Page 16 - Telebrasil - Março/Abril 1979

Este objetivo fo i alcançado. Hoje, o de dados estatísticos de crescimen­ damental à prestação dos serviços

sistema nacional, integrando este to do número de terminais e de cir­ públicos de telecomunicações, na

País, se encontra, até em termos de cuitos interurbanos ao longo destes área de telefonia, estão ainda em

operacionalidade, num grau de con­ anos, desde que se deu a partida à aberto, à espera de que para elas

solidação que se constitui num mo­ implantação do sistema nacional de nos voltemos num momento como

tivo de justo orgulho para todos nós. telecomunicações. o presente, quando a maré montan­

te das expansões entra lentamente
6. O mesmo, porém, não se poderá
Basta, apenas, mencionar que os 5 em compasso de espera.

dizer das empresas incumbidas da
milhões de terminais em todo terri­

exploração dos serviços no âmbito
tório nacional, sob responsabilidade Estamos vivendo a etapa posterior

dos Estados. Uma boa gama de pro­
da TELEBRÁS, representam, sem de um estágio em que se buscou,

blemas básicos persiste, e se acentua
dúvida, uma importante conquista. com maior ênfase, o desempenho

crescentemente, deixando, de um das expansões. Nesta parada do ím­
Mas, reflexa mente, ante o fenôme­

modo geral nas empresas, alguma
no ainda não denominado em ter­ peto de crescimento, buscar-se-á a

apreensão, que, de resto, se reflete
mos de previsibilidade do cresci­ consolidação do progresso conquis­

para fora do setor, como adiante tado.
mento da demanda, e, tendo-se por

procuraremos demonstrar ainda que
base a ambiciosa proposta do II E nesta fase, aquelas grandes ques­

resumidamente.
PND, sem dúvida há, ainda, muito tões pendentes passam a ter impor­

Embora as expansões realizadas nos que fazer. tância primacial, para que se possa

serviços urbanos e interurbanos te­ incrementar o desempenho do ex­
Nos maiores centros urbanos como

nham correspondido aos planos ini­ pandido.
Rio e São Paulo, sobretudo, são par­

ciais, a verdade é que, colhidas por
ticularmente sensíveis os indicado­

fatores conjunturais situados num III — Carência de um sistema nor­
res da subsistência de forte pressão

nível mais amplo, fora do setor, en­ mativo.
de demanda não atendida determ i­

volvendo a economia do País (pelas
nais e serviços.

razões conhecidas da crise energéti­ No momento, porém, em que se

ca e outras, mais ou menos polêmi­ 2. O fato, entretanto, não desmere­ torna imperioso dar-se início a uma

cas), as empresas telefônicas e, no ce a opção tomada, desde o início, forma de estruturalização do setor,

seu topo, a TELEBRÁS, se viram fo r­ no sentido de dedicar-se o Governo, em seus aspectos fundamentais do

çadas a alterar seus programas de através do Conselho Nacional de ordenamento jurídico, as pessoas

investimento para adaptar-se às no­ Telecomunicações e, depois, do Mi­ voltadas para essa problemática en­

vas linhas de redimensionamento nistério das Comunicações, à mobi­ contram um quadro crítico onde

traçadas pelo Governo para o con­ lização de capital e de recursos hu­ muito precisa ser feito.

junto da atividade produtiva global­ manos na formação de uma infra-es­

mente considerada. trutura capaz de promover o grande Basta, para comprovar esta assertiva,

salto que inegavelmente foi dado. que se veja, por exemplo, a caudal
7. Certamente, as dificuldades que

de normas baixadas desde o tempo,
então advieram por reflexos do es-

Deu-se toda prioridade a uma polí­ do CONTEL e, agora, em maior

praiamento da contenção ao setor de
tica de expansão acelerada que, não intensidade, pelo Ministério e pela

telecomunicações, fizeram com que
obstante seu acerto, não ficou ao TELEBRÁS, regulando em seus mí­

o Ministério das Comunicações de­
abrigo da natural conseqüência que nimos detalhes (com perdão deste

marcasse para a TELEBRÁS e sub­
hoje, melhor que ontem, podemos galicismo tão bem aclimatado ao

sidiárias, assim como para as demais
identificar de um certo desiquilíbrio nosso idioma) tudo que diga respei­

concessionárias não integradas ao
na gestão político-administrativa do to a equipamentos e instalações.

sistema da "holding", campo de in­
setor.

vestimento e expansão mais modes­

# t Entretanto, procura-se e não se en­
to, fazendo com que, pelo princípio 3. É compreensível que, numa fase

de vasos comunicantes, toda a indús­ de euforia vivida por muito tempo contra, por exemplo, algo que defi­

tria e fornecedores de materiais e na a área onde a empresa está obri­
face à disponibilidade de recursos gada a prestar o serviço pelo preço

serviços também sofressem, de fo r­
em abundância, se pensasse priori­ básico da tarifa. Como, igualmente,

ma acentuada, recessão em seus ne­
tariamente nos problemas técnicos não se vê onde se regulam as formas

gócios, conforme foi demonstrado
de implantação e operação, deixan­ sancionáveis de inadimplência dos

nos V e VI Painéis da TELEBRA-
do de lado outra importante gama usuários no pagamento das tarifas.

SIL, fato de pleno conhecimento de
de problemas indissociáveis das em­ Como não se vislumbram outras

todos.
presas exploradoras dos serviços de formas de direitos e obrigações da

II — Considerações sobre o desem­ telecomunicações, como adiante ve­ empresa para com o usuário e vice-

penho do setor. remos. versa.

# a-

1, Fugiria aos propósitos deste tra­ Assim é que grandes questões que Enorme é a gama de problemas até

balho, o determo-nos no registro interessam de modo imediato e fun­ agora insolúveis, do ponto de vista