Page 18 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 2001

0 risco

do setor

Grandes operadoras das A e B e mesmo grandes
grupos manifestam dúvidas
confirmaram no Futurecom
sobre como operar no SMP.
2001 a redução dos seus Operadoras cautelosas
investimentos em 2002 Apesar de ter antecipado suas
e a maior parte dos metas de 2003 para atuar em
novas regiões a partir de 2002,
fornecedores está
a Telefônica, segundo o presi­
apostando em receitas dente Fernando Xavier

1 8 menores no próximo ano. Ferreira, não irá repetir o mesmo vo­ os deste ano, porém continuarão sen­
TELEBRASIL/novembro-dezembro | setor se prepara para um processo de das e a operadora deve investir apenas mento de seus clientes. Murteira Nabo
lume de investimentos de 2001. Se­
ilha de prosperidade em meio
gundo ele, as estratégias estão defini­
A
do feitos para garantir o bom atendi­
à turbulências na economia
nacional é coisa do passado e o
1/3 dos R$ 4 bilhões que aplicou este
condicionou um aumento dos inves­
ano. Está prevista a aquisição, no ano
timentos a uma maior rentabilidade
desaquecimento que deve levar a fu­
que vem, de apenas 300 mil termi­
das operadoras celulares. A Telesp Ce­
sões não apenas de operadoras, mas
nais, número equivalente ao que ela
lular, por exemplo, teve no primeiro
também entre os fornecedores.
Não há como negar. Está crescen­
A Telefônica vai diversificar suas
do negativo muito expressivo e espera
do o risco empresarial nas telecomu­ adquiriu somente em abril de 2001. semestre deste ano um resultado líqui­
operações no Brasil, atuando mais for­
reverter tais resultados.
nicações e os principais atores estão temente na área de dados e Internet, A presidente da Brasil Telecom,
se preparando para isto. A indefinição e pretende fortalecer o contato com Carla Cico, lembrou que 3,7 milhões
da Anatei a poucos meses de 2002, os clientes. de telefones fixos foram desligados
no tocante às normas para as opera­ O presidente da Portugal Telecom, em função da inadimplência dos cli­
ções de telefonia fixa e celular no pró­ Francisco Murteira Nabo, disse que o entes e questionou a antecipação de
ximo ano, da mesma forma contribui grupo português continua apostando metas de 2003 proposta pela Anatei,
para aumentar o risco do setor a par­ no mercado brasileiro, onde controla afirmando que os investimentos para
tir do próximo ano. A migração para as operadoras Telesp Celular e Global isto não se justificariam devido a bai­
o Serviço Móvel Pessoal vem sendo Telecom. De acordo com ele, os inves­ xa atratividade econômica da opera­
questionada por operadoras das Ban­ timentos em 2002 não devem repetir dora em atuar em outras regiões já em
2002. A Brasil Telecom deve ser a
Fornecedores preocupados única operadora fixa a não antecipar
em 2001 as metas de 2003 e a sua
Grandes fornecedores igualmente se mostram inquietos com a perspectiva de
presidente observou que, além da ina­
menores receitas em 2002. Este quadro pode vir a incentivar a fusão de algumas
empresas, tanto de pequeno quanto de grande portes, e o presidente da Furukawa, dimplência, também preocupa a bai­
Foad Shaikhzadeh, lembrou, em um dos painéis do Futurecom, que telecomunica­ xa receita média mensal por terminal
ções é um mercado para empresas de grande porte. Fabricantes nacionais defende­ instalado, pois o custo da operadora
ram a implantação de uma política industrial que apoie o desenvolvimento de uma para instalar e manter ligado um ter­
tecnologia nacional no setor. minal é expressivo.