Page 23 - Telebrasil - Setembro/Outubro 2001

Experiências de utilities em telecom

Empresas do segmento de gás, derado rentável pela empresa, a
eletricidade e transporte ferrovi­ acordos com a Eletronet. O diretor
ário apresentaram, durante o Se­ da Coelba enfatizou que a fibra
minário Nacional Aptel 2001, as óptica é um grande produto ofere­
suas experiências na área de tele­ cido pela empresa e teme que a
comunicações. Um consultor ana­ Anatei considere o contrato com a
lisou as oportunidades conside­ Eletronet abusivo.
rando o cenário atual e o potenci­ Por sua vez, o diretor da Rail-
O superintendente comentou que
al econômico. COM , Eduardo Grizendi, ponde­
a Anatei está se preparando para uma
A primeira foi a Gaspetro e o di­ rou que a sua empresa pretende atu­
segunda etapa do modelo brasileiro
retor Heden Cruz observou que, ar apenas como provedora de infra-
de telecomunicações, onde empresas
por possuir características como fai­ estrutura de telecomunicações, ofe­
poderão atuar em vários mercados re­
xas de passagem de longa distân­ recendo basicamente dutos e fibras
gionais ou mesmo em nível nacio­
cia, difusão nas cidades, uma ope­ apagadas. Grizendi apresentou as
nal, e na qual o compartilhamento
ração e manutenção de 24 horas por rotas em construção e as projetadas 2 3
de meios tende a ser mais utilizado.
dia durante toda a semana c expe­ e lembrou que a infra-estrutura tem
I
Ara afirmou ainda que a Agência
riência como cliente e operadora de um custo elevado para a sua im­
defende a adoção da fórmula propos­
telecomunicação, a plantação, com as
ta pela FGV para se calcular os pre­
empresa estava cre­ empresas devendo
ços a serem cobrados pelos postes e "A crise
denciada a atuar no obter o retorno des­ TELEBRASIL/setembro-outubro
anunciou que, até o início de outu­
mercado de tclecom. tes investimentos.
bro, a Anatei divulgará as regras que que ronda
Cruz comentou que o A RailCOM é a
defende para a negociação entre ope­
custo para implantar o setor sucessora da Raiinet,
radoras e os detentores de infra-es­
uma rede de teleco­ que fornecia direito
trutura e direito de passagem. pode atingir
municações é de ape­ de passagem para a
Segundo ele, apesar das posições
nas 2% do valor total Intelig, contando
conflitantes exibidas pelas duas par­ o mercado
do gasoduto. com rotas, como a dc
tes, não existe um litígio definitivo
Já M urilo M. da brasileiro" Belo H orizonte -
e os dois lados tendem a convergir
Silva, diretor da Fortaleza, e a de São
para uma solução que beneficie a
Companhia de Ele­ Paulo - C uritiba;
ambos. Já o presidente da Anatei,
tricidade da Bahia - Coelba re­ projetos de anéis de dutos no interi­
Renato Guerreiro, mostrou-se mais
latou os problemas que a empresa or de São Paulo; e a rota São Paulo -
cauteloso ao comentar o assunto, no
enfrentou junto à Anatei e que le­ Belo Horizonte - Brasília.
início de setembro. Confessando
varam a desativação da Televias, O consultor Paulo Araújo, da
ainda não ter lido o estudo do Ce-
empresa criada pela Coelba para Moorland, observou que as possi­
laet, Guerreiro afirmou ser favorá­
explorar serviços de telecomunica­ bilidades de maiores receitas em
vel à livre negociação, “desde que se
ções e de antemão contava com telecomunicações envolvem tam ­
estabeleça um balizamento”. Sem
mais de 550 quilômetros de cabos bém maiores riscos. De acordo
entrar em maiores detalhes, ele
de fibra óptica. com Araújo, e as oportunidades
acrescentou: “a Anatei não tem po­
Tendo a Anatei negado autori­ para as Utilities no mercado de te-
der para regular preços de infra-es­
zação para a Televias, a Coelba está lecom ainda existem mas tendem
trutura. O que não se pode é ter pre­
examinando outras possibilidades a diminuir, exceto cm algumas re­
ço afastado da realidade, em prejuí­
de atuar no mercado, que vai do giões, pois o Brasil tem um poten­
zo das empresas ou dos usuários de
aluguel de infra-estrutura, consi­ cial relativo de crescimento.
telecomunicações”.