Page 21 - Telebrasil - Março/Abril 1979

O artigo tem por objetivo facilitar a operação e manuseio dos instrumentos

e comentar as normas usadas. Foi baseado nos medidores de isolação das

marcas "N O R M A " e "M EG G ER ", pelo fato destes serem os mais usados

pelas concessionárias. Os demais medidores desta categoria baseiam-se no

mesmo princípio de funcionamento dos medidores acima.

FRANCISCO BEZERRA FILH O -TE LE S P

1. Definição da Resistência dos Con­ sistividade de diversos condutores L = Comprimento do condutor, em

dutores de materiais diferentes, todos com a metros ou quilômetros.

mesma dimensão física e a mesma S = Área da seção transversal do

A rede telefônica, tanto aérea como temperatura, vamos notar que cada condutor expressa na mesma unida­

subterrânea, de uma maneira geral, um deles apresenta uma resistivida­ de, usada para determinação do

usa cabos condutores para interligar de diferente, como podemos ver na comprimento L. Como exemplo,

o telefone do assinante com a cen­ tabela 1. Daí podemos concluir que vamos determinar a resistência de

tral e esta com as demais centrais a resistividade depende do material um condutor de cobre com bitola

que estão ligadas à mesma malha. de que é fe ito o condutor. AWG n9 19 e com prim ento de 1

Uma propriedade que é comum a Km:

Tabela 1
todos os condutores é a resistência
. ’ • * V • ¦ • * . % • • » • * - J
• • . .
elétrica que eles apresentam à pas­ Material Resistividade em p = 1,77 x 10'8 Í2 x m ou 1,77 x

\ •
sagem de corrente. 0 valor da resis­ Ohm x km à 20°C 10’ 11 Í2 x Km

tência depende de:
Cobre ^ 1,77 x 10-11 n D = 0,912 mm (diâmetro) .'. r =

L Alumínio 2,83 x 10'11 n 0,456 mm (réio)
- Material do condutor (cobre, la­ ^ Ä _ » / a

Prata 1,63 x 10'11 n L = 1 Km
tão, alumínio, prata, etc.).

- Temperatura á qual o condutor Ferro 10,13 x io *11 n

¦ ! > ¦ - - m sgBsMÉsaLàil
está submetido. Em prim eiro lugar, devemos deter­

- Dimensões do condutor,ou seja, minar a seção transversal do condu­
1.2. Cálculo da resistência do con­

comprimento e diâmetro, sendo to r, aplicando a fórm ula S = ir x r2
dutor ( figura 1)

que a resistência aumenta direta­ onde " r " é o raio da seção transver­

mente com o comprimento e inver- sal circular, o raio " r " é a metade
A resistência apresentada por um

samente com o quadrado do diâ­ do diâmetro " D ” , para um diâme­
condutor de seção transversal uni­

metro .
form e pode ser determinada pela tro D = 0,912 mm, temos um raio

fórm ula seguinte: de 0,456 mm; S = 7r x r2 = 3 ,1 4 x

1.1. Que é resistência específica ou (0,456 m m )2 x 3,14 x 0,21 m m 2

resistividade
R = p x L onde = 0,66 m m 2. A seguir,devemos con­

verter todas as grandezas para a
S

É a resistência apresentada por um mesma unidade. Como o com pri­

condutor de tamanho padrão, com R = Resistência do condutor em mento do condutor está dado em

comprimento e diâmetro definidos; ohms, para uma dada temperatura. Km, devemos converter as demais

a resistividade é representada pela p = resistividadei dor material de unidades para quilôm etro, tendo

letra p (RHO). Comparando-se a re­ que é feito o condutor (tabela 1). assim: