Page 3 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1966
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Telebrasil, com seu trabalho pertinaz e Incansável de pregação e de conven­
cimento. Seja através do esfòrço mais direito de seus líderes, seja através
da continuada assistência que prestou aos seus filiados ou, ainda, da persis­
 tente batalha travada em favor da tese irreversível segundo a qual se faz
indispensável assegurar adequada rentabilidade aos investimentos de serviço
telefônico — principalmente nas reuniões, assembléias, conferências e neste
Boletim — a Telebrasil tem cosseguldo alertar as autoridades para o pro­
blema, com pleno êxito.

      Finalmente, a reiterada campanha encetada pela entidade, desde sua fun­
 dação, em favor do autofinanciamento, transforma-se, agora, com muita
propriedade, na meta fundamental dos órgãos do Govêrno que controlam os
sei viços de telecomunicações. Aquilo que foi possível fazer aqui e ali, em
algumas dezenas de localidades brasileiras, em caráter de pioneirismo sadio
e patriótico, com ou sem o apôio das administrações locais — e que, em
algumas delas, passou até a constituir verdadeiro “ tabu” , tão sovado pela
falácia dos extremistas, como ocorreu, por exemplo, na capital mineira — o
autofinanciamento — passou a constituir-se, agora, dadas suas vantagens no-
.tórias e comprovadas, na única fórmula capaz de solucionar, no Brasil, o
impasse de seu sistema de telefonia. como bem o entende o CONTEL, ora em­
penhado em traçar normas gerais reguladoras do sistema salvador criado há
mais de 15 anos, e que a Telebrasil, desde sua fundação, vêm indicando às
autoridades responsáveis como caminho único para o equacionamento do pro­
blema .

      Parece plenamente vitorioso o “trinômio inexorável", a respeito do qual
nos referíamos no TELEBRASIL NOTICIÁRIO editado em agosto de 1960, no
Bilhete ao Leitor, quando nos referíamos aos argumentos que serviram de
fundamento a uma alentada conferência pronunciada pelo Diretor-Presidente
da Telebrasil no interior do País, isto é,

                   1 — TARIFAS ADEQUADAS A TODO TEMPO

                   2 — INDÚSTRIA NACIONAL DE EQUIPAMENTO

                  3 — AUTOFINANCIAMENTO

       Tudo está a dem onstrar que o “ trinôm io in exorável” se vai m aterializando
e que, aquilo que constituiu em passado não m uito remoto, uma tese em de­
bate, um programa de ação inteligentem ente preparado e indicado aos P o­
deres Concedentes como a solução salvadora, passa a ser hoje, na verdade,
a sólida base de sustentação em que irá apoiar-se, em pouco tempo, o res­
taurado e fortalecido sistema nacional de telefonia.

      Prossiga o CONTEL na linha segura, sensata e corajosa, que lhe vem ca­
racterizando as atividades, na questão ta rifá ria e no processamento das n or­
mas gerais de disciplina do serviço de telecomunicações, muitas destas ainda
eivadas de falhas e imperfeições, mas constituindo um esforço no sentido
da solução ideal e o País contará dentro em breve, se sobreviver a inicia­
tiva privada como operadora como promete o Govêrno — com recursos para
a privatização total dos serviços — com o sistema de telecomunicações eficiente
e atualizado, de que tanto carecemos.

‘TE LE B R ASIL ” DIRIGE-SE A C .P .I. QUE ESTUDA
                 COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS

O Presidente da “ Telebrasil” , em 9 Senhor Deputado:

de novembro do ano findo, endereçou  Na qualidade de Presidente da Fe­

ao Exmo. Sr. Deputado Edilson Távo- deração das Associações de Emprêsas

ra, Presidente da Comissão Parlam en­ de Telecomunicações do Brasil —

tar de Inquérito para investigar as TE LE B R ASIL — entidade que congre­

causas das deficiências do serviço tele’ ga mais de três centenas de em prè-

fônico, o seguinte ofício:           sas de telecomunicações filiadas às
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