Page 1284 - Telebrasil Noticiário
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Que  deve  fazer  para  resistir  e  livrar-se  da  tremenda  p                                                                                                                                                                      "



                                          nuísta  para  a  conquista  do  Poder,  decidido  como  êste  se  ac  a»  e                                                                                                                                 ,.  -  ^  .  -

                                          estabelecer,  entre  nós,  uma  república  totalitária,  uma  ditadura  gaucho-social-con^


                                          tinuísta ?




                                                             0   seguinte  é  uma  regra  de  conduta  para  encarar  a  situação  e  conjuiá-la,



                                          afinal:




                                                              1  —  Compreender,  primeiro  que  tudo,  a  trama,  a  conjura  planejada,  a  sim­


                                          biose  articulada,  a  associação  criminosa,  a  cumplicidade  interessada  entre  o  con-


                                           tinuísmo  e  comunismo  orientado  para  o  denominador  comum  da  tom ada  do


                                          Poder.  A tentar  para  o  pequeno  número  dos  que  querem,  de  qualquer  maneira,  frau­


                                          dar  o  povo  brasileiro  em  movimento  meramente  conspiratório  e,  jamais,  um  movi­


                                           mento  de  massa  ou  tradução  de  um  desejo  do  povo.  Trata-se  de  propósito  exclusivo


                                          de  4  a  5.000  pessoas,  nada  mais.




                                                               2                         —  Vigilar  de  preferência  o  parasito  e  não,  apenas,  o  hospedeiro.  O  conti-


                                           nuísmo  é  o  grande  empresário  da  empreitada.  O  Comunismo  apenas  é  o  técnico  do


                                           movimento,  o  especialista  do  conflito.






                                                             Até  agora,  vem  o  empresário  se  escondendo  atrás  da  cortina  comunista,  que


                                          recebe  tôda  a  crítica  e  todo  impacto  dos  meios  de  divulgação  democráticos.  O  pa­


                                          rasito  esconde-se,  sem-vergonhamente,  atrás  do  hospedeiro.  Como  o  hospedeiro  não

                                          dispõe  de  fôrça,  nem  dos  recursos,  nem  da  mobilidade  que  só  a  Administração  possui


                                           e  pode  dar,  não  subsiste  por  si  mesmo,  vive  pela  simbiose  com  o  continuímo.  Visá-lo


                                           de  preferência  é  agrir  erradamente,  exatamente  como  isso  o  deseja,  o  parasito.




                                                                                                                                                                                                                                           I
                                                             A  divulgação  da  lista  dos  integrantes  do  parasitismo  é  tarefa  precípua  para


                                         todos  nós.  Desmascará-los  é  defesa.  Divulgar-lhes  os  crimes  de  corrupção,  como


                                         nesse  caso  da  Petrobrás,  é  medida  elementar  de  sobrevivência  da  liberdade  pessoal


                                         de  cada  um  de  nós.  Não  afrouxar.  Não  lhes  dar  descanso.  Revelá-los  e  expô-los.





                                                            3  —  Distinguir,  com  cuidado,  a  fraude  fundamental  repetida,  a  fraude  das


                                          reformas  de  base,  por  exemplo,  mero  slogan  revolucionário  ao  qual  os  continuístas


                                         não  em prestam   qualquer  propósito  construtivo.  Êsse  slogan  —  reformas  de  base  —


                                         não  passa  de  flâmula  para  polarizar  atenções,  enquanto  a  conspiração  subterranea­


                                         mente  manobra  para  a  permanência.




                                                            Distinguimos  também,  a  propaganda,  trabalhando  sôbre  os  cérebros  com  per­


                                         sistência  das  repetições  impenitentes,  para  amolecê-los,  e  arrancar-lhes  a  aquiescên­


                                         cia  para  o  propósito  derradeiro.





                                                            Finalmente,  resistir  ao  mêdo  que  a  agitação  instintivamente  provoca  até


                                         chegar  ao  desprêzo  dela.





                                                            4  —  Analisar  com  clareza  a  massa  integrante  do  comício  contínuo-comunista.




                                                            E ’  impressionante  o  espetáculo  noturno  de  uma  multidão  de  cérebros  lavados,


                                        trabalhados  pelos  alto-falantes  por  artistas  de  palavras  revolucionárias,  buscando


                                        despertar-lhes  emoções,  coordená-las,  condicionar-lhes  gestos,  arregimentá-la  sob


                                        vontade  alheia,  transform á-la  em  touro  cego,  capaz  de  todos  os  desatinos  e  mais


                                        tarde  de  am argo  arrependimento.




                                                            Pensar  que  essa  multidão  é  integrada  de  patrícios  nossos,  modestos  funcioná­


                                        rios  de  em prêsas  do  Estado,  obrigados  a  comparecer  por  questão  de  vencimento,  de


                                         média  e  de  obediência  a  chefes  instruídos  no  movimento.  Que  tôda  a  agitação  é


                                        parte  de  um  plano,  função  de  um  todo,  cena  destinada  a  abrandar  a  disposição  do


                                        povo,  facilitando-lhe  o  domínio  e  a  sujeição.





                                                            5   —  Não  esquecer  que  a  massa  de  povo  que  compareceu  aos  comícios  comuno-


                                       -continuístas  é  expendable,  é  material  para  ser  usado  e  abusado,  matéria-prima  que


                                         deve  ser  gasta  e  sacrificada  para  permitir  inflar  a  agitação  e  deixá-la ganhai*  planos


                                       místicos.  Não  comparecer  a  êsses  teatros,  não  divulgá-los,  não  permitir-lhes  resso­


                                       nância,  não  temê-los,  e,  sim  ignorá-los,  eis  tudo.  Jam ais  agir  sôbre  a  multidão.

                                       Term inará  como  começou  para  recomeçar  depois.  Resistir  com  inteligência,  animar


                                       o  Congresso  para  que  jam ais  ceda,  deixai*  que  o  tempo  passe,  porque  enquanto  a


                                       conspiração  não  amadurece  em  golpe,  branco  ou  vermelho,  desgasta-se.  Diz  o


                                       Deputado  Ültimo  de  Carvalho:  “O  povo  é  atrasado,  mas  não  é  burro”.
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