Page 20 - Telebrasil - Setembro/Outubro 2001

Repensando o modelo

A abertura, em 2002, trará várias rejistas, num cenário em que todos ga­ ço local do que o contrário, uma ver­
mudanças e o mercado repensa o nham. Poderia haver uma cisão das dade com que todos concordam.
modelo. Ercio Zilli, da Telemar, lem­ concessionárias. Uma parte trataria do O Brasil tem cerca de 300 pres­
brou que há uma assimetria regula­ atacado e a outra alugaria meios para tadores de serviços de telecom uni­
tor! a entre as incumbents que adqui­ todas as operadoras no varejo, inclu­ cações e cada um procura seu lugar
riram ativos prontos - e têm metas sive a sua própria operadora de varejo no mercado. Na opinião de Ricardo
de universalização a cumprir e conti­ - sugeriu, conciliador, M árcio Kobayashi, do Banco Pactuai, as
nuidade do serviço a manter - e as Wholers, da Unicamp. “espelhinhos” poderão assistir a ni­
newcomers, que partiram do nada. Roberto Durães, da Embratel, dis­ chos para atender a serviços de da­
se que a operadora marcou a data de dos da PM E. Para elas, no entan­
5 de agosto de 2002 para iniciar o Ser­ to, a telefonia para essas empresas
viço de Telefonia Fixo Comutado. será um desafio.
R efletindo um a outra faceta da A presença de operadoras meno­
assimetria do mercado, afirmou o exe­ res no mercado foi defendida por
cutivo que é mais difícil uma empre­ Nelson Reis, da CTBC, do grupo
sa de longa distância entrar no servi­ Algar. Nos EUA são mais de mil em­
O
<M presas, algumas com 300 mil termi­
nais, que exploram com sucesso a
TEU8gASIt/&eigm fr j-oumb o São Paulo, avaliam a teressantes para as grandes operado­
telefonia local.
Empresários, reunidos em
— Cidades pequenas não vão ser in­
seriedade do momento
ras - concluiu Nelson Reis.
No campo das empresas celulares,
(E) Oliveira, da Alcatel, e
Furtado, da Siemens,
competição com as Bandas A e B. Os
analisam os desdobramentos
da conjuntura o modelo de duopólio introduziu a
novos players Telemar e Telecom Itá­
lia, nas Bandas D e E, deverão intro­
Ao crescer a convergência da tec­ duzir mais concorrência. Para o futu­
nologia e dos serviços, aumenta a ro, vão existir duas ou três redes naci­
pressão para a incumbent fornecer in- onais muito fortes, complementadas
terconexão a todo mundo, algo que por operadoras em nichos de merca­
relutam a fazer. Isto quer dizer, tro­ do, como aT C O e aTIW /O pportu-
cados em miúdos, que o unbundling nity que são boas oportunidades.
ou com partilham ento de meios é
mais uma teoria que a prática não
chega a consagrar.
A regulamentação brasileira seg­ Jornalista E. Siqueira comenta e
mentou o mercado por serviços. O Renato Guerreiro, presidente da
Anatei, considera
que se verá são as redes das operado­
ras telefônicas sendo cada vez mais o
palco para disputas comerciais.
- O modelo das telecomunicações (E) Castelo Branco, da NEC, e
Paiva Lopes, da Abinee,
deve incluir empresas atacadistas e va­ conhecem muito bem o mercado

* Fotos do evento "Competição 2002", da Globo Eventos, que reuniu cerca de 500 empresários de telecomunicações, em São Pauto, com patrocínio da Algar,
BCP, Credicard, Embratel, GVT e NEC