Page 8 - Telebrasil - Julho/Agosto 1981
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ovim entar contas ban A M P U A O U S O D A R E D E T E L E F O N I C A
M cárias, fazer compras, sa
ber as cotações de câmbio e de
bolsas de valores, receber noticiá
rios atualizados, sem sair de casa,
apenas apertando os botões de
um teclado, e a baixo custo —
tudo isso, e muito mais, começa a
tomar-se realidade a partir do úl
timo trimestre deste ano, quando
a Telesp iniciar os testes do video
texto.
Basicamente, o videotexto é
constituído de um vídeo — um
televisor comum, a cores ou em
preto e branco, na versão domés
tica — que pode ser conectado a
um banco de dados através da li
nha telefônica, bastando para is
so a adaptação de um interface. A
união de telefone e televisor,
aparelhos de uso ampla mente
disseminado, criou, mais que um
novo meio de telecomunicações Telebrasil Como sureiu o videotexto? cipante, qu e acredito seja o mais impor
uma nova mídia, cujos potencia tante, é o forn ecedor das informações:
Gama () videotexto surgiu, na Ingla entidades independentes, que vão gerar
lidades praticamente só serão
terra, praticam ente i/.i necessidade de e atualizar as inform ações.
delimitadas pela vontade e ima <Kupar-se a ivde telefônica que e um
ginação humanas. investimento muito alto nos horários, T — Q u e tip o de en tid a d es vai
principalm ente os noturnos, em qu e participar?
ela apresenta um alto índice de ociosi
Em São Paulo (o Brasil é o sé dade. rensou-se em associar o telefone G — O videotexto está aberto a todas as
timo país do mundo a utilizar o ao televisor, através d e um adaptador e en tidades já existentes e, inclusive, às
videotexto) será testado o sistema um teclador, de maneira a tom ar possí qu e p od erão serenadas. Não haverá res
vel, por meio da linha telefônica, o aces trição d e nenhum tipo. Muitas dessas in
da Matra, com 1.500 usuários
so a um banco de dados à distância. As dústrias já se com prom eteram verbal
nesta primeira fase, sendo 1.000 informações seriam transmitidas através m ente a participar, e será delas a respon
assinantes particulares e 500 co da linha telefônica para a tela d o televi sabilidade d e gerar e atualizar as infor
merciais. Os fornecedores de in sor. No instante em que o usuário qui m ações. A em presa telefônica, como já
sesse usar o videotexto, bastaria sintoni disse, não vai gerar, nem controlar, qual
formação, durante o período de
zar um canal não utilizado para trans quer tipo d e informação. E o terceiro par
testes, serão 50, totalizando 120
m issões normais, obten do as inform a ticipante é o usuário, o qual vai ditar,
mil páginas, com acesso através ções com a teclagem d e alguns dígitos. praticam ente, qu e espécie de informa--
de 216 canais. Na fase comercial, ção o banco deverá con ter. Vão existir, ba
o total de páginas será aumen T — Quem vai participar? sicam ente, três tipos d e usuários: o resi
dencial, para o qual o serviço foi criado
tado para 250 mil.
G — Os participantes do sistema são, em inicialmente, e que terá, através do seu
Nesta entrevista, Nestor Gama, primeiro lugar, a em presa telefônica, que televisor com um , as informações que co
assessor do projeto do videotexto vai prover a infra-estrutura d o sistema, mandar. Porém, já foi verificado, em ou
da Telesp, explica em detalhes o roteando o arm azenam ento de dados e o tras a d m in istra çõ es, qu e, no início,
acesso, inclusive, a com putadores exter qu em m ais utiliza o videotexto é o co
que é esta nova mídia, que já está
nos. A op erad ora não vai arm azen ar m ércio e os escritórios. Para este se-
despertando o interesse de usuá dados; ela vai cuidar apen as da parte gundo tipo d e usuário, foi projetado um
rios e editores. operacional do banco. O segundo parti- ap arelh o constituído p or um vídeo já