Page 26 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 2002

Pauletti garantiu que, a partir de abril, a competitividade. Destacou igualmente
Telemar iniciará sua operação celular. Ele que o principal desafio do setor é a estru­
comentou que, apesar de ser pequena a tura tarifária e que as tarifas de interco­
concorrência entre operadoras fixas, existe nexão representam 30% da receita das
uma grande concorrência da telefonia mó­ operadoras locais que são obrigadas a co­
vel com a fixa, principalmente com o pré- brar baixas tarifas locais. Defendeu uma
pago, utilizado de forma distorcida, só para elevação das tarifas locais e que o Fust
receber chamadas. Prevê uma maior com­ seja utilizado para subsidiar a telefonia
petição na telefonia local, apenas em al­ nas classes C, D e E.
guns segmentos de mercado (5% da popu­ Enquanto isso, Navarro acentuou que o
lação), com os demais sendo atendidos pela tráfego de Internet não deve seguir as nor­
principal operadora, que investiu na rede. mas do tráfego de voz e considerou errada
Observou que devido à inadimplência em a adoção de regras de voz para Internet.
vários estados estão sendo desligados mais Por sua vez, Pauletti afirmou que esta é
telefones do que instalados novos. A ado­ uma utilização inadequada de uma regra.
ção de tarifas sociais reduzidas ampliaria o Carpinteyro lembrou que um novo ope­
prejuízo existente em algumas regiões que rador tende a ter maior trânsito “sainte”
têm custo de instalação de terminal alto e do que “entrante” e terá que pagar mais
26 J rentabilidade baixa por terminal. interconexão à operadora incumbentt que

Dalpiaz enfatizou o potencial competi­
isto fazia parte das regras para nivelar o
T£t£fiRÂSIL/jafieirO“fevefeiro A empresa nasceu regional mas tem pre­ as operadoras irão enfrentar problemas em
tivo da Algar no conhecimento do cliente.
trânsito.
O conselheiro da Anatei enfatizou que
tensão nacional e grande foco no cliente.
Lembrou que nos EUA algumas grandes
novas áreas e que a Agência está anali­
empresas estão transferindo para opera­
sando mudanças na regulamentação para
doras regionais o atendimento de clientes
situados em áreas distantes das grandes
a evolução tecnológica.
cidades. “Ser grande só não basta, é preci­ acompanhar as mudanças que ocorrem com
Massimo Tachella destacou a importân­
so ser competente. Vamos comer o min­ cia de fornecedores de conteúdo que revo­
gau pela borda”. lucionem a telefonia celular ou fixa.
Purificación Carpinteyro, da EmbrateL, Eduardo Tachella comentou que serviços de valor Dalpiaz lembrou que vão surgir novas
Navarro de Carvalho, da Telefônica, e Amadeu agregado, como chat e SM S, estão sendo oportunidades de trânsito, não só de voz
Castro Neto, da Anatei, complementaram as
discussões do evento bem recebidos por alguns segmentos do ou dados, como, por exemplo, o pagamento
mercado, como os jovens. de refrigerantes pelo cartão de crédito atra­
Amadeu de Paula Castro Neto, conse­ Pauletti enfatizou que o mercado já está vés do celular.
lheiro da Anatei, ressaltou que as novas atendido e se não houver uma melhor dis­ Navarro afirmou que a telefonia ce­
regras definidas pela Agência ampliarão a tribuição de renda ou uma redução de im­ lular pode complementar a fixa e que
competição na telefonia fixa. postos, a competição ficará restrita ao mer­ estão surgindo novos competidores uti­
Carpinteyro reconheceu que a operado­ cado corporativo e às classes A e B, que lizando plataform as alternativas de
ra tem a desvantagem de não ter o acesso têm limitações. banda larga.
aos clientes finais, contudo conta com van­ Já o conselheiro da A natei afirmou Castro Neto, da A natei, não vê a
tagens competitivas como uma rede de al­ que o com partilham ento das redes es­ Nextel, operadora de trunkingy como um
cance nacional, vantajosa para grandes em­ tava previsto na regulam entação e que competidor efetivo das celulares. Lem ­
presas com atuação em todo o Brasil. Ad­ não se justifica o lançam ento de novas brou que as firmas de SLE (Serviços L i­
mitiu que o mercado corporativo será o alvo redes ópticas num momento que em os mitados Especializados) atuam em ni­
principal, devido a limitações de acesso ao recursos para investimento escasseiam. chos de mercado.
mercado residencial. “Com a entrada das operadoras em no­ Pauletti enfatizou que novos investi­
Navarro observou que a Telefônica vas áreas, o com partilham ento deve mentos serão mais cautelosos em teleco­
pretende unir as operações de telefonia crescer”, previu ele. municações, que o mercado local está
fixa e celular que possui em vários esta­ Carpinteyro salientou que as tarifas de atendido e que a inadimplência crescen­
dos do Brasil. interconexão são um grande desafio para a te preocupa.