pequenas e médias e telefônicas não tomarem talada dos serviços é inferior dos serviços de veiculação
nos grandes centros do Rio e consciência da revolução à demanda. de informações comerciais,
São Paulo, comprova a as tecnológica que estamos vi mas das relações contratuais
sertiva. vendo e não procurarem Em 1947, a CTB contratou com a companhia telefônica.
modernizar o conceito atual com uma empresa especiali A esse respeito, cabe ressal
Perspectivas Futuras: de listas telefônicas, adap zada a edição de suas listas tar que:
Estamos vivendo a terceira tando-as às novas condições telefônicas, e a solução foi
revolução industrial, com o do mercado, as listas telefô um sucesso, porque as listas a. as listas de assinantes e
nicas, além de perderem a passaram a ser importante
posição privilegiada que ti fonte de renda para a con de endereços não proporcio
nam receita suficiente para
veram no passado, acabarão cessionária, graças à agressi
por deixar de ser fonte de vidade comercial dessa em cobrir seus próprios custos
renda para as companhias presa, que aumentou de de produção e distribuição,
que são pagos pelo resultado
telefônicas, que passarão a modo extraordinário a recei
da edição da lista classifi
suportar o custo de tornar ta de anúncios e inserções. cada. Como não há uma re
acessível a todos os assinan
lação entre as diversas espé
tes a informação do número Desde essa época, as listas
dos telefones. Prova disso é telefônicas no Brasil são edi cies de listas, o encargo su
portado pela empresa, cor
a penetração do mercado po tadas por empresas priva respondente às duas listas
tencial de São Paulo e Rio de das, mediante contrato com deficitárias, varia no tempo e
Janeiro que, tendo atingido as companhias telefônicas, de uma região para outra;
547c na década de 50, caiu passando essa atividade a
para 18% apenas, principal ter organização inteiramente
mente por causa do elevado distinta da companhia tele b. a parcela de participação
índice de preços das inser que cabe à companhia telefô
extraordinário desenvolvi ções — até 10 vezes maior do fônica e economia própria. nica é fixada com base na re
mento da eletrô n ica, da que o habitual. O custo da ceita bruta e não no resul
computação e da informá edição da lista básica de assi A maior parte da receita nas tado da atividade de edição
tica. nantes — totalmente sob a grandes cidades é derivada das listas.
responsabilidade das edi de anúncios e inserções na
É fácil prever que, no futuro, toras — já não encontra cor lista classificada (72%); a re Por outro lado, a contribui
parte do mercado de veicula respondência nos anuncian ceita da lista de assinantes e ção da companhia telefônica
ção de informações comer tes. Chegou-se a tal ponto, das listas de endereços é para a produção do serviço
ciais do tipo que hoje usa lis que a lista classificada de São bem m enor (19% e 9% , consiste no fornecimento à
tas telefônicas ou guias espe Paulo tem hoje menor nú respectivamente). Nas de empresa editora das infor
cializados será dominada mero de anunciantes e o mais cidades, a lista de assi mações constantes do seu
por sistemas eletrônicos com mesmo número de páginas nantes repre senta em média cadastro de assinantes. O
acesso a bancos de dados. que tinha em 1954, embora a 60% da receita. custo dessa informação é re
rede telefônica seja aproxi lativamente pequeno e não é
É possível que as próprias madamente 10 vezes maior. Os custos suportados pela função apenas da produção
listas telefônicas impressas, editora incluem, além de da lista básica. Em compen
na sua concepção atual, ve salários e comissões de ven sação, a companhia telefô
nham a ser substituídas — Receitas e Custos da Edição dedores, todas as despesas nica é exonerada do custo de
ao menos nos grandes siste de Listas Telefônicas com a organização de venda produção e distribuição das
mas telefônicos — por termi dos anúncios e inserções, listas e recebe, ainda, como
nais de vídeo ligados pela No Brasil, até 1947, a CTB — editoração, impressão, aca já foi dito, uma participação
própria linha telefônica ao Companhia Telefônica Bra bamento e entrega das listas na receita bruta.
cadastro central da compa sileira — explorou direta nos d o m icílio s dos
nhia telefônica. mente as listas telefônicas assinantes; impostos e as Ciclo Operacional
como veículo de informa parafiscalidades que inci A atividade de edição de lis
Seja qual for a solução tec ções comerciais, vendendo dem sobre a atividade, bem tas telefônicas caracteriza-se
nológica do futuro, uma coi- anúncios e inserções. como a participação contra por um ciclo operacional ex-}