Page 15 - Telebrasil - Maio/Junho 2003
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ve  do  mercado -  relutam por vários   estimulam a idéia da criação de uma   Tal decisão poderia ter elevado alcance
               meios e razões a compartilhá-la com   empresa única com o objeto de operar   econômico -  as atuais concessionárias
               um novo concorrente.            a rede de acesso local, a ser utilizada,   teriam que  ser indenizadas  -,  caso  a
                  No Brasil, a supremacia das con­  isonomicamente, pelos prestadores de   Justiça considerasse que o atual objeto
               cessionárias  da telefonia  local vem   serviço.  Há,  até,  os  que  consideram   das concessões tivesse sido reduzido.
               despertando  variadas  reações.  O   ser este momento oportuno para cria­
               discurso  das  concessionárias  é  que   ção dessa “AcessoTel”, valendo-se da   Desregramento
               adquiriram as outorgas por um bom   prorrogação dos contratos de conces­  O  conceito  de  unbundling,  bem
               preço  (US$  14  bilhões),  investiram   são  que  o  poder público  poderia  al­  como UNE -  unbundling network ele­
               em  infra-estrutura  (R$  54  bilhões   terar, unilateralmente.  ments -  nos chega dos EUA, onde a
               entre  1998  e 2000), cumpriram com   Outros  antevêem  uma  poderosa   FCC -  Federal Communication Com­
               as  metas  de  qualidade  de  universa­  guerra jurídico-administrativa  se  a   mission-, órgão regulador das teleco­
               lização  que  lhes foram solicitadas e   idéia da “AcessoTel” for introduzida,   municações  dos  EUA,  o  incorporou
               que estão pagando o preço do sucesso.  como  mu condicionamento  na pror­  na Lei de Telecomunicações de 1996,
                  Do outro lado da moeda, há os que  rogação  dos  contratos  de  concessão.  fruto da pesadíssima concorrência en-


                  Modos de p re sta çã o   d e  se rviço

                                                        Concessionária                 N o v o  en tra n te
                   S e rviço     M o d a lid a d e
                                                            IFEC                          CLEC
                                                         REDE  PRÓPRIA
                 Qualquer    Utilização de rede própria,   A  concessionária adquiriu  a  rede  própria   A  construção de  uma  rede  própria,  partindo do  zero,
                             incluindo a rede de acesso ao   por  licitação de  ativos do  monopólio   é  um  desafio;  a rede de acesso  urbana é  um
                             cliente;  redes devem  ser   estatal  que  posteriormente ampliou.  monopólio  natural  e a viabilidade de sua duplicação,
                             interconectadas.                                discutível.

                                                   U N B U N D L IN G   DE  LIN H A  (U N E -L)

                 Banda  larga  Desagregação  plena ou  fu ll   A  concessionária aluga a  infra-estrutura de   A   nova entrante fornece a eletrônica do acesso e
                             u n b u n d lin g .  acesso  até a casa do cliente,  menos a   contrata da concessionária a  infra-estrutrura do
                                                 eletrônica.                 acesso.

                             Compartilham ento de  linha   A  concessionária permanece com  o serviço   A   nova entrante fornece a eletrônica do  acesso
                             ou  lin e  sh arin g.  telefônico inalterado que presta na banda   com partilhado  e o divisor  (sp littef)  e contrata da
                                                 baixa da  linha telefônica e aluga a faixa alta   concessionária a faixa alta da  linha com partilhada,
                                                 da linha que compartilha.   pela qual  presta o serviço.
                             Fluxo de  bits ou  b its tre a m  A  concessionária aluga a  infra-estutura de   A   nova entrante contrata a chegada do sinal  até a
                                                 acesso,  excetuando o  BBRAS;  o  pedido  da   porta do  BBRAS que ele  mesmo fornece e  opera,  nas
                                                 nova entrante é  por serviço  prestado.  dependências físicas da concessionária.

                                                           R EVEN D A
                             Revenda ou  re sa le  A  concessionária aluga a  infra-estrutura de   A   nova entrante  recebe o sinal  agregado  depois do
                                                 acesso,  incluindo o  BBRAS.  BBRAS,  nas dependências da concessionária e
                                                                             presta o  serviço.

                                                U N B U N D L IN G   DE  PLATAFO R M A  (U N E-P )
                 Faixa estreita   Desagregação de  plataforma   A  concessionária fornece a  infra-estrutura   A   nova entrante,  ao obter o cliente,  informa à
                 telefonia.  ou  U N E-P         de acesso,  as facilidades de comutação   concessionária que  lhe fornece  infra-estrutura de
                                                 local  e o sistem a operacional  para a   acesso  e faz a alteração correspondente  em  sua
                                                 prestação  do  serviço  de telefonia.  Base de  Dados  (O p e ra tio n a l S u p p o rt S y ste m  -   0SS).
               Notas:  1) Estrutura de acesso =  aparelho telefônico/modem ADSL/divisor (splitter)/fio drop (par de cobres)/cabo alimentador/armário/cabo ou fibra de distribuição/distribuidor geral/
               DSLAM/divisor/BRAS; 2) BBRAS (broad band remote access)  = equipamento concentrador no centro telefônico que agrupa os sinais,  (STM-1 a  155 Kbit/s),  cria os pacotes IP, autentica
               os sinais e adiciona valor; 3) DSLAM (digital subscriber Une assymetric modem)  = equipamento eletrônico que permitie comunicação em banda larga sobre um par de cobres; trabalha
               aos pares.
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