Page 12 - Telebrasil - Maio/Junho 2003
P. 12
ao invés de hardware, que depende de Fust é mna espécie de CPMF, ambos
patentes. Em software, importamos com objetivos iniciais desvirtuados.
US$ 1 billião/ano contra uma expor - Acima de 94% da população, nas
tação inexpressiva. O País tem 191 mil classes A, B e C, têm acesso ao tele
pessoas trabalhando em tecnologia da fone fixo, ao passo que na classe D (até
informação, com 36% de nível univer R$ 635) são apenas 52% - observou o
sitário. O século XXI será o século do executivo da concesssionária.
direito autoral - concluiu Martins. No campo prático, a união pre-
feituras/operadoras auxiliaria a levar
O Fust a comunicação para todo mundo.
Segundo Ércio Zili, diretor da Prefeituras podem contribuir com es-
Telemar, a inclusão digital passa pelo
Cerasoli: "O Brasil trilhou o bom
conteúdo pedagógico e pelo treina
caminho"
mento da população, mas permanece
que detêm renda acima de 20 salários a pergunta: “quem vai paga a conta
mínimos possuem microcomputador. da inclusão digital”. Apenas a ope
Dos que recebem cinco salários, ape radora, o setor de telecomunicações
nas 2% têm computador enquanto que ou toda a sociedade?
19% possuem televisor. O tráfego em - Não vemos as forças da socie
bit/s por computador em rede tem, dade alinhadas na mesma direção. É
todavia, crescido. fundamental que o Governo exerça sua
- Srnge no Brasil uma grande opor liderança. Na Coréia, o Governo inves
tunidade para desenvolver software de tiu em P&D, subsidiou famílias e trei Martins: "Primeiramente, ensinar
conteúdo, protegido por direito autoral. nou usuários gratuitamente. Já aqui, o como usar o computador"
TCs são agentes de mudança
Renato Flávio Fantoni, da Ericsson, vê mna mudança Para Cesar Taurion, da IBM, surge uma nova com
do velho negócio das telecomunicações, orientado para petição empresarial, “agora entre cadeias produtivas”.
redes, para mn novo mundo movido pela flexibilidade e Complementando a idéia, José Roberto de Souza Pin
mobilidade. “Provedores de conteúdo serão cada vez mais to, da Embratel, disse que “ocorre uma nova maneira
atuantes e a qualidade do serviço (QoS) terá que ser ga de relacionamento empresarial, através da tecnologia
rantida. O desafio: como preservara receita do tráfego de da informação”.
voz que passa a ser mna parte do tráfego digital”. Já Júlio Cesar Raimundo, do BNDES, comentou
Sobre o novo modelo de negócios, que o B anco quer in vestir na
Luiz Cláudio Rosa, da Lucent Tech tecnologia nacional e que possui
nologies, observa que prestadores de uma linha especial de crédito para
serviços tratando de portais, conteú apoiar o desenvolvimento de soft
dos e aplicativos serão complemen ware nacional. “No mercado das
tados por provedores de infra-estru TCs, 66% são dom inados por
tura - móvel, fixo e cabo - nmn am software e serviços”.
biente de banda larga e de competição. Na Cisco, Anderson André, di
“A universalização deve ser muito retor regional, vê se aproximando
mais do que apenas a da voz”. mna re volução nas redes ao muda
Guilherme Joppert, da Siemens, rem seu core central da comutação
Especialistas vêem mudança no modelo
observou que as telecomunicações de linhas para a de pacotes IP “As
são poderosos agentes de mudanças. “Ocorre um novo redes de nova geração (RNG), totalmente baseadas na
modelo de negócios, no qual o uso das telecomunicações tecnologia IP {Internet Protocol), vão propiciar a con-
modifica a própria maneira de conduzir as transações”. veigência das redes, dos serviços e dos negócios”. (JCF)