Page 12 - Telebrasil - Julho/Agosto 1981

Alencastro: mostramos que ó posshrel termos telecomunicações gerenciadas por

brasileiros, com recursos brasileiros.

P alestra do presidente da Telebrás "Felizmente, um fato da maior relevân­ municações não constituem um apaná­

gio dos países desenvolvidos; que seria
cia serviu para levantar um pouco, em
na Associação dos Dirigentes de
Vendas do Brasil (São Paulo, 30/6/81). nosso país, o véu que obscurece a nossa possível, em nosso país, termos teleco­

atividade. Esse fato decorreu da apro­ municações gerenciadas por brasileiros,

'Toi com grande satisfação que aceitei vação do Código Brasileiro de Teleco­ com recursos brasileiros. Isto foi funda­

o convite desta associação para proferir municações, que instituiu uma política m ental, porque se constituiu no pn-

uma palestra sobre telecomunicações." nacional de telecomunicações, criou meiro instrumento real para promover

um órgão para executar esta política — aquilo que nós chamamos 'a verdadeira

"Ao longo dos meus 38 anos de teleco­ o Contei — , autorizou o Governo a revolução das telecomunicações brasi­

municações, adquiri a crença de que so­ criar uma empresa para explorar os ser­ leiras'.

mos um setor desconhecido. Aliás, esta viços que na forma da lei lhe eram de­

afirmação não resulta apenas de obser­ feridos e deu recursos não exigíveis a "Antes, no entanto, de abordar esta re­

vações em nosso próprio país. Já li, em essa empresa, através do Fundo Nacio­ volução, vou lhes falar sobre o cha­

publicação estrangeira, que as teleco­ nal de Telecomunicações. Disso resul­ mado 'milagre brasileiro'.

municações são como um iceberg, em tou a criação da Embratel, a 16 de se­ "Sob o Governo Médici, a economia do

que apenas 10% afloram à superfície e tembro de 1965, a qual, imediatamente, país cresceu a taxas médias de 10%/

em que 90% da nossa atividade não são se lançou na gigantesca tarefa de im­ qúe foi caracterizad o, por muito >

conhecidas, não são vistas. Esta situa­ plantar sistemas de telecomunicações como o 'milagre'. Nós, do setor, tem

ção se agrava no caso de empresas ex­ interestadual e internacional. Sete anos uma profunda vaidade, uma gran

ploradoras de serviços públicos, pois depois, estavam todas as capitais bra­ vaidade: é a de afirmarmos que e

há uma tendência de somente serem
sileiras servidas de telecomunicações e 'milagre brasileiro', esta grande ev°^o

notadas quando falham. Daí, a grande
o país ligado ao mundo por sistemas de ção que teve o nosso país, não tena s\

evidência que teve a telefonia brasileira
alta confiabilidade. A presença das possível se não tivéssemos c?n - es
na década de 60, quando se tornou um
telecomunicações, unindo as capitais com um sistema de telecomunicaç ^
clamor público nas grandes cidades,
do país e suas grandes cidades, se cons­ capaz de satisfazer as necessidade
especialmente no Rio de Janeiro e São
tituiu no despertar da nação para o nos­ nosso desenvolvimento social, pui
Paulo, pela falta de serviços e precarie­
so setor. O governo e o povo brasileiro e econômico. Sobre este assunto,
dade dos existentes à época.
ncararn convencidos de que as teleco­ lhes fornecer dois dados: