Page 7370 - Revista Telebrasil
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A V IS Ã O D O E M P R E S Á R IO
Jayme Kopelman:
M e r c a d o
e x t e r n o é
i m p i e d o s o c o m
o s i n c a p a z e s
Jaym e Kopelm an, Superintendente
de O perações para o Mercado Interna
cional da Promon Engenharia S A , como
penúltim o conferencista do XII Painel, fri
sou que, basicam ente, todos os presen
tes já conheciam as experiências da Pro
m on, desde 1975, em exportação de ser
viços, cujo prim eiro contrato foi com a Mesa de trabalho presidida p o r João Ferreira Durão, vice-presidente da Telebrasil, ao lado de
Nigéria. M ais recentem ente a consulto Frederico Falcão, da Ericsson, e de outros p a rticip a n te s do X II Painel.
ria da em presa tem atuado também em
projetos “turn key” especialm ente nos disputa é acirrada. A tradição no m erca tentam os nos defender incluindo nos
c h a m a d o s “ p a co te s te c n o ló g ic o s ”. do é outra característica cuja im portân nossos preços algum a reserva (paliativa)
E acrescentou: cia é aceita sem discussões. E aqui me para em ergências e aí perdem os de vez
— A experiência brasileira na monta refiro não só a competência, isto é, já ter a com petividade.
gem desses pacotes tem evidenciado a dem onstrado ser capaz de desem pe
sua com plexidade e tem posto a nu as di nhar, mas também ao grande círculo de Capacitação
ficuldades ou deficiências dos diversos am igos que os anos ajudaram a forjar, o
integradores, inclusive as das próprias que nas licitações internacionais sempre Kopelm an disse, ainda, que “as em
consultorias. A exportação vem se con representam uma alavancagem positiva”. presas de países não tradicionais em ex
cretizando sobretudo através de serviços — Quando fínalm ente se consegue portação de serviços são bastante exigi
de projeto e supervisão de im plantação. um contrato, ainda restará sobre nossas das nas fases de pré-qualificação. Des
Tem sido relativam ente pequena a expor cabeças todos os riscos ou "exposures”, ta m aneira é de fundam ental importân
tação de “pacotes” pelo Brasil. inerentes aos contratos na área interna cia estar so lid a m e n te capacitado nos
cional: político, operacionais, cam biais, segm entos em que se propõe oferecer al
Resultados promissores pagamentos em atraso, conversibilidade, go no m ercado externo. Há a necessida
rem essa, frisou Kopelm an. E prosse de de ter que provar a todo momento que
guiu:
Em term os geográficos, Jayme Ko tem os co n d içõ e s de desem penho em
— C ontra estes riscos, se não se
pelm an apontou a Nigéria com o princi criarem dispositivos adequados de prote prazo e qualidade”. E enfatizou:
pal m ercado, seguido por alguns países — O m ercado internacional é impie
da A m érica Latina e Oriente Médio. ção, aliás já existentes em m uitos países, doso com os incapazes, técnica ou co
— Os resultados tem sido prom isso fica re m o s p ra tic a m e n te com duas m ercialm ente. Quem quiser atuar nele
alternativas igualm ente não digeríveis-
res — revelou — apesar de incipientes. ou correr o risco integral, rezando para deve capacitar-se. Quem não quiser de
Cresceu o faturam ento, apesar da crise que o pior não ocorra (apesar dos inúm e ve desistir. C apacitação requer investi
internacional. Am pliou-se o número das mento, desenvolvim ento. O produto, se
em presas que operam no exterior. Qua ros exemplos recentes em contrário) ou ja um bem ou serviço, deverá ser de qua
litativamente, a consultoria brasileira tem lidade. A venda de qualidade ruim é, no
se beneficiado, técnica e adm inistrativa m ínim o, denosa ao país a longo prazo,
mente, com a experiência adquirida na
arena internacional. Tem sido um apren q u a n d o não o é já a m é d io ou curto
prazos.
dizado caro e dem orado, m as que algu
m as firm as consultoras já conseguiram Estratégia Comercial
obter em nível significativo.
E prosseguiu o conferencista: “A pe
. ~~ Um a em presa forte num a econo
netração da consultoria brasileira no ex m ia fraca é um a aberração ou, na melhor
terior, em bora lim itada, despertou reação
por parte dos com petidores tradicionais, das hipóteses, um a exceção. A econo
levando-os a m ovim entos que variavam m ia brasileira precisa ser forte e sadia,
desde tentativa de elim inação até a pro Pqra que as em presas brasileiras tam
posições várias de cooperação, em con bém o sejam — disse Kopelman, para
sórcios internacionais, por exemplo. m ais adiante ressaltar:
— Em função do tip o de serviço em
Disputa acirrada co m e rcia liza çã o , o u tro aspecto a ser
analisado é a legislação relacionada a
M ais adiante falou Jayme Kopelman: pessoa física. Via de regra, só é perm iti
“ N um m o m e n to em que a e co n o m ia do o trabalho para pessoas com vistos
m undial passa por dificuldades, a fero de negócios, ou de residentes não irp1'
cidade da concorrência se acentua e qrantes. Os últim os, de uma maneira go
qualquer licitação passa a ser encarada Jaym e Kopelm an, da Prom on Engenharia rai, são de obtenção dem orada. Os Pn'
com o estrategicam ente essencial e a dos conferencistas. y d ’ um m eiros são e m itid o s que variam de 30 a
90 dias, sendo renováveis por mais de 3u